Alckmin foi na favela. Mas evitou contato com os pobres.

Geraldo Alckmin, visitou ontem a favela Rio das Pedras (zona oeste do Rio), mas evitou, apesar de convidado, a área atingida há três semanas por um incêndio que destruiu 500 casas. Apesar de ter sido chamado em coro pelos moradores para ir ao local, Alckmin só andou pela parte mais urbanizada da favela. O vereador Nadinho de Rio das Pedras (PFL), que atuou como guia local, reclamou dos moradores que insistiam para que eles fossem visitar a área do incêndio. Os desabrigados estão precariamente alojados numa área lamacenta sob uma lona.Logo no início do passeio, o tucano foi abordado por Mary Jane Batalha: "O sr. precisa ver as pessoas que estão abandonadas depois do incêndio que destruiu 500 casas. Estão ali, numa tenda de lona. Não veio ninguém ajudar". "Quero que eles vão lá, pedimos para ver a situação do pessoal que perdeu tudo. Mostrar só isso aqui é bom, mas tem de mostrar lá dentro, para o pessoal ver que nem tudo são flores. Tem até cobra", disse Márcia Vieira, voluntária da Associação de Moradores."Andar no limpinho é mole. Quero ver meter o pezinho de cristal na lama", reclamou Mackensie Elias, 22. Ao ouvir os moradores pedindo em coro que Alckmin fosse à área afetada, o vereador Nadinho (PFL) que acompanhava Alckmin repreendeu o grupo: "Vocês estão me sacaneando e sacaneando o presidente Alckmin!".Apesar dos insistentes pedidos dos moradores Alckmin não se sensibilizou, não quis nem saber e mudou rápidamente de assunto.Alckmin tentou interagir de várias maneiras com a população carente, mas cometeu gafes. Tomou o celular de uma moça e falou com a mãe dela, prometendo dar seguimento a obras do Favela Bairro no local -mas as duas moram em outro bairro.Caminhou pelas ruas e becos da comunidade cercado só por crianças e quase todo o tempo segurando a mão de Gustavo, de 7 anos. Ao menino e seus amigos, ofereceu paçocas que comprou de uma ambulante. "A coisa que eu mais gostava quando criança era paçoca", contou. Andou em meio ao comércio informal. Num botequim, arriscou-se na sinuca .Geraldo Alckmin acertou três bolas, cuidadosamente preparadas por seus assessores, para que ele acertasse. Diante de uma mulher com crianças, sacou da carteira a foto da neta, Isabela. "Neto é o açúcar da gente", e perguntou no Salão Universo: "O corte de cabelo para careca é mais barato?"

Original de Helena, de "Os Amigos Do Presidente Lula".

Comentário de Marcosomag:

Geraldo Alckmin cumprimenta eleitores pobres com a mão mole, não olha nos olhos de seus interlocutores e se recusa até a pisar o barro da periferia; coisa que até os mais abjetos oligarcas deste país sempre fizeram para não perder o voto do povão. Esse cara tem nojo de pobre! Deve lavar as mãos com álcool quando regressa de suas sofridas andanças eleitorais nas periferias do Brasil.

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