O Anestesista Geraldo

Por Marcos Loures

Naquela madrugada de segunda feira, o anestesista GERALDO acordou com uma terrível indisposição estomacal.Também quem mandar comer tanta buchada de bode?O estomago sensível daquele médico do interior paulista, acostumado a comidas mais suaves nos restaurantes mais renomados da paulicéia não iam se dar bem mesmo com aquelas comidas estranhas.Tudo bem que era por uma boa causa, ele queria crescer na empresa e isso era uma forma de se tornar mais conhecido, e a eleição para uma nova Direção estava se aproximando...Outro dia tivera que engolir, meio que obrigado, um acarajé; suara frio, mas agora a buchada de bode tinha dado "bode" e, o Doutor começara, desde que abandonara a profissão médica, para entrar na companhia, a perceber o preço que se paga para "crescer" dentro dessa empresa.Lembrara que, ao começar a carreira na empresa, na juventude, gostava muito do poder instituído à época, inclusive mandara uma carta de apoio ao Comandante Medindose, com sentido de prestigiar a forma com que esse comandava o Conglomerado, posto ao qual, Geraldo agora almejava.Lembrara-se de que, ao sair do interior, se associara ao prestigiado Dr. Almário Tumbas, tido como homem sério, mas com fatos tenebrosos na sua biografia; mas de melhor aceitação que Paulo Malfu, velha raposa conhecida pela preferir robalo como pièce de resistence, nos banquetes ofertados pela empresa.A associação com Dr. Tumbas dera resultado, e Dr. Geraldo conseguiu ser eleito vice-presidente da filial paulista, o que já era um feito enorme para o doutor tímido e meio atabalhoado.Desde essa época, o seu paladar foi se modificando, devido à convivência com o presidente nacional do conglomerado Dr. Ferrando, homem loquaz e sem muitos escrúpulos, por isso mesmo, extremamente bem aceito pela elite paulista, que adora qualquer falastrão mesmo que sem embasamento.A figura artificial de tal homem, assustava por um lado e atraia por outro o anestesista interiorano.Aprendera entre outras coisas a freqüentar as revistas elitistas como Faces, programas de cunho "informativo" como o do Amaury Netto, trazendo em si, cada vez mais forte, o sentimento de PODER.A picada da mosca azul se tornou mais forte quando, ancorado na administração de Tumbas e devido à morte deste, venceu a eleição para a maior filial do país, a de São Paulo.Havia, na mesma empresa, um homem chamado José Morros, um sujeito hermético, sisudo que, depois de ter sido convencido por si mesmo, e com o aplauso de uma claque da aluguel, tentou vender a imagem de competência, embora a maior parte dos clientes dessa empresa, não se deixou ludibriar.Pois bem, nesse ano, haveria eleição para a presidência, e o primeiro obstáculo já tinha sido vencido, vencera José Morros, e se achava fortalecido.Mal sabia ele que, sua vitória não tinha sido vista com bons olhos nem pelo Dr. Ferrando, nem pelo presidente da filial mineira Dr. Idécio Neves, conhecido baladeiro das noites cariocas.Pois bem, agora estava começando a sua campanha e já tinha que encarar essa maldita buchada de bode.A barriga doía e roncava, num ronco assustador que nem o seu acupunturista de fé, Dr. Mijarofora, poderia ajudar.Aliás, essa história tinha dado pano para manga, o fato de ter colocado anúncios da empresa num periódico do seu amigo Mijaro, tinha sido explorado pela turma daquele outro candidato, o Dr. Polvo.Também tinha tido um enrosco com Dona Juju, sua esposa, que; segundo consta, tinha tido uns bafafás por causa de umas peças de roupa que apareceram no closet da casa sem que Geraldo soubesse...Olhou para a mulher e, recriminando-a disse: "Até tu, Bruta?".Mas foi só, essa aconselhada pelo seu guru, Mário Chupita, se aquietou e entregou algumas dezenas das algumas centenas com que fora presenteada.A porta do banheiro estava entreaberta, esperando o resultado, segundo dizem da administração de Geraldo à frente da filial paulista.Resultado doloroso esse...Geraldo olhou para o lado, viu Juju dormindo e, não se sabe bem porque sentiu uma saudade danada dos tempos de anestesista...Pelo menos àquela época não tinha que ouvir nenhuma reclamação, pelo menos enquanto o paciente estava anestesiado e nem tinha que comer buchada de bode e, muito menos Acarajé...

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5 comentários

  • MARCOS LOURES  
    10/6/06 8:39 PM

    CASCAVEL - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, passou por um grande susto na madrugada deste sábado, no final do "Entrevista Coletiva", programa da TV Tarobá, em Cascavel. O motivo foi um incêndio num estúdio próximo onde ele estava, a transmissão foi interrompida antes do final. Ninguém ficou ferido, apesar do tumulto.
    O incêndio começou no estúdio 21 e não atingiu as dependências onde Alckmin estava. A causa ainda não foi apurada. A energia foi cortada e houve um corre-corre das pessoas que queriam deixar rapidamente o prédio da televisão.
    O pré-candidato saiu e foi levado para o aeroporto, partindo para São Paulo por volta da 1 hora da madrugada. O retorno já estava marcado antecipadamente para esse horário.
    O único pedido que se ouvia no meio da confusão era o de calma. Mas todos que estavam no estúdio queriam sair o mais rápido possível. Caminhões do Corpo de Bombeiros foram chamados e o incêndio controlado depois que Alckmin já tinha ido embora.

    Quando as coisas não dão certo, tudo parece contribuir para isso.
    Logo agora que o candidato tucano disse que precisaria colocar lenha na fogueira para tentar incendiar a eleição, acontece isso.
    Alckmin, depois de ter sido barrado no forró, agora incendeia literalmente os estúdios de um canal de televisão.
    E olha que seu apelido é picolé de chuchu, algo bastante gélido para ter efeito tão devastador.
    Além do que, pelo desenrolar dos últimos acontecimentos, já se espalha sua fama de pé-frio.
    Imaginando a cena, tento transcrever para o papel, embora saiba o quanto que isso é difícil. Vamos a ela:
    Repórter – Estamos aqui, direto de Cascavel com o candidato à Presidência da Republica, senhor Geraldo Alckmin. E aí Dr. Geraldo, o Sr. acha que as Copa do Mundo pode esfriar um pouco o calor da disputa eleitoral?
    Candidato – Caros telespectadores acredito que se o Brasil não for campeão, a culpa deve ser investigada e, garanto que o fato do Presidente Cínico ter chamado o Ronaldo de gordo, pode ter um aspecto bastante negativo, podendo gerar uma insatisfação no elenco, o que pode causar a perda do Hexa, e isso será por culpa do Lula.
    Repórter – O que o senhor achou da invasão do MLST ao Congresso?
    Candidato – Isso mostra a ineficiência do Governo Federal e o clima de desgoverno criado pela impunidade, a partir do mensalão que demonstra o grau de corrupção desse Governo, o maior da história do Brasil.
    Repórter – E sobre o PCC?
    Candidato – Não sei do que o senhor está falando. Pergunte isso ao Lembo, afinal ele está lá para isso.
    Repórter – É verdade que o senhor foi avisado de que haveria uma revolta e esse massacre do dia das mães?
    Candidato – Eu não sei de nada, não vi, não ouvi, não sei de nada!
    Repórter – E a respeito do desvio de dinheiro da Nossa Caixa para deputados da base aliada.
    Candidato – O quê que eu tenho com isso? Isso é coisa do Palocci.
    Repórter – Não, Governador, eu não estou falando da Caixa Econômica não, falo da Nossa Caixa de São Paulo.
    Candidato – Ué, eu não sabia que São Paulo tem esse banco não, se desviaram é coisa do Maluf...
    Repórter – E as roupas da dona LU?
    Candidato – Isso é mentira da oposição! O que eu sei é que apareceram lá em casa uns trapos, que a mulher estava doando para um grupo de costureiras para fazer uma colcha de retalhos. Daí a dizer que eram roupa de costureiro caro, eu não sei. A moda muda a cada dia...
    Repórter – E o fato do senhor ter sido barrado no baile?
    Essa foi demais, a cabeça inchada, quente, já começando a se exasperar Alckmin responde;
    - Me recuso a responder. Eu não tenho culpa do segurança ser analfabeto?
    Nessas alturas do campeonato, o repórter anuncia preocupado.
    - Não fique tão nervoso, Sr. Geraldo, estou sentindo um cheiro de alguma coisa queimando, e não é cheiro de chuchu cozido não.
    Irritado, Alckmin ameaça encerrar a entrevista, quando se ouve o corre corre.
    Gente gritando para todos os lados e a fumaça espalhando no estúdio.
    Nesse momento, a assessoria do candidato invade a cena e retira-o, mesmo sob os protestos do próprio candidato.
    Afinal picolé e pé frio não precisa temer incêndio não. E, afinal, tucano voa, mesmo que não seja nas pesquisas, voa...

  • Anônimo  
    11/6/06 3:17 PM

    EM ALGUM LUGAR DO PASSADO
    Observando a maneira como a oposição de hoje atua, tenho saudades dos tempos em que eu era oposição. O discurso é muito parecido. As ofensas de hoje me lembram as do passado.

    Só falta aparecer algum pefelista gritando: “Arroz, feijão, saúde e educação” ou” O povo unido, jamais será vencido”.

    A diferença é que, por mais que a gente chamasse a turma do poder de corrupta, safada, ladra, eles não se abalavam, mantinham trancados a sete chaves os cofres da informação e da investigação.

    Essa é a diferença crucial.

    A permissão de se fazer CPIs, investigações e a exposição de tudo ao público é a grande novidade. Grande e benfazeja, pois nos permite partir do pressuposto de que há mais transparência hoje, e isso é bom.

    Agora, a forma de agredir é basicamente a mesma.

    Adoro quando escrevo e aparece alguém ou me ofendendo ou ofendendo o governo que defendo. Isso me traz muita saudade.

    Essa observação se faz pertinaz ao momento em que vivemos por alguns aspectos muito interessantes sobre o comportamento humano, em seu âmbito pessoal e social.

    Obviamente, nem tanto o governo passado foi feito somente por coisas espúrias e nem tanto o atual é perfeito.

    Mas, toda essa balbúrdia é de vital importância para o amadurecimento da democracia.

    O PSDB e o PFL estão tendo seu momento de “oposição raivosa” e improdutiva, da mesma forma que fomos acusados no passado.

    A tática de trancar a pauta do Congresso, ter que obrigar o Governo a vetar projetos irrealizáveis, bloquear a aprovação do Orçamento da União, vociferar a qualquer preço contra qualquer coisa, me lembra algum lugar do passado.

    E é bom aprendermos a lidar com isso, fomos um pouco assim, assim como eles também tiveram seus tempos de sufoco, como os que passamos.

    Ver o Picolé de Chuchu, mais para poodle, tentar imitar PITBULL também é extremamente cômico. O Dr. Geraldo não tem o menor cacoete para parecer agressivo. A voz pausada e em tom mais baixo, com a falta de carisma que determina sua personalidade, o faz parecer totalmente mentiroso quando tenta agredir.

    Até por que, pelo que me consta, a relação pessoal entre ele e os petistas paulistas nunca foi de inimizade.

    O fato de parecer que está forçando a “barra”, demonstrado pela, digamos, mansidão no falar não coaduna com as palavras ditas.

    Parodiando a velha máxima, não basta falar que está indignado, é necessário parecer estar.

    E, nisso, a realidade parece bem distante do que pretende ser demonstrado.

    Ser chamado de petralha, de corruPTo é tão bucólico quanto chamá-los de tucanalha. Isso tudo faz parte dessa coisa maravilhosa que juntos, petistas e tucanos, além dos comunistas, socialistas e peemedebistas lutaram: O ESTADO DE DIREITO E A DEMOCRACIA!

    Por isso, afirmações estúpidas e canalhas como as dadas por Antonio Carlos Magalhães devem ser repudiadas por todos, sem exceção.

    Aí já ultrapassa todos os limites do bom senso, a única coisa que é pior do que qualquer estado democrático, por mais frágil que seja, é a ditadura.

    Ditadura de qualquer tonalidade ou “ideologia”. O amor ao próximo e a igualdade de direitos são totalmente incompatíveis com os estados de exceção.

  • MARCOS LOURES  
    11/6/06 5:26 PM

    Ronaldo ataca imprensa e anseia jogos por "fim das besteiras"

    "Para mim, até agora, não existiu nenhuma polêmica. Vocês [jornalistas] criaram polêmicas. Independentemente disso tudo, eu me preparei para estar bem e espero corresponder dentro de campo"


    Essa afirmativa de Ronaldo, o Fenômeno, mostra bem o mal que assola a imprensa brasileira.
    A fofoca, o disse me disse, o tititi tomou conta da grande imprensa em todos os níveis.
    Muito mais importante que a notícia e análise desta é a manchete, muitas vezes sem pé nem cabeça.
    Uma opinião dada por alguém sobre assunto que não interessa, na verdade, a ninguém a não ser às comadres fuxiqueiras tão ridicularizadas no passado e agora figuras constantes na Imprensa dita séria desse país.
    Temos, portanto, o beisteirol midiatico. Isso é ridículo e temerário.
    A apuração dos escândalos de corrupção descambou para um disse me disse, onde até historietas de bordel tomaram assento.
    Fatos como o da cozinheira ter ouvido planejamentos de crimes feitos, obviamente, na mesa de café, para quem quiser ouvir sem nenhum cuidado, às claras; malas de dinheiro circulando entre serviçais e motoristas, sendo que estes sabiam até a quantidade e o tipo de moeda; são de uma criatividade que nem a carochinha poderia imaginar.
    O bom senso se afastou da grande imprensa e, ouso dizer que a própria inteligência também.
    Perdoem-me os jornalistas, mas acho que, além de relação de nexo entre causa e efeito, falta cérebro, massa encefálica mesmo para a maioria dos profissionais da área.
    O jornalismo brasileiro está de tal forma deturpado e sem moral que eu votaria, sem nenhuma dúvida do programa “De olho nas estrelas” do Leão Lobo ou no TV fama, de Nelson Rubens numa eleição que perguntasse qual o melhor perfil do jornalismo no Brasil.
    A transferência desse tipo de programa para as áreas de comentários políticos demonstra o nível cultural de quem se diz “formador de opinião!”.
    São incapazes de enxergar além de quem matou ou deixou de matar Salomão Ayala.
    Em nenhum momento eu vi algum jornal ter uma linha qualquer de raciocínio seletivo sobre o que interessa ou não interessa ao País e seu povo.
    As preocupações do povo são bem mais amplas do que quem comeu quem ou com quem fulano ou sicrano conversou ou se o caseiro estava certo ou mentindo. De qualquer forma ninguém disse que o simples fato de aparecer alguém coparticipante da intimidade de um Ministro ter denunciado fato que não importa a ninguém, a não ser ao próprio e sua família, demonstra que esse denunciante é per si MAU CARÁTER.
    Ou o porteiro de um Motel ou de um prostíbulo tem o direito de vir a público e sair espinafrando quem quer que seja?
    Por essa visão hipócrita e crápula, aconselho a todo mundo que evitem motéis, boates, prostíbulos ou mesmo bares e restaurantes de qualquer cidade desse país. Essa moral torpe e canalha criada por essa imprensa absurdamente inepta e formada, já que incompetente e analfabeta, pelas “Candinhas metidas a besta” que pululam nos jornais e revistas.
    Ronaldo está certo em afirmar que está de saco cheio. Todos estamos.
    O fato de se ler um jornal ou uma revista, que sempre foram o diferencial entre quem pensa ou quem capta somente, hoje se deturpou tanto que, o que simplesmente se omite está mais bem informado do que o idiota que comprou o jornal ou a revista.
    Está na hora de se dar um basta nisto, nós não somos bestas e nem devemos ser tratados pelos “reis do besteirol”, os jornalistas “sérios” do País.

  • MARCOS LOURES  
    11/6/06 8:51 PM

    Na fumaça do cigarro
    Que se queima entre meus dedos
    Nessa penumbra me agarro
    Vou fugindo de meus medos
    Quero a sensação perfeita
    De poder seguir em frente
    A felicidade é feita
    Do sangue e carne de gente.
    Como a liberdade é flor
    Quer precisa pra brotar
    De suor sangue e terror,
    Pois senão ela não dá.
    Meu canto de liberdade
    Tem mais lágrimas que riso
    Atravessando a cidade
    Traz muito pouco sorriso,
    Reflete a melancolia
    Que se fez neste país
    Trazendo pouca alegria
    Quase morrendo por triz;
    A vida essa fantasia
    Essa pobre meretriz
    Que tampouco poderia
    Sonhar em ser mais feliz.
    Não podendo mais arcar
    Com essa dor que apavora
    Nessa luta por lutar
    Bem antes e mais agora.
    Nossa luta é tão constante
    Vem de tanto tempo atrás
    Transformando esse gigante
    Que aprende a ser tão capaz
    Quanto os velhos continentes.
    Trazendo nas mãos cansadas
    Sonhos de seres contentes
    Pela lua, iluminadas.
    As marcas de todos nós.
    Caminhamos de viés,
    Trazendo essa dor atroz
    Cortados, sangram os pés.
    Nossa luta mais certeira
    Da guerra que não engana
    Essa batalha altaneira
    Da latino americana
    Vida, como essa bandeira,
    Que carregamos sem jeito
    De todas és a primeira,
    Pesando forte no peito.
    Terra de tantas batalhas
    Das antigas injustiças
    Trazes nos olhos mortalha
    Vítima dessas cobiças
    Que sangraram os teus sonhos
    Em troca de prata e ouro
    Transformaram em medonhos
    Tua carne, pele e couro.
    Estropiaram teu povo
    Exterminaram teus cantos
    Extorquiram-te de novo
    Tenazes foram teus prantos.
    Agora, que tentas ser,
    De novo esse amanhecer
    Um amanhecer mais justo,
    Mãe que acalanta no busto
    Teus filhos mais sofredores
    Buscam todos teus amores
    Procuram beijo da paz
    Lutam pra serem bem mais
    Que simples melancolia
    Quiçá nesse novo dia
    Nessa brisa que acalenta
    Nesse canto que se assenta
    Sobre tuas mãos feridas
    Possamos nós teus meninos
    Esquecer das despedidas
    Cantando de novo esse hino,
    Um hino de amor a ti
    Terra onde sempre vivi
    Onde nasceram meus filhos
    Por onde seguem meus trilhos
    Iluminados ao sol
    Que traduz tua esperança
    De ser de novo a criança
    Dona do teu arrebol.
    Brincando nas cordilheiras
    Nas tuas florestas tantas
    Fazer dessas brincadeiras
    Ungindo tuas mãos santas.
    Surgindo de novo a vida
    Onde sangraste, ferida.
    América mãe de todos
    Que Deus ouça nossos rogos
    E te permita viver
    Sem ter que filhos vender
    Sem ter que, prostituída,
    Expor-se tão nua em vida.
    América, nosso lar,
    Nossa casa verdadeira.
    Que o brilho do teu luar
    Ilumine a terra inteira.
    Que nunca mais te maltrate
    Nem nunca mais te destrate
    Quem nunca te conheceu
    Quem jamais te concebeu
    Povo de terra estrangeira
    Que suga tanto teu sangue
    Atolando-te no mangue
    Te escarrando por inteira.

  • Anônimo  
    12/6/06 2:16 AM

    Vi um texto seu ali em baixo falando de ACM, digo, falando mal. Mas não esqueça de que esse "senhor da Bahia" foi um dos maiores apoiadores de Lula quando entrou o segundo turno das eleições presidenciais, viu?

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