Desmontando a Farsa da Mídia Tucana - 2
DELEGADO DA PF EXPLICA COMO DESMONTOU A "FARSA"
O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Daniel Lorenz, afirmou em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira, dia 27, que o testemunho de Agnaldo Henrique Lima é uma farsa. Lima disse à PF ter levado R$ 250 mil para Hamilton Lacerda, então coordenador da campanha do senador Aloizio Mercadante, até o hotel Íbis, em São Paulo. Seria parte do dinheiro para a compra do "Dossiê Serra".
“Já no início da madrugada percebemos que o que ele havia nos contado era uma farsa e hoje pela manhã houve a comprovação de que ele não falava a verdade”, disse Lorenz.
O delegado explicou que Agnaldo foi levado por uma mulher, chamada Rosely Souza Pantaleão, a prestar esse testemunho. Rosely seria ligada a um partido político. “Ela inicialmente se apresentou como uma jornalista. Já sabemos que ela não é jornalista”, afirmou Lorenz.
Leia os principais pontos da entrevista com o delegado Daniel Lorenz:
O delegado concluiu que o depoimento de Agnaldo era falso após comprovar com o gerente do banco dele que não havia operações suspeitas na conta corrente de Agnaldo.
O gerente do Bradesco, sem quebrar o sigilo e sem entrar em detalhes da conta bancária de Agnaldo, disse à PF que não percebeu nenhuma movimentação suspeita e que não era necessário acionar o Coaf. Caiu por terra a versão de Agnaldo.
O delegado Daniel Dayer já abriu um inquérito específico para apurar o falso testemunho de Agnaldo. O crime é previsto no código penal e prevê prisão de um a três anos.
Questionada pela PF, Rosely disse ter avaliado o caso do Agnaldo, que lhe pareceu verossímil, e encaminhou a testemunha à polícia. A situação de Rosely será esclarecida com a investigação no inquérito do delegado Dayer.
Daniel Lorenz disse que não pode afirmar que há uma relação entre Rosely e o PSDB. Mas Lorenz lembrou que a imprensa já comenta que ela seria integrante de um partido político em Pouso Alegre.
Fonte: Conversa Afiada