Editora Abril na mira da justiça:Negociata de R$1 bilhão será investigada

Por Guina

Será que a Editora Abril têm telhado de vidro? Pois a CPI Abril-Telefônica vem aí e veremos se a Veja e cia possui alguma condição de dar lição de moral e ética em alguém.

O negócio entre a Editora golpista dos Civitas e a Telefônica envolve muita grana e com certeza a justiça precisa investigar.

E não adianta os defensores da revista-planfeto partidária achar que o Senador Renam Calheiros está desesperado e resolveu atacar Veja e a Abril por vingança.

Ora, se o Senador for culpado das acusações que têm sofrido, que seja punido. Também se a Abril tiver envolvida com alguma maracutaia que pague por isso também.

Vejam o que disse o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), autor do requerimento de criação da CPI para investigar a compra da TVA pela Telefônica: "Existem fortes indícios de que houve falcatrua".(leia mais aqui)
É pelo jeito a chapa vai esquentar para a Abril e a Veja.

Leia abaixo parte do discurso do Senador Renam Calheiros, feito hoje(24/08), no plenário do Senado:

O discurso: "Cláusula marota" na "ardilosa transação" Em discurso no plenário do Senado, Renan disse que a idéia inspiradora da reunião do Conselho Diretor da Anatel é "maquiar" a transação ilegal por ele já denunciada. "Querem trocar os acionistas, os laranjas como foram chamados na oportunidade, na tentativa de aprovar o negócio flagrado na ilegalidade, conforme voto de um conselheiro da Anatel publicado na própria internet", denunciou.

Lei proíbe o controle estrangeiro de TV

"O Grupo Abril, dono da revista Veja, desafia a legislação brasileira ao transferir para a Telefônica, empresa estrangeira, o controle total de uma operadora de televisão em São Paulo", disse Renan. A lei brasileira proíbe o controle total de uma operadora de TV por capital estrangeiro. O senador reiterou que "o negócio fere os interesses nacionais, restringe a concorrência e agride o mercado". E se apoiou nos argumentos do conselheiro da Anatel Plínio de Aguiar para dar detalhes.

"Essa deprimente operação pretende repassar, também à Telefônica, 86,7% da Comercial Cabo, localizada na cidade de São Paulo, e 91,5% da TVA Sul, que alcança Curitiba, Foz do Iguaçu, Florianópolis e Camboriú, no sul do país. O Acordo de Acionistas da Comercial Cabo, conforme o parecer do conselheiro Plínio de Aguiar, deixa a operação e o gerenciamento da parte das telecomunicações da operadora a cargo da Telesp.

Negócio sob suspeita renderia R$ 1 bilhão

O presidente do Senado sustentou ainda que o negócio contém "uma cláusula marota" estabelecendo uma reunião prévia anterior às assembléias gerais e reuniões do Conselho de Administração, que interfere decisivamente nos mecanismos de controle". Ele disse que não se observou também nessa transação que chamou de imoral o artigo 7º da Lei do Cabo, que garante que as decisões em concessionárias de TV a cabo sejam tomadas exclusivamente por brasileiros.

"Exclusivamente por brasileiros, tendo em vista que as decisões da GTR Participações (do Grupo Abril) estarão sujeitas à aprovação da Telesp, que é controlada por estrangeiros. Outra violação da lei brasileira nessa transação está na proibição de que uma empresa de telefonia detenha, na mesma área, concessão de TV a cabo. Trata-se de um negócio ilegal, com parte já paga, que renderá ao Grupo Abril, proprietário da revista Veja , quase R$ 1 bilhão, a merecer criteriosa apuração", ressaltou o senador, que desde maio tornou-se o alvo número um da Veja.

Renan lembrou que, sobre esse assunto, já enviou expedientes a vários órgãos públicos, como Supremo Tribunal Federal, Ministério Público e Polícia Federal, estranhando que, convidados pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado a virem à Casa "explicar o inexplicável", os dirigentes da Telefônica e do Grupo Abril "fizeram ouvidos moucos, optando pela delonga e pela procrastinação".

Na opinião de Renan, as duas empresas tentam "desesperadamente" adiar os esclarecimentos, "na esperança de que uma maquiagem salvadora iluda o país e chancele essa imoralidade".

Elogio à CPI da Abril-Telefônica

Renan Calheiros elogiou a iniciativa da Câmara dos Deputados de constituir uma CPI para investigar essa "ardilosa transação" e pediu que a reunião da Anatel seja adiada para que a Comissão possa investigar os fatos. O requerimento de CPI foi entregue ontem ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) com 182 assinaturas e será instalada a Comissão. O deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) coletou as assinaturas.

Para o Senador, no Brasil "não há mais tolerância com esse tipo de negócios bilionários e empresários gananciosos, que, ferindo a lei e o interesse nacional, fazem fortuna com concessões que ganharam do Estado brasileiro".

"Isso, sim,é misturar o público com o privado, na sua mais perversa expressão", alfinetou o orador, em alusão à acusação da Veja, de que ele teria se valido de um lobbista da Construtora Mendes Junior para pagar uma pensão à jornalista com quem teve uma filha.

Mais em: http://vermelho.org.br/base.asp?texto=23791

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