PT Derruba ACM na Bahia: Cadê os Valentões?

Virada: Jaques Wagner atropela carlismo e vence eleição na Bahia

"É inacreditável. Eu estou estarrecido", confessou o deputado ACM Neto (PFL-BA), ao tomar conhecimento da pesquisa de boca-de-urna que apontava para a vitória de Wagner no primeiro turno ainda no início da noite, quando o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e seu grupo apostavam no cenário inverso, de vitória de Souto na primeira rodada.
Além de perder a briga pelo governo, ACM teve de amargar mais uma derrota, pois seu candidato ao Senado era o senador Rodolfo Tourinho (PFL-BA). O vencedor para o Senado na Bahia foi o ex-governador João Durval (PDT), pai do prefeito da capital João Henrique Carneiro.
Na prática, Durval fez campanha casada com o PT de Jaques Wagner. Embora seu partido tivesse candidato a presidente - o senador Cristóvam Buarque (DF) -, o ex-governador ignorou a candidatura do partido e abriu espaço para o presidente Lula em seu programa eleitoral.
Opção feita, todos os partidos que participaram da coligação de Wagner - PCdoB, PSB, PMDB, PPS, PV e PTB - passaram a trabalhar por João Durval.
"Nossa frente trabalhou muito por ele nos últimos 60 dias e o resultado está aí", resumiu a deputada Fátima Portugal (PCdoB-BA). "Vou ter que ir à posse de preto e branco", brincava Fátima bem humorada, ao lado do marido vitorioso Jaques Wagner, sem se importar com as referências "à zebra" do resultado.
Ao contrário dos pefelistas, que não dimensionaram a crise por que passa o carlismo desde a derrota na disputa pela prefeitura de Salvador, há dois anos, Wagner não se surpreendeu com o resultado.
Ele próprio previra o cenário da vitória do PT em todas as conversas políticas que tivera nos últimos dias, em que insistia na tese do cansaço do eleitorado depois de quatro mandatos de mando do grupo de ACM na Bahia.

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