SERRA, ELITE E MÍDIA

Por Jussara Seixas - Por Um Novo Brasil

Um crime brutal aconteceu em SP. Dois adolescentes foram barbaramente assassinados por um detento com distúrbios psiquiátrico. Ele cumpria pena por assassinato, atentado violento ao pudor e roubo.

Esse crime, essa barbárie, não vai ficar semanas passando diariamente nos telejornais, nem o jornalista Noblat vai ficar semanas falando desse crime bárbaro no seu blog, com fotos dos garotos mortos, como ele fez no caso do garoto morto no Rio se Janeiro,arrastado pelo carro roubado por bandidos.

Não haverá manifestações cobrando justiça, apuração dos responsáveis, solidariedade à famíliadas vitimas. Nem o Serra e nem Kassab foram ao velório dos adolescentes, não fizeram duras criticas à violência em SP.

Os garotos mortos são de família pobre, isso já elimina quase toda a possibilidadede qualquer manifestação de indignação. O governador de SP é o Serra, eterno candidato da mídia e das elites à presidência, e nada deve atrapalhar sua eleição em 2010.

Essa é a nossa mídia e a nossa elite,sempre indignadas quando se trata de atacar o governo Lula. Esse é o governador de SP que mentiu quando candidato, dizendo que iria cuidar das pessoas, combater a violência, olhar para os mais necessitados.

Pelo jeito ele só olha: finge que não vê e não faz nada. Isso é SP, há 13 anos nas mãos do PSDB. Alckmin, quando governador, não fez nada para melhorar o hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha, aliás sucatou o hospital.

Serra não tomou conhecimento, manteve o sucateamento. Nenhum jornal, nenhum cientista político, nenhum jornalista vai cobrar a incompetência do governo Serra, nem ele vai ser chamado se assassino, de omisso, negligente.

Serra tem que ser poupado e se eleger presidente em 2010, pois a elite e a mídia querem PSDB no poder, a qualquer preço.

Leiam o que diz o Cremesp, na Folha de São Paulo, sobre o hospital psiquiátrico onde o assassino estava preso

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) afirmou ontem que o hospital onde estava internado o acusado de matar os dois jovens na serra da Cantareira encontra-se em uma situação "caótica"pela falta de médicos e "não recupera ninguém". Considerando o númerode internos (206), o conselho estima que seriam necessários 21 psiquiatras diaristas (para o tratamento) e 16 plantonistas (para emergências).

Uma diligência feita no local constatou que trabalham no local apenas oito plantonistas. Técnicos da entidade foram à unidade 2 do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha nodia 31 de agosto passado, juntamente com o Condepe (conselho da defesa dos direitos da pessoa humana, ligado à Secretaria Estadual da Justiça).

Foram checar justamente uma denúncia de falta de médicos no local. As entidades constataram também que não havia farmacêutico (o hospital utiliza drogas controladas) e nutricionistas. A unidade também não tem registro no Cremesp.

"A situação é caótica. Uma instituição assim não recupera ninguém, só embrutece", disse o presidente do Cremesp, Henrique Carlos Gonçalves. "Não há médicos à noite nem aos finais de semana", disse o psiquiatra Paulo Sampaio, membro do Condepe. "A desinternação progressiva é uma boa medida, mas o interno precisa ser bem acompanhado."

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