São Paulo vive epidemia de violência

Parâmetros da Organização Mundial de Saúde - OMS - indicam que São Paulo alcançou uma ‘zona epidêmica’ de violência. O aumento do registro de homicídios dolosos no interior - 11,6% - elevou a taxa anual no Estado de 10,6 para 11 casos por grupo de 100 mil habitantes. Segundo a OMS, quando esse índice é superior a 10 casos para cada 100 mil habitantes, considera-se uma epidemia.

As estatísticas criminais referentes ao 1º trimestre de 2009, divulgadas no último dia de abril pelo Governo Serra, são um retrato desta insegurança crescente vivenciada pelos moradores de São Paulo. De 14 indicadores de criminalidade divulgados pela Secretaria de Segurança, 10 tiveram aumento.

O crime de latrocínio, roubo seguido de morte, teve um aumento de 36,23% em relação ao primeiro trimestre de 2008. O crime de estupro cresceu 33,25%. Roubos de veículos e de cargas também aumentaram.

Leia aqui reportagens publicadas nos Jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo no último dia 1º sobre este assunto.

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1 comentários

  • Flávio Lapa Claro  
    10/5/09 11:38 AM

    Hoje, 10 de maio, é o Dia das Mães.
    Famílias se reunem, em festa, para homenagear aquelas que lhes deram origem. Na maior parte das vezes, são reuniões alegres, parentes se reencontram, colocam as fofocas em dia...

    Ao mesmo tempo, é um dia de tristeza para um grupo muito específico de mães: aquelas que perderam seus filhos, maridos ou netos policiais, por eles combaterem a criminalidade.

    Me recuso a contar quantas comunicações de policiais covardemente assassinados publiquei neste blog desde que ele entrou no ar. Fosse apenas um, ainda assim seria demais.

    Nós, colegas daqueles que morreram, sentimos o pesar da perda, com maior ou menor intensidade, conforme a nossa proximidade com o colega. Mas não consigo sequer imaginar o que sente uma Mãe, Avó ou Esposa ao saber que aquele a quem ama perdeu a vida pelo simples fato de ser Policial, ou por estar executando o seu trabalho.

    O risco é inerente à profissão. Mas não é possível que aceitemos passivamente que tantas mulheres sofram tamanha dor por causa da absoluta inépcia dos que deveriam cuidar da Segurança Pública no Estado de São Paulo. A começar pelo próprio Governador, para quem somos nada além de números que representam despesas a serem controladas. Para quem o PCC não existe. Para quem Policial e Dignidade são antônimos.

    O mais sábio de todos disse que "não existe amor maior que dar a vida por um amigo". Eu digo que "não existe amor maior que dar a vida por um desconhecido".

    É por isso que hoje, DIA DAS MÃES, rendo as minhas homenagens àquelas mulheres que, ao perderem um ente amado na luta contra o crime e por uma sociedade melhor, não podem comemorar este dia com a mesma felicidade que todas as outras mães.

    Flávio Lapa Claro
    Investigador de Polícia
    DAS/DEIC

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