DEMOCRACIA

Por Jussara Seixas - Por Um Novo Brasil

A democracia é originária da Grécia Antiga, mais precisamente de Atenas. Mesmo lá, porém, as mulheres, estrangeiros e escravos não participavam das decisões "democráticas". Hoje a democracia - em vários países, como no Brasil, Venezuela - pressupõe o envolvimento direto de todo o povo. Homens, mulheres, jovens, brancos, negros, estrangeiros naturalizados, vão às urnas escolher o que desejam e quem vai representá-los, escolhem quem é o melhor governante e o regime político e econômico que desejam.
Com voto secreto, livre, cada cidadão escolhe nas urnas o que acha melhor para si e para o país. Vence a maioria. Sempre respeitando o Estado de direito democrático, os governantes e parlamentares criam leis. Leis que fortalecem a democracia, que vão ao encontro dos anseios do povo.

Vamos lembrar que na democracia há a oposição da minoria, contrária ao regime democrático, contrária à vontade do povo, achando que nada presta, nada é bom. A oposição sempre procura pelo em ovo para acabar com a democracia, e dizem sempre que eles são os verdadeiros democratas, mesmo quando originários de um regime ditatorial onde sempre prevaleceu a vontade das minorias abastadas, da elite.

A verdadeira democracia é "o governo do povo, pelo povo e para o povo". O povo da Venezuela escolheu nas urnas o presidente Hugo Chávez, e um referendo popular confirmou o desejo de que Chávez continuasse no poder. O povo da Venezuela escolheu nas urnas os parlamentares alinhados com o presidente Chávez, com os ideais políticos de Chávez, que coincidem com os ideais políticos do povo.

Em uma demonstração de democracia, Chávez pede um referendo popular, pede que o povo escolha novamente nas urnas se ele pode concorrer indefinidamente à reeleição. Notem que ele não está fazendo um referendo para se perpetuar no poder, ele quer ter o direito de concorrer sempre, mas quem vai decidir de fato se ele será reeleito é o povo, nas urnas.

Se seu concorrente apresentar um plano de governo melhor, que vá ao encontro dos anseios do povo, ele não será reeleito. Mas os grupos poderosos, a mídia, a oposição das elites, a oposição dos néscios, gritam que o presidente Chávez vai instaurar a ditadura na Venezuela. Ditadura com o voto do povo nas urnas?

Desde 2002 nós temos um político que concorre em todas as eleições, o eterno candidato Serra, que não termina os mandatos porque precisa concorrer sempre. Concorreu em 2002, perdeu para o presidente Lula, concorreu em 2004, ganhou a prefeitura de SP, largou a prefeitura em 2006, concorreu e ganhou o governo de SP, vai largar o governo de SP antes de terminar o mandato para concorrer à presidência em 2010. Esse quer o poder eterno.

Apesar de não ser ilegal o que ele faz, é imoral. O povo vota nele e ele, ao invés de governar, fazer o que prometeu em campanha, fica sempre de olho na próxima eleição que vai disputar. Isso faz parte da nossa democracia, e como ele é o eterno candidato das elites, a mídia não comenta essa voracidade dele pelo poder. Mas critica o presidente Chávez, da Venezuela, que é o presidente do povo, eleito pelo povo, que governa para o povo e com povo.

O governo que tem imenso apoio popular, o governo que melhora a vida dos mais pobres, dos que foram excluídos pelas elites, é sempre perseguido pela elite que se auto-intitula democrática. Vocês entenderam, não preciso desenhar.

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2 comentários

  • Anônimo  
    18/11/07 11:22 AM

    Se tem eleição direta e a maioria decidir por Hugo Chaves, então não é ditadura.

    Gostaria de um terceiro governo Lula afinal temos que tirar o atraso imposto pelos suspeitos e incompetentes tucanos.

    Se não for possível, espero que Lula seja o próximo governador de São Paulo.

    Aí os paulistas vão poder comparar e ver que foram enganados pelos tucanos por décadas.

  • Fábio Cassimiro  
    19/11/07 3:26 AM

    Opiniem o meu texto! -www.abacoros.blogspot.com

    No Brasil não existe pequena-burguesia

    Percebi esses dias que a classe média (pequena-burguesia) no Brasil é um grupo intocável, ela simplesmente não é alvo de críticas.

    Aparentemente ela não existe.

    Equanto você tem opiniões diversas sobre os pobres e sobre os ricos, a classe média é o povo brasileiro. Identificamos o seu discurso quando eles se referm como o povo que paga impostos e ainda é obrigada a arcar com o convênio médico familiar e a escola do filho.

    Na América Latina quando um esquerdista ou intelectual quer se referir a classe média ele usa o termo pequena-burguesia, no Brasil o termo simplesmente não é usado.

    Apesar de Karl Marx se referir aos indivíduos desta classe por pequenos-burguêses, no Brasil o termo esta fora do discurso dos partidos socialistas, principalmente dos radicais.

    Aqui existe o povo e a elite ou burguesia - a classe média faz parte do povo.

    Eu ainda vou descobrir por que isso acontece no Brasil, se já não descobri.

    Tenho ainda uma grande dúvida: Por quê no Brasil os partidos esquerdistas são tão influentes na classe média e tão insignificantes entre os trabalhadores?

    Os partidos de esquerda fazem um dircurso direcionado a pequena-burguesia, mas eles não se assumem como pequena-burguesia, usam todas as palavras do vocabulário marxista, menos pequena-burguesia, é como se tivessem vergonha.

    A classe média (pequena-burguesia) brasileira se formou ou se fez relevante na década de 70, ela lutou contra a ditadura militar/burguesa, infiltrou-se nos movimentos de esquerda e alçou, como diria Gramsci, a direção intelectual da sociedade.

    Não ser socialista, para eles é uma coisa desconfortável por isso eles tem vergonha de ser pequenos-burgueses, até por que Marx e Lenin execravam os lideres pequeno-burgueses nos partidos socialistas.

    A pequena-burguesia se define no maximo como classe média, mas classe média não é um conceito é um termo que não diz absolutamente nada. Classe média é uma coisa na Europa e outra na América, na Africa e no Islâ, pequena-burguesia é a mesma coisa em todos os lugares e é determinada historicamente

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