Lua-de-mel: PSDB e PFL se Amam

Por: Marcos Loures

No seu "ex-blog" enviado aos leitores por e-mail, o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), provoca Aécio Neves (PSDB), governador de Minas: "MINAS GERAIS: INSUFICIÊNCIA FINANCEIRA/DÉFICIT DE 2 BILHÕES E 900 MILHÕES DE REAIS! DEPOIS DE TRÊS ANOS GOVERNO AINDA NÃO CONSEGUIU REDUZIR O DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO QUE RECEBEU! Diário Oficial do Estado de Minas Gerais mostra que a posição do Caixa do Tesouro de MG em 31.12.2005 indicava uma insuficiência financeira de 1,6 bilhões de reais e um DÉFICIT consolidado de 2,9 bi reais somando os restos a pagar que naquela data ainda não haviam sido processados!"

Decididamente, a cada dia que passa, chego à conclusão que é totalmente desnecessário "bater" nessa dupla PSDB/PFL. Estou cada vez mais embarcando na onda Lulinha Paz e Amor. O nível de agressões mútuas entre os "expoentes" dessas duas siglas me conduz a uma inevitável conclusão: Ambos estão disputando um tipo de campeonato - após o lançamento da candidatura do insosso Alckmin pelo PSDB, o PFL contra atacou com o lançamento do não menos sem sal, José (quem?) Jorge. A avidez com que César Maia tem atacado a todos e sendo revidado pelos mesmos, me dá uma dimensão da capacidade autofágica dessa turma. Entendo agora a desesperada tentativa de "sangrar" Lula, isso é hábito. Quem devora o próprio rabo, o que não faria se Lula tivesse o "rabo preso"? Há necessidade da distribuição de vacina anti-rábica nessa oposição; e urgente! Com a aproximação das eleições, e a canoa virada, eles nem se preocupam mais em mostrar os rombos e os furos desta. Expõem-se com uma fúria que me faz pensar na ruptura pós eleitoral. E isso se transforma num delírio raras vezes visto na política nacional. Serra e Aécio não dão nem darão suporte ao Alckmin, principalmente depois do que ocorreu em São Paulo. A presença dele em qualquer palanque terá um efeito devastador, Alckmin se transformou de repente, no que nos meus tempos de estudante chamávamos de "desmancha roda", o sujeito que, quando se aproxima, esvazia o grupo, fazendo cada um ir por um lado diferente. O famoso persona non grata do PSDB, deve-se consolar com FHC, cada vez mais por baixo dentro do próprio partido. A presença de Jose Jorge no lugar de Agripino, pelo menos nos poupará de ter que agüentar aquela voz irritante de taquara rachada. Lula tem razão em reeditar o Paz e Amor, nem precisa tanto, somente ficar observando as confusões causadas pelos próprios adversários que, na incapacidade de terem um melhor resultado, começam a procurar um boi de piranha, O sonho de todos era ter um Lula. Mas esse é nosso! César Maia, na ausência de ter o que falar, começa a atirar para Aécio que, finge que vai, mas não vai, tal qual o Serra que, no fundo, está vibrando com as deficiências de Alckmin, que reclama estar sozinho e bate no PFL, que bate no Tasso que, por sua vez, bate no PFL. Serra está torcendo para que Alckmin não apareça no seu palanque, principalmente pelo fato de, se posarem juntos, atrás ficará o néon piscando: PCC! PCC! Ou então: FEBEM! FEBEM! Já o descontrolado Maia, aprendiz de Brizola, com mira menos esmerada, mas com poder de fogo parecido, tenta lucrar com o caos. Desse samba do crioulo doido, fica uma lição: Cachorro que não consegue morder Lula morde o próprio rabo. E que rabão!!!!

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2 comentários

  • MARCOS LOURES  
    3/6/06 10:44 PM

    Meu grito de liberdade anda por toda a cidade, percorre guetos e vilas;
    Nas favelas e cortiços, nos morros e periferia.
    Meu canto de alegria traz o novo embutido.
    No novo tempo sentido, em todos os sentidos e tempos. Na atemporal rebeldia, no dia rebelde da fantasia exposta, e posta à mesa.
    No meio de tanta incerteza, semeio por precisão, o mais preciso dos sonhos.
    Meu mar é de outros tamanhos, de vastos horizontes e fontes, nas frontes e frentes da vida.
    A solução da partilha, nunca ninguém mais ser ilha. Todos poderem partir e compartilhar a comida, o sonho igual, repartido.
    Repatriar a esperança perdida nessas batalhas, pelos campos e senzalas,
    Sem ter vôos sem ter alas, nas velhas cadeias ferozes.
    Nos gritos dos condenados, na morte de nossos filhos, no brilho opacificado desse povo amortalhado, acorrentado, neste céu acinzentado, cravejado pelo cristal das lagrimas do povo.
    Nossos dias sem futuro, na solidão desse muro, na mansidão do regato, no medo, nosso retrato, exposto qual fora fratura, sangrante, massacre de tantos por tantos por tanto tempo, impune.
    No pátio de tantos horrores, na fome e injustiças, abutres perfuram os olhos.
    Escarnecem de todos, qual fossem espectros sem rumo.
    No meio de tantos, aprumo a carcaça sem sentido e tento olhar para um dia.
    Dia em que a melodia não seja vadia ou vazia, nem os olhos vazados e a língua amputada, sobrando somente o silêncio. Sem nexo e sem serventia.
    Meu grito procura um eco, tampouco muitas vezes se escuta. A força sempre bruta, abrupta e fera, me traz o tempo da guerra, o grito da selva, a guelra do peixe fora do seu habitat, sem ar, agônico. Afônico , sigo tentando, tateando tatuado, marcado a ferro e fogo, no jogo do forno das almas, da lama até o pescoço, sem viço, meu vício é meu alvoroço, e roço as mãos tão serenas, das justas e mansas morenas que habitam o peito brasilis.
    No meio dessa desdita, aflita a mãe grita e pede a quem quer que seja, socorro.
    Nos morros e nas favelas, entranhas expostas e podres. Os pobres são mera agonia.
    A venda nos olhos de tantos, impede o cheiro da decomposição desse povo.
    Perdido no meio das matas, dos velhos e novos cortiços, por onde se esgueira a esperança.
    Mas ao renascer da manhã, há luz, fraca, mas viva.
    A luz que tantos queriam, que tantos pediram, aparece no final da estrada.
    O brilho é frágil, mas vivo. O tempo é ágil e preciso. O mundo precisa disso.
    Do brilho dos olhos do povo. Dos olhos verdes da mulata e dos cabelos louros do menino.
    Do sorriso desdentado e cheio de cáries, reflexo da falta de caridade, de claridade, nas crateras e cáries da alma dos dominadores.
    Por onde fores, cordilheira sobre flores, esmagas e negas os amanhãs.
    Os caminhos teus são vãos, são em vão, sem serventia, sem soluções.
    Permita a esse povo que acorda que a corda não arrebente, nem arrebate seus dias.
    Permita que a luta aflita e bendita, infinita não se torne somente um vazio a mais neste ciclo de vida, que o cio dê a gravidez e a gravidez o parto, de um rebento forte, parido e bem disposto, com o rosto transbordando um novo amanhecer.
    Permita que essa fantasia, seja a mais bela poesia, seja o brilho do amanhã.
    Permita enfim, que Deus proteja a quem quer que seja, pois sei que Ele almeja o desejo desse oprimido, comprimido, exasperado, sempre desesperado e desesperançado contingente de um continente, por tempos e tempos, subjugado, despojado, amordaçado e infeliz.
    Permita esse novo canto, novo encanto em cada canto e, por encanto, o vôo desse condor.
    Pairando livre no espaço, forte e sem embaraço, rumo à liberdade.
    Ave de arribação, nave de transformação, transformar em ação, o que sempre fora ilusão.
    Aflora-se mais esse rito, nosso mito, nosso aflito grito ecoando pela humanidade; dando toda a dimensão de que, nesse rincão, nesse pedaço de chão, a justiça enfim floresce, vendo o pobre que padece, ouvindo a nossa prece.
    Nossa maior benesse é essa, a nova promessa de JUSTIÇA!

  • Anônimo  
    4/6/06 10:44 AM

    DAS BASES DA DEMOCRACIA
    Quinta, 18 de agosto de 2005, 01h53 Atualizada às 05h24Ibope: Lula perderia para Serra, Alckmin e FHC
    A crise política, no que depender das mais recentes pesquisas eleitorais, está realmente ameaçando o projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Levantamento parcial feito pelo Ibope, que deve ser concluído até sexta-feira, indica que Lula perderia o pleito de 2006 para três pré-candidatos do PSDB: o prefeito de São Paulo, José Serra; o governador paulista, Geraldo Alckmin; e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos três cenários, a derrota se daria por larga diferença.

    Quinta, 1 de junho de 2006, 20h59 Ibope: Lula vence no 1º turno em todos os cenários
    Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira pelo Jornal Nacional aponta a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já em primeiro turno em todos os cenários. Sem candidato do PMDB, Lula teria 48%; Geraldo Alckmin (PSDB), 19%; Heloisa Helena (Psol), 6%; Enéas (Prona), 2%, Cristóvam Buarque (PDT) e Jose Maria Eymael (PSDC), 1% cada; brancos e nulos, 14%; não souberam ou não opinaram, 9%. O levantamento foi encomendado pela Rede Globo e realizado entre os dias 27 e 30 de maio. Foram ouvidos 2002 eleitores em 140 cidades do País. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 7728/2006. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.



    Observem as duas notícias; em comum, somente o dia da semana, de resto, podemos perceber a evolução da candidatura de Lula em 10 meses, desmentindo toda essa falácia de que : “Escolhemos o Alckmin pois já sabíamos da impossibilidade de Ganhar Lula”.
    Na verdade, temos a sabedoria bíblica como explicação para essas disparidades entre dois momentos distintos da avaliação popular do Governo Lula.
    “A casa construída sobre a rocha resiste a todas as intempéries, enquanto a construída sobre a areia não resiste à primeira tempestade”.
    As denúncias feitas sobre o Governo Lula não foram confirmadas, embora as tentativas de transformar, à custa de uma repetição exaustiva, tenham sido EFETIVAMENTE feitas, DIARIAMENTE, em todos os canais de Mídia.
    A história de “vamos sangrar o Lula” demonstra efetivamente que a tentativa era a destruição de uma imagem, sabendo-se da morosidade da justiça no país e associada com a superexposição da “crise” numa mídia absolutamente tendenciosa e sedenta de “novidades e escândalos”, mesmo que sem comprovação ou mesmo coerência.
    Nunca houve nenhum motivo jurídico ou mesmo político para o impedimento de Lula, e isso seria um golpe branco que, com a resposta imediata da população e sem a aprovação do mundo civilizado, mergulharia o país em uma crise sem procedentes, visto que : ou o Brasil se guinaria verticalmente para um totalitarismo de Esquerda ou de Direita.
    Acontece que, com o passar dos dias, e a percepção da população que a crise se limitava a um setor do governo, mesmo que não comprovada, e ao Legislativo, agravada pelos conchavos para pouparem deputados ligados ao “mensalão”, figura de retórica criada pelo bandido Jefferson, deu ao povo a dimensão real de que Lula não participara efetivamente de nada.
    Uma análise mais profunda não permite que concebamos em “mensalão”, e sim num Caixa 2 e sobre isso já falei exaustivamente.
    A absolvição em série de vários deputados relacionados diretamente a esse Caixa 2 e a condenação de Dirceu, cuja relação com o fato, se houve, foi absolutamente indireta e sem comprovação, denota o caráter político exclusivo de toda essa História.
    Em momento algum, diga-se de passagem, ninguém poupou Lula, isso é desculpa de quem construiu uma casa sobre a areia.
    Já a História de Lula é a de um lutador, quer queiram ou não, e toda a argumentação contrária denota um preconceito que denuncia a “burrice e a ignorância” de quem a demonstra.
    Respeito a todos os argumentos sólidos contra qualquer pessoa, mas as afirmativas de que “pobre não sabe governar”, quando “pobre entra no poder, entra para roubar”, de que Lula é “cachaceiro e analfabeto”, de que vive dando “voltinhas com seu brinquedinho, o aero-lula” são os “argumentos” de quem não tem argumentos!
    A história pessoal de Lula é uma das mais belas que conheço; a do retirante nordestino que se torna presidente de um povo como o nosso é marcante.
    Além disso tudo, temos que Lula é um dos mais respeitáveis políticos do mundo, nos dias de hoje; inclusive por adversários políticos e isso não pode ser negado.
    A arte de conviver é difícil, principalmente a de aceitar as diferenças e, nesse aspecto, Lula é mestre.
    Foi burilado pelos anos e anos do amadurecimento relativo ao convívio com os empresários, políticos e operários.
    Hoje percebo, e não nego, que o amadurecimento desse homem foi muito importante. Inclusive as derrotas foram extremamente enriquecedoras para a consolidação e formação de uma base sólida.
    Não digo base partidária, pois essa até o aventureiro collorido conseguiu, mas sim a base da personalidade e do caráter do cidadão.
    Muitas vezes me irrito com o “jogo de cena” promovido pelos políticos, quaisquer deles, mas sei que isso faz parte de uma estratégia a qual, embora não me agrade, compreenda.
    E até nesse mister, foi importante esse amadurecimento.
    Percebo o quanto estamos em crescimento com relação à democracia, feita de crises e de muito suor.
    Nossa tradição em assuntos democráticos é quase nula, se observarmos nossa história e, todos os aspectos ensinados por essa crise são salutares para esse aprendizado.
    A mídia teve seu papel extremamente questionado e deverá passar por mudanças estruturais importantes, se quiser continuar a representar, com credibilidade um contraponto a qualquer Governo.
    Os políticos também tiveram seu quinhão nesse amadurecimento, tendo várias vezes, seu papel questionado, assim como os aspectos morais que envolvem toda a classe.
    O aceitar como denúncia qualquer disse me disse, deve ser pesado e muito bem pesado, antes de ser aceito, senão corre-se o risco do efeito bumerangue, desmoralizando quem apresentou a denúncia.
    Outras lições, assim como a necessidade urgente de uma reforma política, se não forem aprendidas criarão, para os políticos um alçapão do qual poucos escaparão.
    A imunidade parlamentar para crimes comuns também deve ser revista e com urgência.
    O fato de sob qualquer, ou mesmo sem nenhum sólido, argumento, tentar medidas de força como “golpismos” também deve ser muito bem pesado; correndo-se o risco do feitiço voltar-se contra o feiticeiro, assim como aconteceu com Bob Freire.
    Outro aspecto interessante a ser visto está ligado á estrutura do poder e das relações entre os poderes.
    Houve até o absurdo ataque à instituição do hábeas corpus, instrumento elementar de qualquer estado de direito. Creio que tais colocações foram feitas ao calor dos debates, sem nenhuma análise prévia.
    Outra coisa a ser aprendida é sobre a necessidade e o objetivo de CPIs, perdidos em meio a uma troca de acusações que tocam ao absurdo.
    Um crime comum, com aspectos claramente ligados a interesses pessoais, como o de Santo André passou a ser usado como se estivéssemos num estado de guerra.
    Acusações até de dinheiro mandado pelo “quintal americano” da ilha de Taiwan para o esquerdista PT, foram feitas. Delírio PURO!
    Dinheiro das Farc, de Cuba, misturados com uísque escocês, só faltou dinheiro da “União Soviética”!
    Até denúncias feitas por doleiros foram aceitas, só faltou algum Elias Maluco “denunciar” alguma coisa.
    Caseiros, cozinheiras e motoristas, além das indefectíveis secretárias e ex-mulheres pipocaram de todos os lugares possíveis e imagináveis.
    Honestamente, esse vendaval de acusações, sem comprovação e, muitas vezes, sem nexo, encheram a paciência do povo, muito mais preocupado com o dia a dia do que “nesse papo de políticos”.
    Restando a imagem de que, todos são bandidos, todos!
    Que essas lições sejam aprendidas e que sirvam para o nosso amadurecimento enquanto pátria e nação.
    Não esqueçamos de que isso ocorreu e ocorre em todas as democracias do Mundo.
    Obviamente, como esses países já sabem lidar com isso, o impacto é menor.
    E, por que não dizer, que isso tudo é muito salutar.
    Afinal, precisamos fazer de nossa democracia o que Lula, independentemente do que falem dele, ensinou: que a nossa democracia se construa sobre uma base sólida, para termos NOSSO PAÍS, NOSSA PÁTRIA, NOSSA CASA!

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