Outro Inverno Ronda a Paisagem

Por Marcos Loures

Falar em primavera, em nosso tempo,
Pode implicar no estudo da Semântica,
Se a primavera vem depois do inverno,
Não se deve mudar esta seqüência!
Esperemos, assim, que a Primavera,
Possa chegar, mudando a Paisagem!

Cada estação se mostra, na paisagem,
Nas modificações que traz ao tempo!
As flores, na explosão da Primavera,
(verbo explodir, sem ilação semântica)
Brotam do solo, em natural seqüência,
Após o fim do tenebroso inverno.

É difícil viver, se faz inverno,
Pois nem se pode ver a paisagem...
Os dias que se passam, em seqüência,
Realmente não mudam, nesse tempo!
Ouso afirmar, munido da Semântica,
Que a vida é mesmo um dom da Primavera!

Busquemos sempre a Eterna Primavera!
Que não haja, entre nós, um novo Inverno,
Capaz de dar explicação semântica
Para as nuvens que roubam a paisagem!
Paremos, se preciso, o próprio tempo
Que ordena as estações, em tal seqüência!

Preciso acreditar que essa seqüência
Vá nos trazer a Eterna Primavera,
Tão esperada, neste nosso tempo!
Que se afaste de nós, um novo Inverno,
Onde tudo se explica, na paisagem,
Na artimanha das regras da semântica!

Mas não havendo explicação semântica
Que elucide, de todo, esta seqüência
De versos, nesta minha paisagem,
Que sejam eles, Flor da Primavera,
Surgida logo após tão denso Inverno
Que fez do NÃO PENSAR, o nosso tempo!

Se precisar, porém, uso da semântica
Para escrever, de novo, esta seqüência
Pois outro Inverno ronda a paisagem...

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