O Prestígio de Lula e a Vida Real

Por Luciano Siqueira, vice-prefeito de Recife

Para usar um bordão tão caro ao próprio Lula, nunca na História do Brasil um presidente foi tão atacado na mídia todos os dias. É crítica por todo lado, procedente ou não; e a tentativa de responsabilizá-lo por tudo de ruim, ou aparentemente ruim, que ocorra: da ameaça inflacionária ao pífio desempenho da seleção olímpica de futebol.

Mas as pesquisas de intenção de voto revelam, em todo o país, inclusive na conservadora e preconceituosa cidade de São Paulo, que o prestígio do presidente continua crescendo vertiginosamente e a associação de candidaturas a prefeito à sua figura pesa favoravelmente na inclinação do eleitorado.

Se o governo é tão ruim e o presidente tão precário governante - isto no discurso da barulhenta e nada consistente oposição, com ampla reverberação na grande mídia -, como se explica o fenômeno?

A resposta certamente está na vida real, para além do noticiário e da enxurrada de análises (sic) críticas de sentido tendencioso. Vejamos um dado da vida real: o aumento expressivo do número de empregos formais e do valor real dos salários.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, em julho deste ano indica que nas seis regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.224,40, apresentando estabilidade em relação ao mês anterior, entretanto na comparação com julho de 2007, cresceu 3,0%. Ao que se acrescenta a criação de 309 mil novos postos de trabalho em junho, equivalentes a um aumento de 1,03% em relação a maio, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Aliás, o Caged informa mais coisas interessantes. Nos primeiros sete meses de 2008, o estoque de empregos formais elevou-se em 5,4%, representando o incremento de 1.564.606 postos de trabalho, o maior saldo registrado nesse período em todos os anos da série do Caged, colocando-se 27% acima do recorde anterior verificado em 2004 (+1.236.689 postos ou +5,30%).

Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu +6,86% ou +1.959.503 postos, resultado que se revelou mais favorável que o ocorrido no mesmo período do ano anterior (+4,99%, ou +1.373.026 empregos formais).

Moral da história: não é só de Bolsa Família, ProUni e Luz para Todos que se alimenta o prestígio do presidente; o incremento das atividades econômicas com expansão do emprego e valorização do trabalho tem um peso determinante. Só não vê quem não quer - ou, politicamente, está impedido de enxergar.

Fonte: http://www.aleporto.com.br/blog.php?tema=6&post=1240

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1 comentários

  • Anônimo  
    8/9/08 8:39 PM

    NA FOTO ACIMA....VEMOS HISTORICAMEN
    TE A FIGURA CARISMATICA DE GETULIO.. SENDO ATUALIZADA NO PRESIDENTE LULA...VIVAM GETULIO JK JAGO E LULA!!

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