Líder do PT aponta CPIs prioritárias para São Paulo

Em entrevista a Rádio CBN, o líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Enio Tatto, criticou a opção do presidente da Assembléia, deputado Rodrigo Garcia, do PFL, de instaurar apenas as CPIs da Eletropaulo e da “Guerra Fiscal”. Na opinião de Tatto, existem temas mais recentes que demandam investigação.
“É uma frustração para nós, que lutamos tanto para a abertura da CPIs, e tínhamos como prioritárias as CPIs do Rodoanel, da CDHU, da Nossa Caixa, da Febem e do Rebaixamento da Calha do Rio Tietê, onde temos denúncias e indícios de grandes desvios de verbas aqui no Estado de São Paulo”.
Para Enio Tatto, o presidente da instituição optou abrir duas CPIs que praticamente perderam o sentido. São duas CPIs que passaram do seu tempo. A da Eletropaulo ainda tem algo que apurar, mas a da guerra fiscal depende muito mais de uma reforma tributária federal e nacional.
Tatto afirmou ainda que o presidente da Assembléia Legislativa resolveu abrir as duas CPIs motivado apenas pela decisão do Supremo Tribunal Federal, que acatou a Ação Direta de Inconstitucionalidade, apresentada pelo PT, e que obrigava Assembléia a abrir ao menos uma CPI entre os 70 pedidos de investigação já protocolados. Segundo o deputado, porém, o presidente “poderia abrir alguma CPI que tenha apelo popular de assunto que esteja na ordem do dia, e não uma CPI de faz de conta, só pra se livrar de um processo por prevaricação e deixar tudo como está.”
O líder petista ressaltou também o receio dos deputados do PSDB em levar ao cabo qualquer investigação: “Se não eles não tem nada a temer, porque não deixam abrir as CPIs que nós estamos propondo? Eu propus no colégio de líderes diversas vezes: a situação indicaria 3 ou 4 CPIs, e nós indicaríamos apenas uma, a do CDHU, da Nossa Caixa, ou do rebaixamento da calha do rio Tietê, eles não aceitaram nenhuma delas.”
Mais tarde, em entrevista ao portal de internet IG, Enio Tatto acrescentou que, embora na opinião do PT, a CPI da Eletropaulo não estivesse entre as investigações prioritárias, a bancada do partido estará empenhada na mesma, para investigar os indícios de tráfico de influência na venda da estatal. No entendimento do deputado, a CPI, deve, inclusive, convocar o ex-governador Geraldo Alckmin, que presidia o Projeto Estadual de Desestatização (PED), em 1998, ano em que a Eletropaulo foi privatizada.

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