Disputa na Câmara ressuscita moralismo udenista

O que de pior existe na política brasileira está se revelando na disputa para a presidência da Câmara: a hipocrisia e a mentira travestidas de ética – ou seja, o moralismo udenista.

Gustavo Fruet, com a maior sem-cerimônia – já que ele sabe que não é verdade –, disse em Recife, ver na Folha de hoje, que Arlindo Chinaglia "tem uma contradição entre a sua própria história, que eu respeito, e com quem ele está aliado hoje”.

O problema é que Fruet está buscando apoio nos mesmos partidos que já estão com o candidato da base do governo e que o partido dele, o PSDB, já se aliou com esses partidos e está com eles na maioria dos governos tucanos nos Estados e municípios. Logo, tudo não passa de um “engana que eu gosto”, um acinte que deve ser repudiado e denunciado.

Fruet tem é que se assumir como candidato da oposição e que quer derrotar o governo, e não ficar também cinicamente apresentando razões como a de que é a primeira vez em que o governo nomeará o ministério depois da eleição da Câmara. Repito o que já disse aqui: todos os presidentes eleitos pela Câmara nos oito anos de tucanato eram governistas de carteirinha.

Gustavo Fruet sabe disso e, portanto, está enganando o distinto público de novo. Esta é a realidade, o resto é conversa fiada de candidato sem programa, fora a chamada questão ética – ele silenciou quando o Ministério Público Federal denunciou seu colega de macartismo Raul Jungmann, do PPS. Ficou quietinho, uma vergonha.

Fonte: Blog do Zé Dirceu

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