Alstom e o PSDB:A Corrupção Sem Limites
Contratos irregulares, superfaturamento e propinas entre o PSDB e Asltom
Parecer de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta que há fortes indícios de que o valor pago pelo governo do Estado de São Paulo à multinacional Alstom pela compra de trens tenha sido superfaturado, conforme já havia denunciado anteriormente a Bancada do PT. No contrato sem licitação, cada trem custa em média R$ 38 milhões. Cinco meses depois, numa compra feita com concorrência internacional, o Metrô pagou R$ 28,8 milhões por trem.
Antonio Roque Citadini, conselheiro do TCE, considerou irregular contrato do Metrô com a empresa para a compra de 16 trens no valor de R$ 609,5 milhões, e avaliou que o Metrô não conseguiu provar que obteve o melhor preço para os trens.
Além do superfaturamento, a companhia do Metrô usou um contrato de 1992 para fazer a aquisição em 2007 e segundo o conselheiro Citadini, não há respaldo jurídico na alegação do Metrô de que não fez nova concorrência por causa do aumento de passageiros. “Isso demonstra falta de planejamento para as expansões e compras que o Metrô faz e (...) o aumento da demanda alegado pela companhia não é suficiente para justificar a retomada do contrato após tantos anos", destaca o conselheiro.
Propinas
Outra investigação que envolve os tucanos e a Alstom sobre a suspeita de pagamentos de propinas para obtenção de contratos com o governo do Estado prossegue em três esferas no Brasil (Ministério Público do Estado e federal e Polícia Federal), além das polícias e ministérios públicos da Suíça e França.
Nos últimos dias, a polícia suíça avançou nas investigações e a Alstom foi alvo de um mandado de busca e apreensão em seus escritórios na Suíça e um alto executivo, suspeito de lavagem de dinheiro e corrupção, foi preso.
No caso do Brasil, o foco é um contrato com o Metrô de São Paulo. Segundo o Ministério Público suíço, US$ 6,8 milhões teriam sido pagos como propinas no País para garantir o contrato.
Desde maio, a Bancada do PT tem feito ações, como representações na Justiça, no sentido para que sejam esclarecidas as supostas irregularidades. O líder da Bancada, deputado Roberto Felício, salienta que “os deputados do PT, cientes da responsabilidade e do compromisso de representantes do povo, exigem a apuração total dos fatos, para que possa se punir os responsáveis pelos atos criminosos ao patrimônio dos paulistas e se ressarcir ao Tesouro do Estado o dinheiro desviado”.
Leia AQUI matérias dos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, em 27/8/2008.