Lula x Marco Aurélio de Mello

O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, parente do ex-presidente Fernando Collor, é um escárnio por natureza. Ele também é presidente do Superior Tribunal Eleitoral e agora acusa o governo federal de lançar o programa Territórios da Cidadania mirando as eleições deste ano.

O presidente Lula fez uma defesa feroz do programa. Marco Aurélio Mello esquece o papel de golpista, que desempenhou junto com a imprensa, nas eleições de 2006. Com o poder de presidente do STE na mão, por várias vezes usou a imprensa pra ameaçar as eleições.

Convocou uma coletiva de juízes, em pleno processo eleitoral, para dizer que todos estavam grampeados, sugerindo subliminarmente que era o governo por trás dos grampos. A imprensa conservadora adorou e os colunistas de plantão trataram de traduzir a história para o público.

Quase uma semana depois da célebre coletiva, com uma varredura feita pela Polícia Federal, não se constatou grampo nenhum, nada, nem em um fio de cabelo. A imprensa não deu o mesmo destaque para o resultado da varredura.

Depois das eleições o mesmo Marco Aurélio Mello chamou seus asseclas da imprensa de novo para dizer que o presidente Lula corria o risco de não tomar posse, por causa das contas de campanha. Foi típica ação de terrorismo, para a imprensa passar para o público a impressão de fraqueza do presidente.

Aliás, é disso que gosta Marco Aurélio, passar o tom de ameaça, para que os jornais sempre coloquem o presidente como alguém subordinado a ele como juiz, sem capacidade de decisão. Seu tom parcimonioso agora, para se defender das indiretas do presidente, é típico do discurso autoritário baseado no desprezo da elite brasileira que pensa deter o saber supremo. Nas Retinas.

Fonte: Desabafo País

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1 comentários

  • Anônimo  
    3/3/08 11:15 AM

    ...com uma varredura feita pela Polícia Federal, não se constatou grampo nenhum...

    Mas aí não é uma maneira cristalina. Se o PT tivesse denúnciado o governo FHC de fazer escutas e a apuração fosse feita pela Polícia Federal você confiara?

    Não temos no Brasil uma maneira séria de investigar um caso desse.

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