Heloísa Helena e 2º Turno
Por Jussara Seixas
Seria interessante se a histérica Heloisa Helena conseguisse ir para um eventual 2º turno no lugar do Alckmin. É pouco provável, pois Heloisa Helena não quer o lugar de Alckmin, ela só quer derrotar Lula; de fato, o que ela quer é se vingar do PT que a expulsou por ela ter votado 19 vezes contra projetos do governo. Ela sabe que não reúne mínimas condições para tal proeza nos votos, mas vai tentar levar a campanha para 2º turno, aí quem sabe o Alckmin, com a ajuda formal dela, se elege. Vamos pensar um pouco: quando estava no PT, HH combateu ferozmente o governo de FHC, do PSDB de Alckmin. Um combate louvável, já que FHC destruiu o país economicamente e socialmente. Em um eventual 2º turno HH vai ter que defender Alckmin, vai ter que subir no palanque junto com FHC do PSDB, ACM, Bornhausen do PFL. ACM, aliás, quando violou o painel do senado na cassação do Luiz Estevão, disse em alto e bom som que HH teria votado contra a cassação do Luiz Estevão, envolvido em trambiques com o juiz Lalau. Houve muita indignação na época por parte dos petistas, mas agora, depois de tudo que estamos vendo, penso que ACM, pela primeira vez, falou a verdade. Deve ser muito interessante ver a HH de mãos dadas com ACM e de braços dados com Bornhausen, abraçada a FHC, elogiando o Alckmin e pedindo votos para ele. Mas se ela fosse para um eventual 2º turno contra o presidente Lula, iria ser muito curioso: Borhausen, ACM, FHC, Alckmin, Jereissati e toda a corja do PSDB/PFL subindo no palanque de HH com Luciana Genro, Babá et caterva para ouvir um discurso retórico de extrema esquerda. Fico imaginando o Cristovam Buarque, que fez um belo discurso pela expulsão da HH na época, tecendo um rosário de elogios a ela. Os eleitores do Alckmin, a elite, os donos dos blogs de direita votando na HH com seu discurso de extrema esquerda pra inglês ver? Seria hilário, se não fosse nojento tanto despudor. HH já declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era seu maior ídolo na política, agora muda o discurso por sede de vingança. Diz o ditado que tudo vale a pena se a alma não é pequena; não é o caso de quem tem sede de vingança. HH, PSDB/PFL, FHC, Alckmin e Cristovam se merecem. Merecem ficar unidos e ser derrotados juntos, para sempre. O Brasil agradece.
23/7/06 8:57 AM
Tucanolândia 18 - crescimento cavalar, começando pelo rabo...
Tucanolândia era um Reino formado por várias províncias, e a disparidade econômica e social destas, era gritante. Tínhamos algumas Províncias com padrões de vida próximos aos da Europa, no sul do reinado, outras com padrão de vida iguais aos dos países mais pobres da África.
Dentro destas províncias havia, também, a maior desigualdade social do mundo. Alguns poucos ricos exploravam os muitos pobres, num sistema de relação entre capital e trabalho que beirava a escravidão.
Dom Fernando Henrique Caudaloso, como vimos nos capítulos anteriores, tinha se “livrado” dos maiores problemas do reinado, causadores imediatos desta disparidade; ou seja, as grandes empresas públicas, já que era impossível para o povo do reinado administrar sem falcatruas ou trambicagens qualquer coisa que fosse.
Dom Fernando, como sociólogo de formação, achava que o gene da pilantragem estava embutido nos cromossomas do “povo caboclo”, sendo essa a origem de sua paixão pela Europa, para onde ia e ainda vai quando quer “descansar” do contato com os aposentados vagabundos e com o povo ignaro e pobre.
A principal província do Reinado era a de Saint Paul, a conhecida locomotiva nacional.
Saint Paul, historicamente, representava o maior centro econômico do Reino, com suas indústrias, e agropecuária de porte gigantesco.
Um verdadeiro pólo para onde migravam grande parte dos miseráveis e famintos do Nordeste, expulsos pelos governos incompetentes e pela fome, sendo atraídos como mariposas pela luz, na procura de uma sobrevivência mais digna.
Interessante disto tudo, é dizermos que, com a extinção da SUDENE e a falta de uma política para a melhoria da qualidade de vida deste povo, o inchaço da megalópole paulista se tornava, cada vez mais evidente.
Pois bem, desde 1995, o Governo do Estado paulista estava nas mãos de aliados de Dom Fernando, ou seja, com apoio integral do reinado para que pudesse não somente manter, como expandir as suas riquezas.
Se analisarmos que esta província era a mais populosa e rica do país, e que esta contava com apoio integral do Reinado, podemos imaginar que o crescimento desta seria consistente e evidente.
No Governo provincial tínhamos tido Sir Mário Corvos, respeitado político local, homem que detinha a admiração de grande parte dos súditos, tanto da província quanto a nível nacional.
Depois da morte deste, assumiu Dom Gerald Aidimin, médico anestesista que tinha sido prefeito de uma cidade do interior da Província; homem apático e sem carisma.
Mas, ao contrário do que se imagina, mesmo com todo o apoio do Rei, famoso pela máxima “aos meus amigos tudo, aos meus inimigos, meu desprezo”, a economia da província entrou em decadência.
Como prova da qualidade administrativa da dupla Corvos/Aidimin temos os seguintes números:
Em 1995, quando os tucanos assumiram o poder na província, a participação desta, percentualmente, era de 37 por cento do PIB nacional, já em 2004, nove anos depois, tivemos, sob o mesmo governo tucano, uma queda para 32,6 por cento. Com um decréscimo de doze por cento da economia em nove anos.
Se continuarem no poder por mais cinqüenta anos, nesse ritmo, teremos uma bela competição pelo cargo de locomotiva, entre a província paulistana e a grande província das Lagoas, governado no passado pelo ex-Rei Dom Fernando Colo Melado, de triste memória...