O mundo cão e o complexo de Aquiles

Por: Marcos Loures

A violência que imperou em São Paulo nesse maio demonstra o poderio do crime organizado, numa demonstração de poderio assustador.A mídia paulista tem muita influência sobre os efeitos geradores desse espetáculo de força associado á fragilidade dos órgãos de segurança desse estado.A falência da segurança pública em São Paulo tem várias causas, alguma óbvias, como o descaso das autoridades tanto com relação à repressão quanto as origens primórdios de cunho social, claramente explícita nos guetos sem defesa e sem presença efetiva do Estado.Falarmos disso pode parecer lugar comum, e muitas vezes o é; porém não faz mal nenhum lembrarmos do quanto à sociedade, como um todo e o Governo Estadual particularmente são responsáveis por esse caos.A falta de perspectiva das crianças e dos jovens paulistas merece total atenção de quem quiser analisar esses fatos. Ser pobre em qualquer lugar do Brasil é difícil, mas em cidades como São Paulo, onde a discriminação contra a miséria é inerente, no fechar a porta do carro ao se aproximar a criança miserável vendendo balas, fazendo malabares, pedindo esmola, no proibir a entrada dos mais humildes pelo elevador social, nos milhões de cães de guarda e nos guardas de segurança particular, prontos a humilhar e expulsar a miséria dos núcleos burgueses, como se a miséria fosse um cancro contagioso.As castas paulistas são histórica e extremamente preconceituosas.A formação de tribos e de grupos em sampa, diferentemente do que ocorre no Rio de Janeiro, por exemplo, onde o asfalto e o morro se misturam frequentemente desde os bailes funks até as rodas de pagode, passando pela praia e pelo aterro do Flamengo, território democrático de ricos e pobres, pretos e brancos, favelados e moradores de condomínios de luxo.Agora, em São Paulo essa realidade é bem diferente, há a constante e "necessária"formação de ilhas com espaços abismais entre si, entre vários tipos de pessoas, com violenta discriminação.O fato de São Paulo ter vários e vários casos de violência extrema de origem racista, entre castas e contra grupos como os nordestinos, mendigos, gays, entre outros, demonstra que o caráter de agressividade paulista é impar no Brasil, chegando às raias do absurdo total, desvairado mesmo...Na Paulicéia temos todos os tipos e gêneros de grupelhos neonazistas e excludentes, que não se suportam e não conseguem conviver, podemos observar isso até nos campos de futebol.O Estado Paulista é, em essência, elitista e preconceituoso até em atitudes menores, como a criação de rampas nos viadutos para a exclusão dos desvalidos dali.Esses tipos de atitude são agressivos e geram, por si só, uma reação de exclusão para com e dos grupos majoritários em termos populacionais e minoritários quando o assunto é poder, tanto econômico quanto social.Essas disparidades geram, por si só, uma terrível diferenciação entre conterrâneos e seres humanos.Ser pobre em São Paulo é ser discriminado a todo o momento, do semáforo ao restaurante, passando pelos Shoppings da vida.Imaginar um cidadão humilde, trabalhador, num restaurante burguês paulista, é pensarmos nos chineses dentro da China pré maoísta.Portanto, sob esse cenário, temos o início do processo de desfiguração social e moral desse povo, pobre povo.Pois bem, aliado a isso temos uma série de desgovernos no Estado de São Paulo, onde coube um Paulo Maluf, entre outros, o que não é nenhum exemplo de honestidade, e o melhor dentre todos quando o assunto é demagogia.Nos últimos 16 anos, o que se viu em São Paulo, foi o poder da burguesia, da mesma burguesia quatrocentona que tem o nariz de cadáver assombrando todos os que não vieram dessa oligarquia que ainda recende à república do café com leite.Esses novos coronéis de terno e gravata, com empresas na Bovespa, com o orgulho em alta e a moral nem sempre, com a chave do capital e afastando-se da porta do Céu em cada ato, do mesmo pessoal que disse que abandonaria o Brasil se o Lula fosse eleito, e que quando esse o foi, utilizando-se dos mecanismos permitidos por Fernando e sua Gang, escoaram para fora do Brasil mais de uma centena de bilhões de dólares.Essa mesma elite apodrecida em vida, confeccionada nas butiques parisienses e italianas e na sua filial paulistana, criou um verdadeiro abismo social, gigante que discrimina e elimina a todos.Pois bem, temos, além disso, tudo uma imprensa "popular" de aspecto asqueroso e, em troca de audiência, com um discurso extremamente nazista e de incompetência tanto intelectual quanto moral, donos de um moralismo enviesado e formadores de "opiniões" totalmente fantasiosas e tresloucadas.O pior não é nem a venda de uma imagem ABSURDA da luta dos humanistas pelos direitos do proletariado à CIDADANIA, mentirosamente e criminalmente colocada como DIREITOS HUMANOS É IGUAL A DIREITOS DE BANDIDOS.As afirmativas dessa imprensa de baixíssima qualidade sobre esse assunto são de extrema IGNORÂNCIA que se for proposital é criminosa e se for por desinformação são de maior gravidade ainda, pois o microfone dado a essa turma faria mais sentido se colocado nas bocas dos cães de guarda das casas das Madamas dos Jardins.A colocação dessa imprensa sobre a insegurança de sampa é de uma maneira tal, sensacionalista e discriminatória que gera dois fatores: o pânico da população, principalmente entre as donas de casa que não saem à rua, e o aumento do poder de fogo da marginália, ou a ambos, formando uma associação muito grave. O calcanhar de Aquiles da população pelo que essa turma vende não é o DESGOVERNO que tomou conta de São Paulo nessas últimas décadas, mas sim a Polícia colocada como corrupta e fragilizada.Embora muitas vezes tenhamos visto a Polícia em atos comprometedores e enfraquecida como nesses últimos dias, ela é o mecanismo principal de defesa da cidadania da classe média, mas, muitas vezes o agente de repressão e de corrupção sobre as populações mais carentes, vitimizada de novo pelos agentes que a deveriam proteger e, infelizmente, tendo entre seus representantes, na maioria das vezes, pessoas oriundas das mesmas classes sociais mais baixas.Quando vemos, na venda da imagem de uma fragilidade do poder e no poderio do crime, temos um efeito avassalador.Para se ganhar audiência, vale tudo, mas tudo mesmo.Essa imprensa prostituída e vendida aos interesses de seus patrocinadores, criou uma situação insustentável em São Paulo, transformando a todos em reféns imaginários de um poder paralelo.As bases da cidadania são atacadas todos os dias, em cada afirmativa preconceituosa, impensada e muitas vezes canalha dessa turma."Os direitos humanos são os responsáveis por isso!"Essa afirmativa boçal muitas vezes é repetida e vomitada, mesmo por pessoas com maior capacidade coecertiva.Vítimas de distorções abjuradas sobre um assunto tão importante quanto à cidadania, os papagaios de pirata repetem essas aceiras sem analisar o que representa isso.
A FALTA DE GARANTIAS AOS DIREITOS HUMANOS É, NA VERDADE O CALCANHAR DE AQUILES DE SÃO PAULO, ENQUANTO OS POBRES FOREM TRATADOS COMO PODRES E ESCÓRIA, A BURGUESIA PAULISTANA IRÁ SOFRER DO PÂNICO DISSEMINADO E SE SENTIRA A MERCÊ DO MONSTRO QUE ELA MESMA CRIOU, E É MANTIDO "INTELECTUALMENTE" PELO JORNALISMO MUNDO CÃO, QUE TANTO APAVORA AOS ASSUSTADOS CIDADÃOS DE BEM E AGRADAM À MARGINALIDADE PAULISTA.

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3 comentários

  • MARCOS LOURES  
    16/5/06 10:01 PM

    “Alckmin foi avisado da ameaça do PCC
    Poucas semanas antes de deixar o cargo de governador, Geraldo Alckmin foi avisado pelo diretor do Departamento de Investigações do Crime Organizado (Deic), Godofredo Bittencourt, de que o PCC ainda era uma forte ameaça à segurança pública, informa Leandro Colon, repórter do blog.

    Quem testemunhou a conversa revela que Alckmin fechou a cara e piorou seu humor. O encontro de Alckmin com Bittencourt ocorreu no Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daut (IRGD), na Rua Cásper Líbero, em São Paulo.

    O secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, chegou atrasado ao encontro e foi cobrado por Alckmin a respeito das informações transmitidas por Bittencourt.

    No mesmo local e depois da saída de Alckmin, Saulo foi tirar satisfações com o diretor do Deic e o atacou na presença de outras pessoas:

    - Mas que caralho você foi falar para ele? Você tem que falar comigo, não com ele.

    Bittencourt revidou:

    - Vai tomar no cu, Saulo. Ele veio falar comigo e me perguntou.”
    FONTE NOBLAT –ESTADÃO 16/05/06


    Desculpe-me voltar ao tema, mas esse diálogo postado no blog de Noblat, tucano de todas as horas, portanto, insuspeito nesse caso, demonstra a fragilidade do tucanato.
    Fragilidade de ação e de emoção embora, como se vê extremamente forte no linguajar chulo e na falta de comando, ou melhor, no excesso de descomandos.
    Esse neologismo se faz pertinente ao caso, pois demonstra claramente o que houve, falta absoluta de equilíbrio nas ações que se faziam necessárias, já à época, pelo Governo Estadual e pelo seu principal dirigente, mesmo que estivesse mais preocupado em tentar a Presidência da República do que, propriamente, governar seu estado.
    A fogueira das vaidades demonstrada nesse fato; agravada pelo resultado dos descasos ou das “bicadas” terem sido demonstrados, nesse final de semana, com a gravíssima situação a que chegou o Estado, nos coloca em situação de extrema insegurança com relação aos partícipes dessa peça de mau gosto e de péssimo final.
    Em primeiro lugar temos o aspecto da inoperância do Geraldo Alckmin, ao preferir se irritar com a informação a tomar alguma; qualquer que fosse a providência que a denúncia do diretor do DEIC, ou seja, de um dos homens mais importantes da polícia investigativa paulista.
    Essa atitude demonstra que Alcamin não está, PELA INCOMPETÊNCIA DA OMISSÃO e pela “BIRRA” IRRESPONSÁVEL, ao saber da notícia e, simplesmente “piorar o humor”.
    Acredito que essa “piora de humor” do Governador Geraldo deve ser muito alentadora para quem teve seus filhos mortos em pleno dia das mães, como as genitoras dos soldados mortos, indiretamente pela omissão e irresponsabilidade desse tipo de governante.
    Por outro lado, temos um secretário de Segurança Pública tão auto-suficiente quanto pontual, tanto a nível de preparo emocional quanto educacional, como se demonstra na conversa com o Diretor do DEIC.
    Um secretário desses coaduna com um Governado de tal nível.
    O único que me parece lúcido, o Diretor do DEIC, foi duplamente ofendido, primeiramente pelo OMISSO que não levou as suas informações à sério, e depois pelo BOBO DA CORTE que queria ou omitir a informação ao Governador ou vangloriar-se de ser o porta-voz de tal ameaça.
    Em ambas as situações deprimente a atitude do Dr. Saulo.
    Essa historieta exemplar me deixa com algumas dúvidas e algumas certezas.
    Vamos a elas: que qualidade de governante é essa que, ao ouvir denúncias claras de um auxiliar direto e qualificado sobre um fato de tal teor de gravidade, se omite e dá piti?
    Imaginemos tal governante, Presidente da República, seria trágico, esse seu “poder” de fogo tende a zero. Governar o país não é nem fazer uma anestesia, doutor, nem passear pelo Brasil a fora comendo acarajé ou buchada de bode, enquanto a primeira dama faz das suas, nem fazer propaganda da acupuntura nem financiar o médico “particular”.
    A irresponsabilidade dos gestos desse imaturo e despreparado, sem condições de conter nem os aprendizes, vide FEBEM, quanto mais com relação aos profissionais.
    Embora, tenha por convívio, aprendido alguma coisa com esses, porém o nível de ação do círculo de amizades dasluianas é outro, as armas não são as mesmas, mas o resultado é parecido.
    Outra dúvida que me abate é até que ponto, o poder público não é, direta ou indiretamente conivente com isso tudo? Qual foi a moeda de troca para o cessar-fogo?
    Porém me assomam tantas certezas que irei, a título de demonstração, somente enumerar algumas:
    Em primeiro lugar, ao contrário do que falam de LULA, ALCKMIN SABIA SIM DE TUDO O QUE ACONTECEU, DISSO EU TENHO ABSOLUTA CERTEZA!!
    Quando querem imputar alguma coisa a Lula, já que nada demonstram vêm com essa balela de ELE SABIA, PORTANTO AFIRMO QUE ALCKMIN SABIA SIM que haveria uma ação e se OMITIU, podendo ser moralmente responsabilizado, por OMISSÃO, pela morte de mais de uma centena de pessoas e pelo caos em que ficou a maior cidade do país e o Estado mais rico da federação.
    Outra afirmativa comprovada de igual gravidade é que ALCKMIN NÃO TEM PULSO PARA AGIR EM SITUAÇÕES DE CONFLITO, NEM PREVENTIVA NEM OPERANTEMENTE.
    Tal inoperância; que foi imputada pelos tucanos a Lula no episódio já superado com a Bolívia onde, realmente, havia muita fumaça e pouquíssimo fogo, resultando na manutenção dos níveis de gás exportados para o Brasil, se demonstrou agudamente na falta de atitude do Governador e na ação inibitória do seu Secretário de Segurança, ou melhor, publica Insegurança que fica mais coerente.
    Entendo agora a forma voraz com que alguns tucanos atacam Lula, pois demonstra-se com isso, que as uvas estão maduras...

  • Anônimo  
    17/5/06 12:28 PM

    MACACO VELHO, E AINDA MAIS MINEIRO...
    Tucanos reavaliam a campanha
    De Paulo Sotero em O Estado de S.Paulo, hoje:
    "O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, reúne-se hoje em Nova York
    com dois outros cardeais do PSDB, o presidente do partido, senador
    Tasso Jereissati (CE), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,
    para avaliar os eventos e conversar sobre a campanha do pré-candidato
    tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin.
    "O momento é de definir estratégias", disse Aécio. "É claro - e digo
    isso com muita franqueza - que todos nós gostaríamos que o Alckmin
    estivesse com o dobro do que está nas pesquisas."
    Numa linguagem que traz no mínimo apreensão diante do mau desempenho
    do candidato tucano até agora, Aécio afirmou: "É hora de ter muita
    serenidade, para que possamos executar uma estratégia que possa nos
    levar à vitória."
    Segundo Aécio, "a candidatura Alckmin tem um grande potencial de
    crescimento". Ele conta que baseia seu otimismo, por exemplo, no fato
    de haver pesquisa mostrando que apenas 65% do eleitorado conhece o
    candidato, enquanto 99% sabe quem é o presidente Lula.
    E pesquisas qualitativas, prosseguiu, indicam que, quanto maior o
    índice de conhecimento de Alckmin, maior a intenção de voto nele.
    "Isso não ocorre em relação ao presidente Lula.""



    Interessante a afirmativa de Aécio Neves sobre a candidatura Alckmin,
    baseando seu baixo índice nas pesquisas ao fato de que esse não é
    muito conhecido.
    Se basearmos essa análise pelo fato de ser ou não conhecido, teremos
    outra visão sobre esse assunto, o fato de, termos em Alckmin um
    candidato com aspectos únicos, associando total incompetência
    administrativa com uma apatia natural, sem feeling, sem sal, acredito
    que o fato de se tornar mais conhecido terá um resultado antagônico ao
    que proclama Aecinho.
    Vejamos bem os seguintes aspectos: em primeiro lugar, a maioria das
    pessoas de classe média conhece Alckmin, não administrativamente, o
    que está ocorrendo, para decepção de muitos, agora.
    Alckmin é um fenômeno paulista, tendo como principal artífice e
    mantenedor Mario Covas, que era muito respeitado pela população do
    estado, e suas 4 eleições como vice ou como Governador se deve a isso.
    Realmente, Alckmin é o governante brasileiro com mais tempo no
    governo, mostrando a par disso, um total despreparo para encarar de
    frente os graves problemas que afligem o Brasil.
    Para quem, num estado rico como São Paulo não conseguiu e; pelo
    contrário, viu o agravamento dos graves problemas desse povo sofrido
    mantendo, inclusive oito anos desse longo governo, em total harmonia
    com o correligionário Fernando Henrique, essa exposição deverá ser
    catastrófica.
    Nos moldes de FHC, Alckmin fez privatizações, inclusive do BANESPA,
    entre outros, aumentou a dívida pública e arquivou toda e qualquer
    denúncia de irregularidades com relação ao mandato seu e de seus
    aliados, gerando um clima insustentável de impunidade.
    Outra coisa que deve ser lembrada é que, a bem da verdade, Alckmin é
    muito conhecido entre os seus prováveis eleitores, pertencentes a uma
    classe média e elitista que lê jornal e tem notícias diárias sobre o
    que ocorre no Brasil, como um todo.
    No seu provável eleitorado, que o está conhecendo mais a fundo agora,
    através das denúncias de associação indireta ao crime ou por omissão
    ou por acordos feitos como os de agora, inegáveis para o final da
    crise de segurança paulista, com aspectos de imoralidade mesmo e
    demonstrando total inoperância.
    As denúncias feitas sobre as compras de votos através do sistema
    financeiro estadual, via Nossa Caixa, que são impedidas a todo custo
    de serem investigadas a fundo é outra pedra no sapato do ex-governador
    tucano.
    Agora, no eleitorado de Lula, de quem vota em Lula, contra quem
    aparecer, o que representa trinta por cento de fiéis eleitores,
    Alckmin não tem a menor chance de conseguir nada.
    Com os ex-petistas arraigados no PSOL, a história se repete, esses
    pregarão o voto nulo, mas não apóiam Alckmin, sob a pena de não mais
    se elegerem a nada.
    Garotinho, mesmo com todas as denúncias tem maior capacidade de
    penetração que Alckmin, pois sua candidatura tem a consistência de um
    longo período de campanha política, feita através das últimas décadas
    em todos os meios de comunicação.
    E ainda pode ultrapassar novamente Alckmin nas pesquisas, apesar de
    tudo, embora o PMDB não deva ter candidato próprio, se o tiver,
    Alckmin é o principal candidato ao terceiro lugar.
    Resta o que Aecinho proclama como potencial de crescimento, as camadas
    mais simples da população; e é nesse campo mais vasto que Lula cresceu
    com o seu mandato visando à diminuição das diferenças sociais.
    A simples indexação do nome de Alckmin ao PSDB, ou seja, ao partido de
    Fernando Henrique leva pânico à maior parte da população carente desse
    país.
    Portanto, toda essa história alegada por Aécio, parece "história para
    inglês ver", já que nem o próprio Aécio irá, sob pena de perder a
    reeleição, entrar "de cabeça" na campanha de Alckmin.
    Afinal, além de neto da raposa Tancredo Neves ele sabe, como bom
    mineiro, que quem for macaco velho não coloca a mão nessa cumbuca não.
    Ela tá mais do que furada...

  • MARCOS LOURES  
    17/5/06 4:08 PM

    Membros do PCC receberam 60 TVs de tela plana na cadeia
    Presos do PCC receberam em suas celas, em diferentes presídios de São Paulo, em plena crise, 60 aparelhos de tevê, tela plana, via Sedex. Os criminosos compraram à vista nas Casas Bahia com o objetivo de assistir à Copa do Mundo.
    Godofredo Bittencourt Filho, diretor do Deic, deu essa informação ontem, segunda feira, dia 15, a cerca de cem empresários que foram ouvi-lo na Fiesp. Ele chegou de helicóptero e foi lá, segundo um dos participantes, tranqüilizar os empresários. Godofredo foi muito aplaudido, porque, segundo essa fonte, demonstrou “sinceridade e honestidade”.
    Um empresário também presente, e que não quis se identificar, ficou “muito preocupado” porque só ali se tratou da eventual possibilidade de a policia e as operadoras de telefone fazerem um acordo para que, de forma eficaz, as operadoras possam bloquear as ligações para as áreas em que ficam os presídios. A Fiesp se dispôs a promover futuramente esse encontro entre autoridades e operadoras para estudar o assunto. “Pensei que isso já estivesse resolvido”, disse esse empresário presente à reunião.
    Segundo a outra fonte, Godofredo foi muito fiel aos fatos, fez um relatório minucioso e demonstrou que a situação estava sob controle. Depois dos aplausos, foi embora de helicóptero.

    Fonte: Conversa Afiada (Paulo Henrique Amorim)



    Qua, 17 Mai - 11h31
    IBGE identifica 14 milhões de brasileiros famintos
    Agência Estado
    Cerca de 14 milhões de brasileiros, 7,7% da população total, vivem em domicílios caracterizados por um "estado de insegurança alimentar grave", o que significa dizer que convivem com o fantasma da fome "quase todos os dias", "alguns dias" ou "um ou dois dias" por mês. São pessoas que não têm acesso a alimentos em quantidade ou qualidade adequadas e que temem sofrer restrições ainda maiores no futuro.
    Os estados do Norte e do Nordeste lideram a trágica estatística, com mais da metade da população vivendo em um ambiente onde a quantidade de alimentos disponível para a família é insuficiente para garantir a sobrevivência em condições dignas. O Maranhão, com 18% dos domicílios em situação de "insegurança alimentar grave", lidera o ranking da fome, seguido de perto por Roraima (15,8%) e Paraíba (15,1%)...
    ...A pesquisa foi feita pelo IBGE, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e pela primeira vez utiliza em escala nacional a chamada Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), uma metodologia que permite identificar famílias em diferentes níveis de risco alimentar...
    ...O grau de insegurança alimentar varia não apenas em relação à distribuição geográfica das famílias, mas também em função da faixa etária dos seus integrantes. Nesse aspecto, a situação se revela mais grave para as crianças com até 4 anos de idade, com uma em cada dez crianças convivendo em um ambiente de insegurança alimentar grave, índice duas vezes maior para aqueles com mais de 65 anos.
    Os números do IBGE revelam ainda que 17% das crianças com até 5 anos residentes nas Regiões Norte e Nordeste vivem em condições de insegurança alimentar grave, ante 5,3% nas Regiões Sul e Sudeste e 5,7% nos Estados do Centro-Oeste. A metodologia utilizada pelo IBGE considera em situação de segurança alimentar pessoas ou famílias que não sofrem restrições na quantidade ou na qualidade dos alimentos e não temem qualquer mudança deste cenário. Por outro lado, a insegurança alimentar é percebida em níveis que variam desde a preocupação de que o alimento acabe antes que haja dinheiro para a reposição até chegar ao ponto mais grave, em que a família passa a sofrer restrição na disponibilidade de alimentos...
    O porque de ter selecionado estes dois artigos hohje, parece meio óbvio, mas é sempre salutar discorrer sobre idéias e parâmetros diferentes e termos uma idéia do que está ocorrendo e do que pode acontecer nesse nosso país.
    A reportagem colocada pelo Estado de São Paulo demonstra uma realidade da qual não podemos escapar: A FOME NO BRASIL, AINDA É MUITO GRANDE e o risco de desassistirmos essas camadas mais humildes e miseráveis, desses milhões de excluídos é de MORTE E ANIQUILAÇÃO, num verdadeiro GENOCÍDIO.
    Os programas governamentais, quando são criticados pelo que chamam de “assistencialismo eleitoreiro”, são de fundamental e crucial importância para que milhões de irmãos nossos sobrevivam, a questão não é eleitoreira nem esmolar, como apregoam alguns, inclusive dentro da própria Igreja Católica, mas sim são, na verdade, programas HUMANISTAS E CRISTÃOS, além de trazerem de novo a dignidade para esse povo.
    Pode-se imaginar o quanto as, a princípio principalmente para a classe média, pequenas quantias mensais fornecidas a título de complementação de renda, são vitais para a sobrevivência de nossas crianças e adolescentes, principais vítimas de quinhentos anos de desgovernos e massacre contra os mais pobres; numa guerra sem tréguas dizimadora de milhões e milhões de brasileirinhos desde a colonização desse país.
    Se colocarmos na ponta do lápis, nem assim podemos ter a dimensão de quantas indefesas crianças foram assassinadas por um modelo escravagista de poder que se eternizou no Brasil, sendo que, o início de um modelo alternativo, somente agora se inicia.
    O salvar essas crianças é obrigação de TODOS NÓS, através de ações diretas e indiretas, como a atuação de ONGs, da Saúde pública e da melhor distribuição dos recursos públicos com a verdadeira valorização do que e para que pagamos com nossos impostos.
    Paralelamente a isso, devem ser coibidas e punidas as lambanças com dinheiro público, como no caso do nepotismo, nas obras e compras superfaturadas, nos descalabros que vemos no dia a dia.
    Se o chamado “mensalão” tivesse comprovadamente dinheiro público, como ocorreu em outros casos, eu seria o primeiro, por princípio e dignidade a incluí-lo aqui, mas, a bem da verdade, o que temos tão somente são ilações sobre a origem do famigerado “valerioduto”.
    A visão do governo atual é clara e lúcida a respeito da política de melhoria de renda dos miseráveis, e é JUSTA e, na minha opinião, poderia ser mais audaciosa, com criação de mecanismos outros de assistência, mas o SUAS (SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL), quando implantado em todo seu vigor melhorará mais esse aspecto.
    O termo assistência é colocado de uma forma pejorativa por parte intragável da imprensa brasileira, como se fosse esmola. Esmola damos é quando compramos uma revista como a VEJA, prostituta enganosa que tenta arrebatar consciências a qualquer custo, para fazer o miché bem feito para seus SENHORES e Capitães do Mato.
    Agora, a divulgação do “presentinho” dado ao PCC, verdadeiro Comandante in-chefe da Segurança Pública paulista, demonstra o quanto esse Governo Estadual é refém de uma facção criminosa; assustando-me muito, pois o Comando Vermelho e o Terceiro Comando, nem no auge de seu poderio de força tinha tal poder de barganha com o Governo fluminense.
    A permissão da entrada desse tipo de “compra” é uma ofensa as milhões de crianças mortas de fome nesse país.
    Importa-me e muito saber quem pagou e como, tais brinquedinhos; se os presos compraram e chegaram por SEDEX, a mercadoria deveria ser apreendida e instalado inquérito com participação da Receita Federal, pois me parece óbvio que a origem dessa grana não é fruto do Bolsa-família.
    Nem poderia, pois essa meia dúzia de bandidos tem aos olhos do Governo Paulista uma importância muito maior do que os milhões de famintos que moram e coabitam com os governantes e “donos da maior economia da América Latina”.
    O que corrobora com minha afirmativa, é o fato explicitado de “acordo” entre o PCC e o Governo para o cessar-fogo. Qual foi a moeda de troca? Garanto que não foram esses brinquedinhos não, e tenho certeza que essa moeda é podre e nada salutar para paulistas e paulistanos; ficando claro que este GOVERNO é o principal refém deste grupamento criminoso.
    A negativa de apoio de forças do Governo Federal me permite imaginar que HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DA DINAMARCA, pois de outra forma, se fosse por cunho puramente eleitoral seria mais absurda ainda essa recusa.
    A situação em que se encontra São Paulo nuca poderia estar sob controle, a partir do momento em que o Governo cede e negocia para estancar a violência que impera e manda nesse Estado.
    As diferenças entre as formas de ataque à violência se demonstram claramente na ação do Governo Federal, com a permissão à vida de milhões de brasileiros, e a do Governo Paulista, incapaz de debelar ou por orgulho, incompetência ou, pior submissão, um grupamento para militar cujos chefes não estão nas matas nem nas favelas e sim, pasmem, dentro de penitenciárias sob a custódia desse mesmo Governo.

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