Lula de Novo

Nunca é demais lembrar que, em política, é legítimo avaliar um acusado pela trajetória dos acusadores. Vale, então, reparar quem são muitos daqueles que abriram fogo contra Lula. São os mesmos que não hesitaram em apoiar o Golpe de 64, que sabotaram as Diretas Já, que apoiaram Collor e defenderam o programa neoliberal de FHC até o fim.

Mesmo o dilúvio
Não durou eternamente.
Veio o momento em que
As águas negras baixaram.
Sim, mas quão poucosSobreviveram.
(Bertold Brecht)

Gilson Caroni Filho - Carta Maior

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2 comentários

  • Anônimo  
    22/7/06 3:04 AM

    Celso Amorim irritado, e com razão.

    Tentativa da imprensa pró-PSDB de mostrar atual governo como despreparado não é nova.

    A irritação do Ministro Das Relações Exteriores Do Brasil, Celso Amorim, com um chato travestido de jornalista, que insistia em perguntar sobre um "plano" de retirada dos brasileiros do Líbano exatamente quando o Ministro não tinha feito outra coisa na entrevista coletiva que concedia à imprensa do que discorrer sobre as ações do Governo para retirar os brasileiros da área de conflito, foi o desabafo de um membro graduado de um Governo que tem sido mostrado, insistentemente, como "despreparado", "improvisado", "desorganizado", pela imprensa direitista.

    O Governo brasileiro tem feito aquilo que pode, dentro das precárias condições de um País, o Líbano, arrasado por uma agressão selvagem do governo israelense. Foi destruída grande parte da infra-estrutura do País, incluindo estradas, centrais elétricas e o aeroporto internacional de Beirute, a capital. Além disso, notícias vindas da região dão conta de que os motoristas dos ônibus que levariam os refugiados para a Turquia, (de onde poderiam retornar ao Brasil, nos vôos da Força Aérea Brasileira) estão se recusando a fazer a arriscada viagem pelo que resta das estradas libanesas, pois Israel, mais uma vez, ignora as leis internacionais da guerra, e se recusa abrir um "corredor humanitário" para a saída dos civis.

    O que quer a imprensa pró-PSDB? Que o Lula contrate o "Superman" redivivo nas telas de cinema, para parar os mísseis israelenses e levar os refugiados para longe daquele inferno? Não! A única preocupação da "imprensa" é caracterizá-lo como "desprovido de um plano", certamente mágico, de retirada dos brasileiros do Libano. Quem sabe um "gerente", como o Geraldo Alckmin, resolvesse melhor a situação? Esta é a mensagem subliminar que a "imprensa" tenta passar à população.

    Essa postura da imprensa em relação ao atual governo não é nova, e inclusive, já foi comentada por mim neste site, no artigo "Exército, para desespero da oposição à Lula, recupera armas roubadas de quartel no RJ", do dia 15 de março de 2006. Procure no arquivo.

    O preconceito de classe que motiva tal postura da imprensa, será derrotado, mais uma vez, na eleição de outubro. Vão ter que aturar o iletrado, porém honesto e competente Luís Inácio Da Silva, o Lula, durante mais um mandato à frente da Presidência Da República.

  • MARCOS LOURES  
    23/7/06 10:10 AM

    Alckmin enfrenta saia-justa por buscar apoio de Garotinho

    O candidato, que tem dois palanques no Rio, ouviu calado a crítica de Denise Frossard ao ex-governador
    Wilson Tosta

    RIO DE JANEIRO - O candidato do PSDB a Presidência da República, Geraldo Alckmin, passou por momento de constrangimento por causa do namoro político da coligação que o apóia com o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, que tem como um dos articuladores dessa aproximação o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
    Em visita ao centro de convivência Marcelino D´almeida, Alckmin, ao responder a uma pergunta sobre as articulações em relação a Garotinho, disse: "Queremos o apoio de todos os peemedebistas". Minutos depois, ouviu uma irritada reação da candidata do PPS ao governo do Estado, deputada Denise Frossard (PPS), que o apóia. "Duvido que alguém se associe a um PMDB local, que é autor, sim, desta irresponsabilidade administrativa que vem causando mortes", disse.
    Ela criticou seu adversário pelo PMDB, o senador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que tem o apoio de Garotinho e sua mulher, a governadora Rosinha Garotinho, do mesmo partido.
    Alckmin ouviu a declaração, hostil ao grupo político que corteja no Estado, calado, com um sorriso protocolar ao lado da candidata. Depois do centro de convivência, Alckmin visitou a comunidade Jardim Moriçaba, em Campo Grande, zona oeste, onde conheceu o projeto Favela Bairro, de urbanização de comunidades carentes, mantido pela prefeitura.
    Ausente
    O candidato percorreu algumas ruas sob sol forte com apoio de cabos eleitorais de candidatos a vereador e ao som de jingles eleitorais, em ritmo de funk. Ele minimizou a ausência do prefeito Cesar Maia, que o apóia, mas já expressou desagrado em relação a um eventual apoio de Garotinho a Alckmin, que o prefeito, pela rejeição que, segundo ele, o governador tem no Estado, seria o "beijo da morte".
    Segundo Alckmin, o prefeito não compareceu porque tinha compromissos administrativos que o impediram de participar do evento. À tarde, Alckmin irá a Duque de Caxias com o candidato do PSDB ao governo estadual do Rio, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), que também apóia.


    Pobre Geraldo, continuam as suas agruras e amarguras.
    Mais uma vez, em busca de uma eleição para a qual topa qualquer parada, inclusive a de passar a aprender a uivar como os lobos da floresta, os felpudos pefelistas, toma uma bronca.
    Depois da que teve que ouvir de Dom Toninho Malvadeza, agora foi a vez da carangolense Juíza.
    Realmente, foi constrangedor. Quanto a César Maia, esse já se especializou num esporte inusitado – Pancada em Tucano.
    Quase uma caça, pois já se tornaram usuais as alfinetadas.
    Outra coisa que me chamou a atenção foi o ritmo usado pelos cabos eleitorais, se analisarmos, tem tudo a ver Geraldo e o Funk.
    Ou melhor, o fuck, já que o seu partido fez o povo brasileiro dançar esse ritmo por muito tempo...
    Voltando ao funk, imagino a cena do Doutor Geraldo, extremamente animado, dançando um funk carioca.
    “Só as cachorras, as preparadas” e dá-lhe doutor Geraldo...
    Inclusive, na hora do Bonde do PCC, ia ser um momento inusitado para o querido doutor.
    Seria uma forma de homenagear o excelente Governador de São Paulo, acredito que o deixaria extremamente saudoso e o comoveria às lágrimas...
    Outra coisa, Anthony e Doutor Geraldo se merecem, pois o resultado de suas administrações nos últimos anos, tornaram ambos os estados conhecidos no mundo inteiro como verdadeiras ilhas de tranqüilidade nesse mundo turbulento.
    Garanto que, mais tranqüilos que o Iraque e o Líbano, pelo menos, o Rio e São Paulo são.
    Bacana esse trio – Garotinho, César e Geraldo, é um trio para ninguém botar defeito...
    Geraldo, um conselho; compre uma máscara, aliás, várias, pois se, a cada bronca que tomar, o rosto ficar ruborizado, pelo menos a máscara vai disfarçar.
    Aliás, não é uma máscara comum não, vai ser preciso uma nova, de pau...

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