Artigo - Por: Marcos V. Manarinno

Temos observado, com atenção a escalada aventureira de Anthony Garotinho, radialista de Campos dos Goitacazes, RJ; que nos tempos do brizolismo no estado do rio, associou-se ao poder estadual, com finalidades óbvias de, personalista que é, atingir o poder.Num primeiro momento, já que a força de Leonel Brizola se resumia ao Grande Rio, foi visto como um braço importante desse no interior do estado, sabidamente ligado a Amaral Peixoto e a Chagas Freitas.Brizola encantou-se com a possibilidade de se expandir para o Norte Fluminense e dando total apoio ao prefeito de Campos, fez dele como se fosse um herdeiro natural do brizolismo. Numa aliança que envolveu Lula e Brizola, Garotinho e o PT fluminense venceram as eleições para o Governo do Estado do RIO.De olho nas eleições presidenciais, Garotinho tentou passar por cima de Brizola que, num átimo de lucidez, expulsou-o do partido.O passo seguinte de Anthony foi o PSB, partido pelo qual se lançou candidato à Presidência da República, derrotado a nível nacional mas vitorioso no estado do Rio, acabou sendo expulso do PSB que, ao perceber as manobras do mesmo, para seu projeto pessoal de poder, custe o que custar e, percebendo-se escada para tal projeto; expulsou-o também.Numa outra tentativa, com o poder do Rio na mão, Garotinho ingressou no PMDB, onde tenta se lançar candidato à presidência da república.A vitória de Garotinho nas prévias do partido, tornou-se uma ameaça à honrabilidade desse que é o representante mais antigo das oposições.Figuras históricas desse partido não suportam ver essa sigla de tantas histórias de luta, de passado honrado e digno, nas mãos de um aventureiro.A tentativa de "venda" da sigla como moeda de troca com o PSDB e o PFL, por parte desse cidadão, fazem ruborizar a todos que são pemedebistas de longa data.O ingresso de Itamar Franco de forma gloriosa e inesperada, deu a todos a dimensão do que representa Garotinho como candidato a presidência; isso é um pesadelo para todos aqueles que criaram e mantêm esse partido, um partido de lutas e de glórias, com um passado heróico não pode servir de partidinho de aluguel para um aventureiro inescrupuloso.A militância do PMDB, das maiores do Brasil, e das mais respeitadas não pode servir de escada a um projeto pessoal que independe de idéias e de programas partidários.O admirável Ulysses Guimarães não merece na história de seu partido essa mancha indelével, chamada Garotinho.Pela dignidade do partido, a atitude de Itamar Franco deve ser aplaudida por todos os democratas desse país. Colocar um basta nas pretensões desse aventureiro que pretendia "vender" e caro uma instituição tão importante e democrata como o MDB, de todos nós é inadmissível. Senhor Garotinho, crie um partido para que possas negociá-lo à vontade; negociar sobre os cadáveres que ergueram nossa democracia, sobre um Tancredo Neves, sobre um Ulysses é vergonhoso.
Parabéns PMDB, pai da democracia brasileira.
A LIBERDADE AGRADECE.

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1 comentários

  • Anônimo  
    15/4/06 8:38 PM

    Acordou cedinho, como sempre fazia, mesmo que fosse feriado, o corpo acostumado pelo cotidiano de almoxarife mais velho da repartição, 35 anos de trabalho e, se não houvesse a mudança das leis trabalhistas, com certeza estaria aposentado; mas não pensava mais nisso.
    Abriu o jornal, e ao ler as principais notícias, pensou consigo mesmo " Eta Governo ladrão esse, todo dia uma notícia nova, esse pessoal ficou tanto tempo fora do poder que, quando ganhou, resolveu roubar pelos anos todos em que foi oposição"
    Ia esperar a mulher acordar para comentar as novas de Brasília mas, desde que essa conseguira um dinheiro no banco para comprar um carrinho de cachorro quente, sempre dormia tarde, a clientela era grande e, às vezes ficava até de madrugada e como ontem fora véspera de feriado...
    Parou e pensou na vida que estava levando, vida de muito sacrifício e vitoriosa, para um filho de empregada doméstica que criando-o sozinho, ensinou-lhe a honra e a virtude, fato que Deus estava recompensando de uns tempos pra cá.
    Pensou na filha, moça bonita que, nos seus 19 anos prestara um tal de concurso numa prova e conseguira uma bolsa de estudos para cursar a faculdade de engenharia florestal, menina inteligente essa e, orgulho do pai, estava cada vez mais adiantada, ainda mais agora que comprara um computador, para ensinar, pela internet a fazer uns trabalhos e isso garantia o pagamento da faculdade dela.
    Pegou um pouco de água, colocou para ferver no microondas e foi fazer seu café, não queria incomodar ninguém, se menino dormia na sala, já que o quarto desse estava terminando de receber os últimos retoques, agora esse menino não ia precisar dormir no quarto da irmã.
    Viu seu menino forte, melhor aluno da capoeira e pensou na sua vida, na idade dele já estava empregado, por intermédio de um conhecido do padrinho, na repartição; era bonito ver um menino de 14 anos trabalhando firme para ajudar os irmãos mais novos.
    Agora, seu filho falava em fazer vestibular para medicina, e do jeito que esse menino é inteligente, isso vai acontecer.
    Tomou o café e se lembrou de mandar consertar a máquina de lavar que deu defeito, novinha comprada junto com a televisão de 29 polegadas, no tal do crédito consignado.
    Lembrou-se do salário, e que esse não aumentava fazia tempo, governo safado...
    Pegou a carne que a mulher iria assar para o almoço e tirou da geladeira, deixando descongelar como era pedira; boa mulher, companheira de muitos e muitos carnavais e planos econômicos...
    Falar nisso, deixou para visitar seu cunhado no final de semana, agora lá já tinha luz, dava até para ir e tomar aquela cervejinha gelada... Antes era um sufoco, sem luz, tomar banho de serpentina não era fácil, era meio complicado...
    Ficou sabendo que o cunhado tinha conseguido dinheiro emprestado a juros mais baixos, um tal de PRONAF, para pagar em suaves prestações; graças a Deus, pois seu cunhado era muito trabalhador e não merecia perder o pequeno sítio.
    Mas, não conseuia parar de pensar em Brasília, também, bem feito, quem mandou esse pessoal eleger um presidente analfabeto.
    Bons tempos eram aqueles em que, com orgulho, a gente tinha um professor como presidente. Um homem que fala um monte de idiomas...
    Isso é de dar orgulho a um brasileiro!
    Agora tem companheiro meu dizendo que vai votar no Lula de novo, esse povo gosta de sofrer...

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