ONG Denuncia Descaso Na Educação em São Paulo

Fonte: www.destakjornal.com.br

O Ministério Público Estadual (MP) investiga denúncia da ONG Educafro. "A cada seis meses fazemos uma avaliação para saber como anda a vida da rede pública e constatamos a grande falta de professores", diz Thiago Thobias, coordenador de políticas públicas da entidade, que mantém 184 núcleos de pré-vestibular comunitário na Grande São Paulo. Nos questionários, alunos relataram que chegam a ficar quase todo ano letivo sem algumas disciplinas. "Ano passado fiquei sem aula de química por seis meses. Os professores substitutos eram de outras matérias", conta Paula de Farias, que terminou o ensino médio em uma escola pública da zona sul no ano passado.
A Secretaria Estadual de Educação nega que haja esse deficit. Está sendo formado um grupo de trabalho com o MP para apurar os casos relatados pela Educafro.
A pedagoga Raquel Souza, assessora da ONG Ação Educativa, afirma que o problema da falta de professores atinge mais escolas na periferia. Nesses locais, também é notada muita rotatividade de profissionais. "Acompanho uma escola que mudou de diretor cinco vezes no ano". Além disso, os professores dão aulas para turmas em diferentes escolas. "Eles correm de uma unidade para outra. E, em 50 minutos, você não consegue passar a lição, você só organiza a sala", diz Raquel.
Uma das soluções para o problema seria contratar mais profissionais. O vereador Carlos Giannazi (PSOL), diretor de escola municipal, concorda: "O governo não contrata o números de professores suficiente, existe falta de concurso público, de professor substituto."

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