"PSDB-MT foi financiado pelo crime organizado"

O juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara de Mato Grosso, afirmou nesta quinta-feira (16), em depoimento à CPI dos Bingos, que houve caixa dois na campanha eleitoral de 2002 para candidatos do PSDB no Mato Grosso, incluindo o senador Antero Paes de Barros. Antero foi o candidato do PSDB ao governo do estado e, segundo o juiz, “parte do dinheiro utilizado em sua campanha veio das empresas de factoring de propriedade de João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “Comendador”, que liderava o crime organizado no estado”. Atualmente Arcanjo cumpre pena de prisão de 49 anos no Uruguai por lavagem de dinheiro, homicídio e formação de quadrilha.
Julier Sebastião da Silva explicou a autorização que deu para que a Polícia Federal fizesse busca e apreensão na sede do comitê eleitoral do PSDB no estado. “Atendi a um pedido do Ministério Público que, em investigações contra o comendador Arcanjo, encontrou ligações das factorings com o Comitê Financeiro Único Estadual do PSDB. Eles tinham a lista discriminando as movimentações que ocorreram de agosto a novembro de 2002 e que revelam um aporte de R$ 240 mil a favor do comitê”, afirmou.
O senador Antero Paes de Barros classificou as afirmações do juiz de "calúnias", e negou qualquer ligação com o crime organizado. Em sua defesa, o senador distribuiu um documento de um termo aditivo apresentado ao TRE (Tribunal Eleitoral Regional) do contrato do PSDB com a factorings do comendador para descontar vários cheques. “O próprio senador está se auto incriminando”, observou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC). Ela explicou que “partidos políticos, como bem ressaltou o senador Romeu Tuma (PFL-SP), não podem operar com factorings”. A petista lembrou ainda que o comendador Arcanjo operava as factorings ilegalmente, sem autorização do Banco Central.
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