Desfecho de crise na América do Sul expõe novo vexame de "Veja".

Por marcosomag


A capa da revista "Veja",trombeteando guerra na América do Sul foi espetacularmente desmentida pelos apertos de mão entre os Presidente da Colômbia,Equador e Venezuela;prática dos editores de colocar editorial acima dos fatos fez "Veja" dar vexame novamente,assim como fez no histórico "mico" com Ben Johnson.


Colocar a opinião do dono acima dos fatos quase sempre foi uma marca registrada do "jornalismo" praticado pela revista "Veja".Evidentemente, isso leva a distorções da realidade que tiram credibilidade da revista. Porém, esta não parece ser uma preocupação dos editores do semanário, que vivem pagando "mico" com suas inacreditáveis edições recheadas das mais desbaratadas fantasias.

A capa da edição desta semana, onde os Presidente do Equador, Venezuela e Nicarágua aparecem caracterizados com pit-bulls do inferno mostra, além de uma irresponsabilidade total, pois a manipulação de imagens em uma revista de grande tiragem pode mudar a opinião pública destruindo reputações (exatamente por isso, não fariam mais do que a obrigação os Chefes de Estado ridicularizados se mandassem os editores da revista aos Tribunais, exigindo vultosas indenizações pelo dano moral causado pelos impropérios gráficos dos quais foram vítimas), mostra como o delírio ideológico dos editores foi atropelado pelos fatos.

Enquanto "Veja" trombeteava a guerra na América do Sul, os Presidentes de Equador e Colômbia selavam a paz com um aperto de mão na reunião do "Grupo do Rio". "Veja" foi atropelada pelos fatos,pagando "mico" de sua tresloucada capa.

Porém, não foi a primeira vez que "Veja" pagou o preço de sua arrogância.

Quando dos Jogos Olímpicos de 1988, a grande expectativa era sobre o resultado dos 100 metros rasos masculino. Quem venceria? O canadense Ben Johnson ou o norte-americano Carl Lewis? Publicar a notícia, sua repercussão e conseqüências, bem informando o leitor não estava nos planos dos editores de "Veja". Eles, tentando ser "espertos", já tinham uma "reportagem" de Redação pronta para louvar a quem vencesse a prova, e adiaram a distribuição da publicação para segunda-feira (a final da prova foi em um domingo à noite, no horário brasileiro). Assim que Ben Johnson cruzou a linha de chegada como vencedor, eles simplesmente mandaram imprimir a foto da chegada triunfante do atleta canadense na capa e distribuir a revista. Só não contavam com o exame anti-doping!

Quando a revista chegou às bancas, já estava "velha". Ben Johnson tinha sido "flagrado" no anti-doping, sua medalha de ouro cassada e entregue ao segundo colocado, Carl Lewis. "Veja" pagou um dos maiores "micos" da História do jornalismo brasileiro, exatamente por menosprezar a notícia.

"Reportagens" de Redação, editorialização do noticiário e delírio ideológico levaram "Veja" a mais um vexame nesta semana. A publicação está no fundo do poço, e seus editores continuam cavando.

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