Máfia de Sanguessugas agia no ministério de Serra
Gilberto Nascimento
Do Correio Braziliense
14/09/2006 - 07h27-São Paulo — O ex-ministro da Saúde José Serra, candidato a governador pelo PSDB em São Paulo, conseguiu passar praticamente incólume até o momento pelas investigações sobre a ação das máfias dos vampiros e dos sanguessugas. O tucano atribui a alguns de seus então subordinados no governo eventuais responsabilidades por supostas irregularidades detectadas no período em que foi ministro, entre 1998 a 2002. Documentos obtidos pelo Correio mostram que Serra, quando ministro, não só sabia da movimentação de parlamentares para aprovar emendas que distribuiriam ambulâncias superfaturadas para o estado de Mato Grosso — no famigerado esquema dos sanguessugas arquitetado pela empresa Planam, do empresário Luiz Antonio Vedoin —, como também teria determinado ao Fundo Nacional de Saúde para “providenciar o empenho e elaboração do convênio”, no caso de uma emenda no valor de R$ 88 mil, para o município de Nossa Senhora do Livramento (MT). A cidade integrava uma relação feita pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) de municípios a serem beneficiados, por meio de emendas. Isso está comprovado. Foi registrado, no dia 13 de dezembro de 2001, em ofício (veja fac-símile 1) do então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Barjas Negri, que depois viria a substituir Serra, quando o tucano deixou o cargo para disputar a Presidência da República em 2002. Negri pediu ao Fundo Nacional de Saúde o “empenho e a elaboração do convênio, com posterior retorno a esta Secretaria Executiva”, a fim de garantir a ambulância ao município. Destacou, no documento, ser uma “determinação do Senhor Ministro José Serra”. Essa ambulância, posteriormente, foi fornecida por duas empresas de fachada do Grupo Planam, a Santa Maria e a Comercial Rodrigues. Uma forneceu o veículo e a outra os equipamentos. Serra também teria conhecimento da ação dos deputados sanguessugas no Mato Grosso. Em pelo menos uma oportunidade, ele foi comunicado. No dia 9 de março de 2001, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) e outros parlamentares do estado informaram ao então ministro, também por meio de ofício (leia fac-símile 2), que o deputado Lino Rossi (hoje do PP e, na época, PSDB), seria o responsável por indicar os municípios beneficiados com recursos de uma emenda de toda a bancada. Essa emenda — nº 36.901 — previa a aquisição de “unidades móveis de saúde no Mato Grosso”, no valor total de R$ 5,6 milhões. A emenda de R$ 88 mil para o município de Nossa Senhora do Livramento também seria em nome de toda a bancada.
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Diante de tão graves descobertas do envolvimento de José Serra (O Criador dos Sanguessugas), inclusive com os documentos publicados, será que o PSDB vai dizer que não sabia? Vão expulsar o Serra do partido?
E agora Alckmin? Vai começar a varrer a "praga da corrupção" de dentro do seu partido?
Realmente estamos diante de uma oposição hipócrita, demagoga e mentirosas. A PF tem que investigar a fundo, pois com certeza ainda tem muito tucano pra ser desmascarado, afinal foram 8 anos do (Des)Governo de FHC onde foram abafadas várias CPIs em Brasília e em S. Paulo com o Alckmin.
Dá pra começar a entender porque eles temem tanto a instalação de CPIs.
Guina