Alckimin enfrenta saia justa por buscar apoio de Garotinho
Por Marcos Loures
O candidato, que tem dois palanques no Rio, ouviu calado a crítica de Denise Frossard ao ex-governador
Wilson Tosta
RIO DE JANEIRO - O candidato do PSDB a Presidência da República, Geraldo Alckmin, passou por momento de constrangimento por causa do namoro político da coligação que o apóia com o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, que tem como um dos articuladores dessa aproximação o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em visita ao centro de convivência Marcelino D´almeida, Alckmin, ao responder a uma pergunta sobre as articulações em relação a Garotinho, disse: "Queremos o apoio de todos os peemedebistas". Minutos depois, ouviu uma irritada reação da candidata do PPS ao governo do Estado, deputada Denise Frossard (PPS), que o apóia. "Duvido que alguém se associe a um PMDB local, que é autor, sim, desta irresponsabilidade administrativa que vem causando mortes", disse. Ela criticou seu adversário pelo PMDB, o senador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que tem o apoio de Garotinho e sua mulher, a governadora Rosinha Garotinho, do mesmo partido. Alckmin ouviu a declaração, hostil ao grupo político que corteja no Estado, calado, com um sorriso protocolar ao lado da candidata. Depois do centro de convivência, Alckmin visitou a comunidade Jardim Moriçaba, em Campo Grande, zona oeste, onde conheceu o projeto Favela Bairro, de urbanização de comunidades carentes, mantido pela prefeitura. Ausente O candidato percorreu algumas ruas sob sol forte com apoio de cabos eleitorais de candidatos a vereador e ao som de jingles eleitorais, em ritmo de funk. Ele minimizou a ausência do prefeito Cesar Maia, que o apóia, mas já expressou desagrado em relação a um eventual apoio de Garotinho a Alckmin, que o prefeito, pela rejeição que, segundo ele, o governador tem no Estado, seria o "beijo da morte". Segundo Alckmin, o prefeito não compareceu porque tinha compromissos administrativos que o impediram de participar do evento. À tarde, Alckmin irá a Duque de Caxias com o candidato do PSDB ao governo estadual do Rio, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), que também apóia.
Pobre Geraldo, continuam as suas agruras e amarguras.Mais uma vez, em busca de uma eleição para a qual topa qualquer parada, inclusive a de passar a aprender a uivar como os lobos da floresta, os felpudos pefelistas, toma uma bronca.Depois da que teve que ouvir de Dom Toninho Malvadeza, agora foi a vez da carangolense Juíza.Realmente, foi constrangedor. Quanto a César Maia, esse já se especializou num esporte inusitado - Pancada em Tucano.Quase uma caça, pois já se tornaram usuais as alfinetadas.Outra coisa que me chamou a atenção foi o ritmo usado pelos cabos eleitorais, se analisarmos, tem tudo a ver Geraldo e o Funk.Ou melhor, o fuck, já que o seu partido fez o povo brasileiro dançar esse ritmo por muito tempo...Voltando ao funk, imagino a cena do Doutor Geraldo, extremamente animado, dançando um funk carioca."Só as cachorras, as preparadas" e dá-lhe doutor Geraldo...Inclusive, na hora do Bonde do PCC, ia ser um momento inusitado para o querido doutor.Seria uma forma de homenagear o excelente Governador de São Paulo, acredito que o deixaria extremamente saudoso e o comoveria às lágrimas...Outra coisa, Anthony e Doutor Geraldo se merecem, pois o resultado de suas administrações nos últimos anos, tornaram ambos os estados conhecidos no mundo inteiro como verdadeiras ilhas de tranqüilidade nesse mundo turbulento.Garanto que, mais tranqüilos que o Iraque e o Líbano, pelo menos, o Rio e São Paulo são.Bacana esse trio - Garotinho, César e Geraldo, é um trio para ninguém botar defeito...Geraldo, um conselho; compre uma máscara, aliás, várias, pois se, a cada bronca que tomar, o rosto ficar ruborizado, pelo menos a máscara vai disfarçar.Aliás, não é uma máscara comum não, vai ser preciso uma nova, de pau...
24/7/06 12:14 PM
O EMBUSTE CHAMADO ALCKMIN!
Falando em impostos, em redução de impostos, em diminuição da carga tributária, me dei conta do IPVA. O IPVA é Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – é um tributo devido anualmente pelos proprietários de automóveis, motocicletas, caminhões, ônibus, aeronaves e embarcações. Seu valor é calculado com base no valor venal do veículo, aplicando-se uma alíquota que varia, conforme o estado da federação, entre 1% e 4%.O montante da arrecadação do IPVA é dividido em proporções iguais entre o estado e o município onde o veículo está licenciado. Esse imposto deveria ser destinado à conservação e à construção de ruas e rodovias. Vamos falar de SP, que tem uma concentração imensa de veículos. Só no ano de 2006 a arrecadação do IPVA foi de 4,8 bi, ( informação da Secretária da Fazenda de SP). A grande maioria das rodovias de SP, as mais importantes, estão privatizadas, pagamos pedágio para trafegar nelas. E não é um pedágio por rodovia; são vários pedágios ao longo das rodovias. Rodar 382 km de rodovia em SP custa mais de R$ 100,00 só em pedágios. Alguém sabe quanto as concessionárias responsáveis pelos pedágios arrecadam por mês, por ano nas rodovias de SP? Você sabia que 12% da arrecadação dos pedágios é repassado ao estado? Sabendo disso, façamos uma pergunta simples: no que é usado o dinheiro do IPVA, se muitas rodovias estaduais estão em situação de calamidade, esburacadas, sem sinalização, sem iluminação, sem acostamentos, sem a mínima segurança? O Alckmin está falando em reduzir imposto, a carga tributária. Diz que se (por uma grande desgraça) for eleito, vai reduzir os impostos. Mas não foi isso que fez em SP: durante os 5 anos que foi governador, a cada ano o IPVA foi aumentado, de seis em seis meses os pedágios foram e continuam sendo aumentados. E os buracos vão aumentando, pontes vão caindo, acidentes vão ocorrendo ao longo das rodovias em SP. Alckmin fala uma coisa e faz outra totalmente diferente, ele conta uma história bonita, e na realidade pratica outra horrorosa, que lesa o bolso de toda a população. Mesmo quem não tem carro paga IPVA e paga os pedágios na alimentação, no vestuário, nas medicações: os empresários, produtores, fornecedores, repassam esses impostos para o consumidor, encarecendo os seus produtos. As passagens dos ônibus sofrem aumento cada vez que sobem o IPVA e os pedágios: o prejuízo é apenas dos usuários. Cadê o Afif Domingos do PFL, aliado do Alckmin do PSDB, para criar o Ipveômetro de SP? Cadê o Afif Domingos do PFL, para cobrar do Alckmin transparência no uso do IPVA de SP? E Serra e Alckmin determinaram a construção pedágio nas marginais de SP assim que passar o período eleitoral. Isso tudo porque eles falam em reduzir impostos, diminuir a carga tributária, melhorar a vida das pessoas. Alguém teve e terá vida melhorada com as arrecadações milionárias do IPVA e dos pedágios em SP. Com certeza não foi nem é a população paulista.
Fala sério, Alckmin!
Jussara Seixas