Esperança Virando Realidade - CANTO VII

Por Marcos Loures


Depois das tempestades mais cruéis,
Estrela brasileira quer brilhar...
Estrelas lá do céu, refletem mar...
Distantes generais e coronéis,
Os sonhos ressurgiram seus corcéis...
O povo pelas ruas exigente,
Espera ver nascer, tão de repente,
O sonho que sonhara todo dia...
Renascer no Brasil, democracia!
O dia clareou tão envolvente!!!

Nas ruas, batalhões procuram paz.
Diretas eleições prá presidente;
Gritava nosso povo, nossa gente...
Tempos negros, sangrentos, nunca mais!
O povo quer mostrar do que é capaz!
Nas ruas, batalhões foram frustrados,
Últimos estertores, des´perados,
Os donos do poder, podres servis,
Calaram nossos sonhos juvenis...
Os últimos grilhões foram mostrados!

Eleições indiretas novamente...
As portas semiabertas já mostravam,
Que os dias mais felizes,já chegavam
Mas essa ditadura renitente,
Não queria sair impunemente...
Nos plenários eleito foi Tancredo,
Mas a morte mistura-se com medo
E não deixou mineiro governar.
José Sarney entrou em seu lugar,
Estrela começava seu enredo!

Nesses anos confuso presidente,
Momentos belos, triste seu final.
As elites preparam festival.
Criando com sotaque diferente,
Um ser extraterrestre: Minha gente!
Crescia d´outro lado um operário,
Um nome com sentido libertário,
Estrela começando, quer brilhar,
Mas a podridão não quer deixar...
O rio procurando outro estuário!

Imprensa brasileira, tão servil...
Lacerda deixou muita tradição.
Dos nossos jornalistas, traição!
Jornais se transformando num covil.
Os submissos covardes do Brasil,
Criaram criatura mais infame,
Os jornais foram feitos de reclame.
Os vermes vendilhões interessados,
Trafegam com gravadores empunhados,
Estrume cultural há quem declame!

Esses mesmos pilantras de hoje em dia,
Vendidos pra vender uma revista,
Espelham na verdade essa golpista
Visão. Tentam lamber a burguesia...
A verdade? Pra quê? Essa se adia...
Tentam roubar do povo o coração...
Se escondem disfarçados qual ladrão.
Imprensa brasileira, me envergonha!
Tentando distorcer, rouba quem sonha.
O povo que te deu a concessão!!!

Nossa imprensa calhorda e tão safada;
Forjando tempestades num só lado,
Visando destruir sem ter plantado,
Maltrata nossa terra mãe amada,
Ocultando essa faca bem guardada,
Nas mãos que maltrataram, sem afago,
Tubarões e piranhas neste lago,
Empapuçam de sangue essa alvorada!!

Roubada por mentiras e patranha,
Estrela nunca mais irá dormir!
O seu tempo não tarda mais a vir...
Mesmo contra essa gente tão estranha,
Os ladrões e falsários... Arrebanha
O povo mais simplório mais sofrido...
Um país tão cruelmente dividido,
A fome se espalhando pelas ruas...
As lutas verdadeiras são as suas,
Estrela avermelhada do menino...
O Brasil buscará o seu destino..
Nas nossas lutas, bela, continuas...

O boneco criado pela imprensa,
Em flagrante delito já foi pego...
Pelo poder elite tem apego,
Muitas vezes o crime, sim, compensa...
Os jornais não puderam fechar prensa,
O nosso povo, saiu para a praça,
Nas escolas meninos... tal fumaça
Assustou poderosos e canalhas...
Escondidos, os ratos, velhas tralhas,
Disfarçados, misturam-se na massa!!!

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