Recordar é viver - Lembranças de José Jorge

Por Marcos Loures

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque, diferentemente da corja do Planalto, nunca tive energia de graça.Somente a quadrilha de plantão, que nunca pagou nada de seu próprio bolso,poderia vir agora culpar, ameaçar, aterrorizar e levar a loucura os patosdos consumidores, que sempre pagaram suas contas em dia.Vide a insanidade das pessoas comprando velas, lampiões e quanta bugigangaexiste para melhor causar um incêndio. E os bombeiros, vão ter aumento de salário ou de trabalho?

Porque eu não vou economizar energia elétrica.

Porque enquanto eu abria minha geladeira, controladamente, o Príncipe,durante 6 anos, viajava por este mundo afora, como porca magra, e nem sedignava ouvir o que os entendidos no assunto trombeteavam. E ele mesmo,entre tantas mentiras, disse em 1994: "Em setores como energia ecomunicação, estamos próximos do estrangulamento, e o colapso só nãoocorreu devido ao menor ritmo de crescimento econômico da última década." Agora tem a cara de pau de dizer que não sabia?

Porque não vou economizar energia elétrica.

Porque enquanto eu trocava as lâmpadas de minha casa, por lâmpadas muitomais caras e que, nem de longe, iluminam o que prometem, as raposas do BancoCentral davam, de graça, ao Cacciolla aquela imensa quantia de dólares quede tanto zero nem cabe nesta página. Eu economizei para que o Cacciolapudesse assistir o Guga jogar na Itália. Alguém foi preso?

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu amontoava as roupas para passar de uma só vez, oPríncipe, que nos chamou de caipiras, neobobos e fracassomaníacos, quemontou na cabeça de um nordestino, como se ele fosse um jegue, usava odinheiro, que eu e você economizamos, para comprar votos no corrupto Congresso que temos. Ele, de fato, não poderia saber o que estavaacontecendo com as geradoras de energia. Em seis anos tinha coisas maisinteligentes para fazer como: abafar a CPI da corrupção; comprar, com verbas públicas, os 500 ou mais corruptos do Congresso; falar com chineses para pedir que não mandassem os USA, coitadinhos, pros quinto dos infernos;mandar o Exército proteger propriedades privadas; fazer discursos em maisl ínguas do que falava o boquirroto Collor; elogiar o ex-ditador Fujimori,que fugiu com o rabo entre as pernas e com milhões de dólares, como o maiorestadista do mundo; ir a banquetes com ex-ditadores para discutir como seruma, duas, três, quatro vezes reeleito, sob aparência de democracia.

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu desligava minha TV, meu rádio, meu mísero gravador e meuínfimo computador, o Judiciário fingia não ver a dinheirama que o bandido do Lalau e outros juízes do mesmo naipe, enfiavam, não na obra, mas nas contaslá na distante Suíça. Outros queriam o dinheiro mais perto e colocaram nasIlhas Caimã. Eu economizei porque não poderia deixar o Lalau sem essesconfortos. Por acaso está preso (está mesmo?), e agora vou ter queeconomizar mais ainda para mantê-lo bem confortável na cadeia. Vou ter queeconomizar para pagar o salário do ACM, do choroso Arruda e da desonestamente ética Regininha ACM Prodasen.

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu me sentia culpado de usar o liquidificador mais de duasvezes no dia, a ABIN, que custa uma enormidade a nossos bolso (olhe a verbapara essa agência de arapongagem) não fazia o seu trabalho que era deinformar ao Príncipe desinformado sobre a situação da energia, nesta merdade republiqueta, onde, até ontem, os ministros fisiológicos, sem exceção, oCongresso corrupto (quase todo) e o Judiciário troncho, manco e vesgonegavam as ameaças no corte de energia. Presidente, vá ser distraído assimna .... Sorbonne.

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto, como louca e demente, economizava energia, na mixórdia deaparelhos que tenho em casa, os empresários brasileiros, que agora estão comos rabos entre as pernas e olham para os lados e assoviam como se nãotivessem nada a ver com o peixe podre, pegavam e ainda pegam dinheiro daSUDAM, e gastavam a gosto, com a conivência de todos os órgãosinvestigativos (sic). Não existem fiscais, procuradores, delegados, nestamerda de terra? Vocês já perceberam, como os publicitários, que são pagos para nos enganar enos mentir, fazem as campanhas só culpando as donas de casas e as pessoaspobres? Tiveram a coragem de, com dinheiro público, criar a figura de umpombo nojento, hipócrita, preconceituoso, que só vê desperdícios feitos pordonas de casas, empregadas, aposentados, meninos pobres e mocinhas daperiferia. Deve ter ganho um monte de prêmio o augusto criador do tal pombopanaca. Não vou economizar energia elétrica, porque como todos os assalariados nessa bosta de Pátria já faço isso, obrigada, a muitos anos. Porque pago por ela todo mês: se não pagasse não a teria. E só da cabeça de gente escrota, podre, bandida, que sempre viveu das tetas do governo, pode sairtal verborragia fecal e culpar a população por tamanho descaso,incompetência, incúria, safadeza e falta total de senso de ridículo. Senhor Presidente, Ministros, Juízes, Deputados, Senadores, Prefeitos,Vereadores - 90% dos quais não merecem um décimo do salário que ganham:safadeza não tem cura e, se tem, pouco dura.
Meu amigos, meus inimigos (parafraseando Manuel Bandeira e Carlos Scliar):salvemos o que resta deste país! Vamos começar a dizer NÃO!
Ziraldo um brasileiro de saco cheio

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1 comentários

  • MARCOS LOURES  
    23/6/06 9:38 PM

    A um muriaense de fibra - em todos os sentidos.


    Lula anuncia Alencar como vice
    De Lisandra Paraguassu na Agência Estado:
    "Embora não tenha anunciado formalmente a sua candidatura à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de confirmar, em Chapecó (SC) que o vice-presidente José Alencar é o seu candidato a vice na chapa que disputará em outubro. Lula disse que aprendeu com o futebol que em time que está ganhando não se mexe. Ao ser perguntado se já teria conversado com Alencar sobre o assunto, Lula disse que nem precisava, porque Alencar já é vice dele, "um grande empresário e grande companheiro".

    A escolha de Jose Alencar para repetir a chapa vencedora em 2002 não é nada mais nada menos do que a configuração de um ato de justiça e de bom senso.
    José Alencar tem se demonstrado um companheiro fiel e amigo, em todos os momentos, mesmos nos mais difíceis.
    Sua importância como maior empresário de Minas, dá o lastro que Lula necessita para continuar sendo visto sossegadamente pelos empresários nacionais e estrangeiros, inclusive os verdadeiros investidores que trazem capital não especulativo para o Brasil.
    José Alencar, mineiro de Muriaé, meu conterrâneo, portanto, tem uma história muito parecida com a de Lula.
    De origem humilde, na pequena Rosário de Limeira, hoje município, mas à época pequeno distrito de Muriaé, começou como balconista de loja, tendo sua biografia descrita desta forma:
    “José Alencar Gomes da Silva nasceu num povoado às margens da pequena Muriaé, Minas Gerais, em 17 de outubro de 1931. O décimo primeiro filho de um total de 15 descendentes do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva.
    O trabalho veio cedo e já aos sete anos, José Alencar estava atrás do balcão da loja do pai. Em 1946, aos 15 anos, Alencar deixou a casa dos pais e foi para cidade trabalhar como balconista na loja de tecidos "A Sedutora". A vida na cidade não era fácil já que o pouco que ganhava não era suficiente para pagar um quarto.
    Dois anos depois, em maio de 1948, José Alencar muda-se para Caratinga. Consegue seu segundo emprego na "Casa Bonfim" e, em pouco tempo, é considerado o melhor vendedor da loja, título que já havia recebido em sua primeira experiência em Caratinga.
    Quando completou 18 anos, seu irmão mais velho, Geraldo Gomes da Silva, lhe emprestou 15 mil cruzeiros para que ele pudesse abrir seu próprio negócio. Foi então que em 31 de março de 1950, José Alencar abriu sua primeira empresa, "A Queimadeira", situada na Avenida Olegário Maciel, 520, no Barro Branco, em Caratinga.
    Morar na própria loja, "atrás da prateleira", e comer marmita fazia parte do esforço para baixar os custos e tornar competitiva a lojinha que vendia quase tudo: tecidos, calçados, chapéus, guarda-chuvas, e sombrinhas. Sempre contando com o apoio dos irmãos, José Alencar manteve sua loja até 1953, quando decidiu vendê-la e mudar de ramo.
    José Alencar inicia seu segundo negócio na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga. Logo em seguida participou - em sociedade com José Carlos de Oliveira, Wantuil Teixeira de Paula e seu irmão Antônio Gomes da Silva Filho - de uma fábrica de macarrão. Era a Fábrica de Macarrão Santa Cruz.
    Ao fim de 1959, morre Geraldo, seu irmão. José Alencar assume, então, os negócios deixados por Geraldo na empresa União dos Cometas. Em homenagem ao irmão, a razão social foi alterada para Geraldo Gomes da Silva, Tecidos S.A.
    Em 1963, José Alencar construiu a Cia. Industrial de Roupas União dos Cometas, que mais tarde passaria a se chamar, Wembley Roupas S.A.
    Em 1967, em parceria com o empresário e Deputado Luiz de Paula Ferreira, Alencar fundou, em Montes Claros, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas. Em 1975, José Alencar inaugurava a mais moderna fábrica de fiação e tecidos que o país já conheceu.
    A Coteminas cresceu e hoje são 11 unidades que fabricam e distribuem os produtos. São fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.
    Na vida política, José Alencar foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, presidente da FIEMG (SESI, SENAI, IEL, CASFAM) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria. Candidatou-se às eleições para o Governo de Minas em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se senador por Minas Gerais com quase três milhões de votos.
    No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-Estrutura - CI, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.”
    Os paralelismos entre esta biografia e a de Lula, demonstram o quão acertada foi a escolha deste mineiro de origem humilde, quase nordestina, para a vice-presidência. Tanto da primeira quanto desta vez.
    Num momento em que o empresariado brasileiro, em sua grande maioria, fugia da candidatura socialista de Lula, Alencar se aproximou a ponto de querer se filiar ao PT, fato esse inibido pelo próprio Lula, que buscava com Alencar, aumentar a participação no horário político.
    Hoje, quatro anos após, temos em Alencar um dos mais fiéis companheiros, bem mais digno da participação do poder ao lado de Lula do que “companheiros” antigos que se retiraram do barco, acreditando que a canoa estava furada.
    A dignidade de José Alencar, homem para quem a política não muda em nada nem seu patrimônio nem sua imagem de homem vitorioso, é uma coisa que merece registro.
    Além do mais, a presença de um mineiro no poder é de vital importância para o equilíbrio político do país, fato já detectado por outros mineiros ilustres, como Itamar e Aécio Neves.
    A garantia de um governo com maior participação dos empresários que geram empregos, assim como Alencar, é uma garantia a mais não somente da governabilidade, mas também do desenvolvimento e do crescimento do país, tanto economicamente como socialmente, se nos atentarmos para o fato de que temos, tanto o presidente quanto o vice, de origem proletária.
    Aliás, para quem conhece Muriaé e suas oligarquias, sabe o que significa para o povo dessa região, o orgulho de ter um vice-presidente da república, distante das oligarquias dos Canedo, Varela, entre outras...
    Resta ao povo muriaense, homenagear seu mais ilustre conterrâneo com uma votação expressiva nessa eleição que se avizinha.
    Meus parabéns José, mais um José brasileiro, cuja biografia enche de orgulho a todos os que lutam e batalham por um Brasil melhor.

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