PF intima 80 e vai para cima do caixa 2 do PSDB feito com dinheiro público

Fonte: www.horadopovo.com.br

A Polícia Federal irá intimar para depor nos próximos dias cerca de 80 pessoas que estão envolvidas ou receberam dinheiro oriundo do caixa 2 do ex-presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, durante a campanha para o governo do Estado de Minas Gerais em 1998.
De acordo com um documento redigido pelo caixa de campanha do tucano, Cláudio Mourão, em poder da PF, Azeredo arrecadou cerca de R$ 100 milhões (valores da época) para a sua frustrada campanha à reeleição, sendo que R$ 53 milhões movimentados pelas empresas de Marcos Valério. No entanto, Azeredo declarou ao tribunal eleitoral que havia desembolsado R$ 8,5 milhões em sua campanha. Posteriormente, admitiu que o valor verdadeiro seria de R$ 20 milhões, mas negou que tinha conhecimento do fato e jogou a culpa para o seu tesoureiro.
No relatório, Cláudio Mourão afirma que grande parte dos recursos que alimentaram o vultoso caixa 2 do PSDB era oriundo dos cofres públicos. “Parte do recurso foi de empréstimos com o aval do governo, vindo das privatizações, de empreiteiras, Queiroz Galvão, Erkal, CBN, Engesa, ARG, Tercam, entre outras, de fornecedores do Estado, de prestadores de serviços diversos, construtoras, indústrias, bancos, corretoras de valores, da Cemig, da Prodemg, da Telemig, Secretarias de Governo, inclusive da Fazenda, Banco BDMG, de doleiros e de outros colaboradores individuais, no valor superior a cifra de R$ 80 milhões. Mesmo assim, ficou pendente uma dívida superior a R$ 20 milhões”, relata Cláudio Mourão.
Além do relatório de arrecadação e gastos, a Polícia Federal tem em poder uma grande quantidade de provas sobre o desvio de recursos públicos para a campanha de Azeredo. Tais documentos foram recolhidos pelo Ministério Público do Estado que move uma série de processos contra o tucano.
Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), primeiro vice-líder da bancada do PT, é importante a PF retomar as apurações, até porque os tucanos tentaram desqualificar as denúncias. “É importante apurar a raiz do problema” para que se possa contribuir com o fim dessa prática no país. Na avaliação do deputado, “o caixa dois tem DNA tucano e do PFL”.

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