A INDIGNAÇÃO DO SENADOR SONECA PEDRO SIMON

E ressurgiu a indignação do senador Pedro Simon (PMDB). Uma indignação de resultados, mais uma vez. No caso, indignação com a estrondosa derrota que o governo Yeda Crusius (PSDB) sofreu na Assembléia Legislativa. Em um pronunciamento irado, feito sexta-feira, na tribuna do Senado, Simon qualificou de “trágico” o comportamento dos deputados gaúchos.

A mesma ênfase na defesa do pacote de Yeda não apareceu, contudo, antes da votação do pacote. Simon participou de algumas reuniões da coordenação política do governo tucano, mas não fez nenhum pronunciamento público forte em defesa do aumento de impostos. Esperava que a proposta fosse aprovada sem que ele tivesse que gastar sua inflamada oratória para defendê-la publicamente (e arcar com o devido desgaste). Em Brasília, Simon fazia discursos contra a CPMF, mas ausentou-se quando o tema foi à votação. Em Porto Alegre, articulava em defesa do aumento de impostos, sem se expor publicamente.

Agora, o senador fala em “tragédia” e abre fogo contra o ex-governador Olívio Dutra (PT) por não ter conversado com Yeda sobre o pacote. Quanto às fraudes no Detran, que iniciaram no governo Rigotto (PMDB), segundo as investigações da Polícia Federal, Simon segue em silêncio. Nenhuma palavra. Tampouco construiu uma frase sobre a estratégia desastrada do governo Yeda para aprovar o tarifaço na Assembléia. Estratégia esta conduzida por seu companheiro de partido, Luiz Fernando Záchia, chefe da Casa Civil.

Do alto desta indignação seletiva, Simon volta a querer dar lições de moral na política gaúcha. Evita bolas divididas em assuntos espinhosos, silencia quando denúncias de corrupção atingem colegas de partido e aliados, e tenta surfar na onda depois que os fatos se concretizam. Nunca é responsável por nada e sempre acaba aparecendo na mídia com o dedo em riste, denunciando a imoralidade e a irresponsabilidade alheia. Tornou-se um especialista em posicionamentos póstumos.

A propósito da crise das finanças do Estado, cabe lembrar ainda que o então governador Pedro Simon inventou a desoneração fiscal durante o seu governo, com o nome de Fundopem. Ao invés de utilizar seu prestígio nacional - quando o PMDB tinha 26 dos 27 governadores - para evitar a guerra fiscal, ele pisou fundo no acelerador, sendo um dos principais responsáveis pela atual situação. Aliás, depois de passar 3 anos e 4 meses no Executivo, nunca mais quis disputar cargos deste nível preferindo a tranqüilidade de não ter que decidir nada importante e poder fazer discursos tão inflamados como sem conseqüência. Parece que ainda há sinetas que tocam dentro da cabeça do senador lembrando os 87 dias da maior greve do magistério e a parcela de responsabilidade que ele carrega pela penúria atual do Estado.

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Agora abaixo leia o que nós postamos essa semana para você ficar a par dos fatos, da safadeza do Senador Soneca.

RS: governadora diz que aliados a traíram

Inaceitável. Foi assim que a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) definiu a atitude de parlamentares de partidos aliados de seu governo na Assembléia Legislativa que, na quarta-feira, se uniram à oposição e derrubaram um pacote fiscal proposto por ela. Yeda se disse "traída", segundo a Folha de S.Paulo.

» Aumento de ICMS é derrubado no RS

Os deputados estaduais gaúchos rejeitaram projeto que previa, entre outros, o aumento da alíquota do ICMS para combustíveis, energia elétrica, cigarros, telefonia e refrigerantes e isenção do imposto para empresas com faturamento anual de até 240 mil reais. O placar da votação foi 34 votos a zero, mesmo que o Legislativo gaúcho seja composto por 55 integrantes. Sem o aumento de impostos, o Executivo alega que não terá dinheiro para pagar o 13º salário dos servidores.

"O nome do que aconteceu pode ser traição. A Assembléia teve maioria (para rejeitar o pacote) com os votos de partidos que estão no dia-a-dia do governo e que se somaram a uma oposição radical", disse.

A governadora deve ser reunir hoje com seu secretariado para estudar medidas que aliviem a crise financeira.

IMPOSTAÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇO de Yeda foi derrotado! Viva!!!
"o aumento da alíquota do ICMS para combustíveis, energia elétrica, cigarros, telefonia e refrigerantes".

Assim, o PSDB gaúcho queria aumentar os impostos justamente em cima dos produtos e serviços que a população gaúcha mais consome!!!

É muita safadeza!!!

Além de ter sido derrotada nesse projeto do Impostaço, Yeda está ameaçando não pagar o 13o. salário do funcionalismo.

É muita incompetência para uma pessoa só!

É é muito 'estranho' isso, não? o PSDB quer acabar com a CPMF, mas quer aumentar o ICMS de forma generalizada lá no RS.

Isso é que é 'coerência'... O PSDB E O SENADOR SONECA NÃO SÃO LOGICOS!!

Morcego Vermelho agradecendo a Verinha pela colaboração

Fonte: Blog República Vermelha

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