Fundos de pensão refutam contrabando de ACM Neto
“É incrível termos que discutir um relatório que não é relatório”, afirmou o presidente da Previ, Sérgio Rosa
Os fundos de pensão de estatais convocaram uma entrevista coletiva na última terça-feira, em São Paulo, para repudiar as declarações do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL/BA), sub-relator de fundos de pensão da CPI dos Correios, de que estas instituições sofreram prejuízos intencionais durante os anos de 2000 a 2005 para repassar recursos aos partidos da base aliada. Os fundos afirmaram que as acusações de prejuízo, com ilações repletas de má-fé, não possuem qualquer embasamento técnico e não foram questionados junto aos fundos, que até agora desconhecem formalmente as acusações.
O presidente da Previ (Banco do Brasil), Sérgio Rosa, afirmou que “é incrível termos que discutir um relatório que não é relatório, com dados preliminares e inconclusos, que uma hora depois de serem apresentados de forma fechada aos parlamentares da CPMI já estava na internet”.
Segundo os dirigentes dos fundos, ACM Neto está agindo de maneira leviana e irresponsável. Além de condenar o vazamento de informações sigilosas, o presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), Fernando Pimentel, fez um apelo aos parlamentares: “Digam do que nos acusam e nos dêem oportunidade para efetuarmos as respostas”. “Não sabemos quais são os fatos, critérios de cálculo, metodologia e em que ângulo essas notícias foram fornecidas à imprensa. Solicitamos à CPMI os valores, métodos de cálculo e não tivemos resposta até o momento”, ressaltou Pimentel. Na semana passada, o presidente da Petros (Petrobrás), Wagner Pinheiro de Oliveira, afirmou que o relatório de ACM é incompleto e disse que estudaria medidas judiciais cabíveis para defender a instituição.
Diante da entrevista dos dirigentes dos fundos, o deputado ACM neto, o popular “Grampinho”, foi acometido de mais um de seus chiliques, gritando; “É desespero! É desespero”. Na última quarta-feira, a Justiça impediu que ACM neto divulgasse os clientes das operações dos fundos de pensão na Bolsa de Mercadorias e Futuros, através de sentença do ministro Sepúlveda Pertence, do STF.
JORNAL HORA DO POVO

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