O Omisso José Serra e a Segurança de São Paulo

Por Guina

Vejam só até onde vai a omissão e covardia de um governante incomptente.

O descaso com os policias civis de São Paulo está refletindo até em outros estados.

"Quarenta e cinco dias depois de iniciada a greve dos policiais civis em São Paulo, a onda de reivindicações começa a atingir outros estados. Sindicatos de policiais civis de Rio Grande do Sul, Rio, Bahia, Amazonas, Acre, Paraná e Alagoas já ameaçam iniciar movimentos grevistas, caso as demandas da categoria não sejam atendidas." (http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=45929)

Será que José Serra irá culpar os sindicatos também?

Acorda governador!

Já passou da hora de assumir suas responsabilidades e deixar de culpar os outros.

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3 comentários

  • Flávio Lapa Claro  
    31/10/08 8:36 PM

    LEALDADE x INTEGRIDADE

    Semana passada escrevi um artigo denominado “LIÇÕES DE POLÍTICA PARTIDÁRIA”, onde tecia alguns comentários sobre o voto nulo e alguns fatos ocorridos na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. O Dr. Guerra, muito gentilmente, o publicou no seu blog FLIT PARALISANTE (http://flitparasilante.blogspot.com), pelo que muito agradeço.
    Mesmo correndo o risco de ser repetitivo, ouso voltar a esse assunto, pois me fascinam as alterações ocorridas nos conceitos e comportamento das pessoas quando envolvidas em política partidária. Como no artigo anterior usei como exemplo o nobre deputado Fernando Capez, não vejo motivo para ampliar o leque. Que o Capez me perdoe, mas vou utilizá-lo novamente para embasar minha teoria.

    Afirmei, naquele artigo, que anulo meu voto por não encontrar candidato ou partido que o mereça.
    Na realidade, o problema é bem mais abrangente que o programa de tal ou qual partido, que as propostas apresentadas por este ou aquele candidato. Trata-se do sistema político brasileiro.
    Quando o cidadão vota em algum candidato, o faz, em teoria, porque julga que o comportamento, as convicções e a ideologia daquele candidato reúnem as condições necessárias para que, uma vez eleito, expresse as necessidades e vontades do seu eleitor. No entanto, o que vemos é que isso raramente acontece. Tão logo o candidato eleito toma posse, seu comportamento, suas convicções e sua ideologia são substituídas pelos interesses do partido político pelo qual concorreu à eleição.
    Não queria estar na pele do Fernando Capez. Por mais que eu o admire pelos seus incontestáveis conhecimentos jurídicos, pela sua oratória, pela sua memória fantástica, pela empatia que desperta nas pessoas, a posição em que ele se encontra no momento atual é extremamente difícil.
    Ontem (30/10/2008), na audiência pública patrocinada pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), que teve como objetivo o “esclarecimento” dos senhores deputados sobre a crise na Segurança Pública por que passa o Estado, ele tentou justificar sua posição diante das nossas reivindicações. Após enumerar diversas iniciativas por ele tomadas em benefício da Polícia Civil do Estado de São Paulo – como, por exemplo, o vale-paletó, a autorização para carteirar os ônibus intermunicipais, entre outras – fez um belo discurso sobre trairagem, lealdade, princípios...e para finalizar declarou sua lealdade ao partido que o acolheu.
    Imagino os diálogos entre o bem e o mal que ocorreram em sua cabeça antes de tomar essa decisão.
    O ANJINHO: Um dia jurei defender as leis e fazer com que elas fossem cumpridas.
    O DIABINHO: Devo ser leal ao partido, não importa se o Governador cumpre ou não a lei...
    O ANJINHO: Cumpri com a minha obrigação legal, ética e moral quando acabei com as torcidas organizadas.
    O DIABINHO: Mas se o fato do Governador receber um chefe de torcida organizada, enquanto manda a Tropa de Choque atacar os Policiais Civis, trouxer vantagens para o Partido, devo agradecer o apoio recebido daquela torcida organizada e até mesmo reconhecer que as torcidas organizadas merecem mais respeito, por parte do Governador, que os Policiais Civis.
    O ANJINHO: Meus eleitores votaram em mim devido aos princípios legais, morais e éticos que sempre demonstrei durante minha vida pública.
    O DIABINHO: Mas agora você já está eleito...o que importa se o Governador, que é do seu partido, não cumpre a lei? Você deve lealdade é ao partido...Esqueça as leis, adote a ética do partido e cumpra os seus mandamentos... Afinal, o quê seus eleitores pensam que são, para ousarem cobrar algum posicionamento de sua parte que vá contra aquilo que o partido diz que é certo?

    Acho que foi a escolha mais difícil da vida dele. Mas sua escolha foi feita e ele a assumiu em público.

    Assim é a Política Partidária: faz pessoas decentes agirem e se posicionarem de forma totalmente contrária aos princípios e convicções demonstrados até serem eleitos, princípios e convicções esses que convenceram os eleitores que seriam bem representados por aquele então candidato.

    Lealdade não significa submissão. Lealdade não significa apoiar os erros. Lealdade não significa ignorar as infrações à Lei. Lealdade não significa contrariar os próprios princípios. Esse conceito distorcido de Lealdade faz com que as pessoas renunciem à sua integridade pessoal, ética e moral.
    É isso que a política partidária faz com as pessoas – mesmo com as melhores, como é o caso do Capez. Distorce os seus conceitos em nome do Poder. Fazem com que se esqueçam das vontades e necessidades de seus eleitores, e as razões pelas quais foram eleitos. Levam-nos a compactuar com o não cumprimento das leis.

    É por isso que continuarei anulando meu voto. Enquanto o sistema político brasileiro não sofrer profundas alterações, votar em alguém ou em algum partido representará, necessariamente, profundo arrependimento e amarga decepção.

    Flávio Lapa Claro
    Investigador de Polícia
    DAS/DEIC
    http://blogdagreve.blogspot.com

  • Ricky Mascarenhas  
    1/11/08 4:09 PM

    45 dias após o inicio, realmente 45-PSDB o numero do terror, aliado ao 25, é o inferno propriamente dito

  • Flávio Lapa Claro  
    2/11/08 11:40 AM

    MEGALOMANIA

    O que pesa mais, uma pedra de dez quilos ou um pacote com dez pedras de um quilo cada? Resposta: o pacote com dez pedras, pois há que se considerar também o peso da embalagem.
    Este foi o exemplo utilizado por meu professor de investigação policial, 21 anos atrás, para demonstrar a importância das provas e dos indícios em uma investigação de crime. Uma pedra de dez quilos seria uma prova. Contundente, irrefutável, não admite dúvidas. Mas dez pedras de um quilo cada – os indícios – reunidos, teriam o mesmo valor que uma única prova.
    Na sexta feira passada alguém tirou o blog FLIT PARALISANTE do ar. Simultaneamente, o site da ADPESP sofreu o mesmo ataque. E ontem TODOS os vídeos arquivados no YouTube sobre o conflito entre as polícias ocorrido nas proximidades do palácio do governo se tornaram indisponíveis.
    O FLIT PARALISANTE se tornou, com o tempo, um fórum de debates importantíssimo para nós, policiais civis. Nestes tempos sombrios, é o nosso meio de comunicação mais importante, pois os debates que lá acontecem chegam a definir os rumos da greve. É um importante meio de divulgação das orientações do comando de greve. Foi COVARDEMENTE atacado e se tornou, por algum tempo, indisponível. O proprietário do blog conseguiu, com a ajuda de vários dos seus milhares de leitores (mais de 3000 acessos diários), reconstruí-lo parcialmente, e o blog agora está novamente disponível em http://flit-paralisante.blogspot.com/ .
    O site da ADPESP também é importante instrumento de divulgação das noticias sobre a greve da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
    Os vídeos do YouTube sobre o conflito entre as polícias são prova cabal da incompetência do Governo do Estado em lidar com o nosso movimento.
    Se os ataques tivessem sido isolados, poderíamos até imaginar que fosse obra de algum tresloucado. No entanto, aconteceram quase simultaneamente. Parece-me mais parte de um ataque digital de grandes proporções, para cortar nossas linhas mais ágeis de comunicação e, ao mesmo tempo, eliminar provas da incompetência do Governo do Estado de São Paulo.
    Todos conhecíamos o controle que o PSDB em geral e o SERRA em particular, exercem sobre a maioria dos órgãos de imprensa no Brasil. Mas isso agora se tornou público, com a carta do Rodrigo Vianna, ex-jornalista da Globo, amplamente divulgada nesta semana.
    Juntando todos os indícios, posso dizer que a investigação da autoria dos ataques começa a apontar para o envolvimento do Governo do Estado de São Paulo, ou seus asseclas.
    Agora, além de dominarem a imprensa brasileira, querem também dominar a Internet.
    Isso é grave. CENSURA DIGITAL. É um sério atentado a um dos direitos basilares do cidadão brasileiro: a liberdade de expressão.
    É necessária a imediata intervenção das autoridades federais, para esclarecer esses fatos e apontar a autoria de tal atentado.
    Se os indícios se transformarem em prova, que DEUS NOS ACUDA !!!


    Flávio Lapa Claro
    Investigador de Polícia
    DAS/DEIC

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