Aula de Mineirês

Por Marcos Loures

Segundo Aécio, quando começar o debate eleitoral, "o Lula vai ter de ser um candidato diferente. Não poderá ser aquele messiânico das últimas eleições que prometia o céu aqui na terra com 10 milhões de empregos e três refeições ao dia para todos os brasileiros".Para o governador, o presidente, virtual candidato à reeleição, vai ter que explicar "as dificuldades que seu governo viveu" mas que "terá também realizações a apresentar".Aécio, que tem mais de 70% de intenções de voto para continuar no governo mineiro, disse que não tem a "ilusão" de "uma transferência absoluta de votos" para Alckmin, que está em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. "O que eu puder fazer para que o candidato Geraldo Alckmin melhore o seu desempenho em Minas Gerais eu vou fazer", disse ele, acrescentando que "o candidato Geraldo é que dará uma grande contribuição a isso, sobretudo, quando se tornar mais conhecido aqui".O governador mineiro admitiu ainda que o presidente Lula "sempre teve uma base sólida em Minas Gerais: "os melhores resultados do Brasil ele alcançou exatamente em Minas Gerais", disse Aécio, lembrando que o presidente já disputou quatro eleições presidenciais.

Aecinho é de uma mineirice absoluta quando faz as afirmações acima.

Sabendo que, se entrar em atrito com Lula, perde muito e se apoiar Alckmin escancaradamente, não ganha nada, falou bastante sobre o nada e deu uma aula de mineirês.Obviamente Lula não precisa prometer nada, basta mostrar o que já fez enquanto Presidente, comparativamente com os outros. E isso basta.Isso no mineirês tem a seguinte tradução: "Não precisa falar nada e nem deve, somente mostrar as diferenças, que são gritantes, que já está no papo."Na segunda assertiva, a situação é mais clara ainda; Vou fazer o que eu puder pra ajudar meu companheiro, mas isso depende mais dele que de mim. Ou seja, não vou mover uma palha! Ele que se vire e fique mais conhecido, e isso é problema dele!E, em terceiro lugar, Minas apóia Lula, inclusive...Mineiramente falando, os sinais são esses. O recado para Alckmin é claro: "Te cuida cara, o problema é teu".

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4 comentários

  • Anônimo  
    7/6/06 12:05 AM

    É o povo que escolhe e quem deixou milhões de desempregados não foi o Lula,foi a turma do passado.O Lula estátrabalhando e se ele continuar e persistir,perserverar ele levanta o país de uma vez.Chega de governantes inertes!

  • Anônimo  
    7/6/06 12:39 AM

    Esta herança maldita do desemprego,causado pelas privatizações e dinheiro que saiu do Brasil e foram para contas particulares ,dinheiro que pertence ao povo Brasileiro.Muitos brasileiros verteram rios de lágrimas de desespero por não terem como sobreviverem enquanto muitos viviam apenas de prazeres...Que preço alto que o povo pagou.Tudo isto foi o passado qque fez,foi o mal uso do dinheiro público e agora querem que o Lula conserte os buracos tudo de uma vez.até que o Lula está tentando.A hipocrisia é tão grande que o próprio povo está enojado.

  • Anônimo  
    7/6/06 8:57 PM

    DA VERTICALIZAÇÃO
    As mudanças sobre a verticalização não vão alterar o panorama da disputa à Presidência da República, essa está irremediavelmente decidida.
    O que me resta saber é se o segundo colocado irá ser Alckmin ou Nulo, o macaco tião dessa eleição.
    Quanto aos Governos estaduais, prejudica o PT em um estado, beneficia em outro, na média, fica tudo igual.
    Agora, o que me chama a atenção nessa eleição é o fato de que, a nível de Congresso Nacional, iremos ter uma das mais altas percentagens de votos nulos e em branco, o que ajuda aos políticos e partidos mais estruturados.
    A militância do PT, por ser uma das mais ativas e fortes desse país, deve e tem a obrigação de ajudar seus candidatos com uma conscientização para que se votem nos candidatos do partido. Assim como o PMDB irá fazer.
    Os partidos com bases mais fracas, como o PFL e o PSDB, partidos que não têm uma militância tão apaixonada e apaixonante deverão ter muito trabalho para convencer os eleitores a votarem nos seus caciques, a maior parte deles participantes desse Congresso Nacional que, para a maioria da população é sinônimo de espúrio.
    Pode-se ter a certeza de que essa eleição trará muitas surpresas, entre elas a alta abstenção com relação ao Legislativo.
    O fato de Lula ter sido poupado da crise que abalou o Governo e o poder é significativo: O povo diferenciou a crise DO LEGISLATIVO da tentativa desse; a de imputar ao EXECUTIVO, seus erros.
    Lula deverá ter a mesma quantidade de votos que teve nas últimas eleições no segundo turno, podendo ter um aumento percentual dessa votação.
    Alckmin está em empate técnico com os brancos e nulos, podendo ser ultrapassado pelo “macaco tião” dessa eleição.
    Agora, no campo do Legislativo tudo é possível, inclusive senadores serem eleitos com menos votos do que o “tião”.
    Com relação à Câmara dos Deputados, essa enorme abstenção poderá beneficiar aos candidatos de partidos mais organizados.
    A verticalização, da forma que se apresenta, beneficia ao candidato mais forte, já que a maioria dos partidos vai tentar se associar ao que fizer o vencedor; sendo muito mais produtivo para o PMDB, por exemplo, uma aliança com o PT do que com o PSDB.
    A afirmativa de Alckmin de que o PPS deverá se aliar ao PSDB irá, com certeza, ter uma grande resistência de setores de militantes do PPS, já que a nível regional, esta aliança poderá representar a perda de votos pela identificação com o próprio Alckmin e FHC.
    Não acredito que, se for confirmada essa alteração pelo Supremo, isso poderá ser prejudicial às bases do Governo.
    A candidatura própria do PMDB se for inviabilizada, levará o partido para a coligação pró Lula o que passa a ser muito interessante. Desejável até.
    Outra coisa, para quem conviveu com Roberto Jefferson, conviver com os setores mais à direita do PMDB é fichinha...

  • Anônimo  
    7/6/06 8:58 PM

    MLST E PCC, DAS CULPAS E DOS GOVERNOS
    Mais de quatrocentos mortos!
    Esse é o balanço final do massacre ocorrido em São Paulo no mês de maio.
    Os dados oficiais falavam em pouco mais de 100, mas a realidade foi muito pior.
    Dentre esses 400, mais de setenta por cento à bala, demonstrando que a atuação dos grupos de extermínio foi muito mais efetiva do que a Secretaria de Estado de Segurança Pública queria mostrar.
    Essa realidade nos dá a dimensão do resultado de uma política de Segurança totalmente ineficaz e desastrosa.
    As disputas entre várias autoridades do Estado para tentar transferir a culpa pelos episódios demonstram cabalmente, que a culpa é de TODOS, sem EXCEÇÃO!
    Desde o guarda penitenciário até o Governo, na figura do atual e, principalmente do ex-Governador que, através dos anos, demonstrou total incapacidade de lidar com o Crime Organizado.
    O nascimento do PCC se deu na antiga administração que se mostrou ineficaz para lidar, inclusive, com os “aprendizes” da FEBEM, estendendo essa ineficácia para os “profissionais” do PCC.
    O silêncio diante das denúncias de que as ações do Primeiro Comando da Capital seriam executas, demonstra que a conivência direta ou indireta da estrutura de poder de São Paulo ocorreu e ocorre, decorrendo da subserviência e da incompetência dessa em relação aos criminosos.
    “Bandido bom é bandido morto”, pergunto então: quais os bandidos que poderiam estar nessa condição, os que mataram os policiais ou os que mataram os inocentes?
    A não ser que o código penal tenha mudado, a pena de morte ainda não foi instituída no país, e se fosse, não caberia às forças policiais ou paramilitares o julgamento de quem deve ou não deve morrer.
    Aliás, os grandes bandidos, inclusive Marcola, estão protegidos por uma série de benesses da lei, dos agentes da lei e, quiçá, dos homens mais poderosos do Estado. O acordo negado, mas evidente, entre as forças criminosas e áreas do Governo Estadual, demonstram essa proteção e, talvez, uma condescendência que cheira à conivência e, até, á cumplicidade.
    A atuação omissa do Estado deflagrou a Guerra Civil onde, por demonstração de incapacidade e impotência, alguns setores oficiais passaram a agir a esmo, num flagrante desrespeito ao Estado de Direito. A omissão de dados sobre o número de vítimas é, claramente, a maior demonstração de que o Estado, frágil e conivente, é partícipe deste episódio.
    Por outro lado, temos a invasão totalmente imbecil de um grupo de estúpidos ao Congresso Nacional a quem alguém, não me recordo quem, chamou de Sede Nacional Do PCC!
    O ato estapafúrdio e absurdamente incoerente foi comandado por um débil mental, filho da oligarquia nordestina e acostumado aos desmandos dessa e a impunidade que a cerca, por um desses motivos que fazem o escravizador se apaixonar pelas causas dos escravos, mas sem se “limpar” dos vícios do coronelismo, comandou uma tropa de idiotas e tentou chamar a atenção para a sua “causa”.
    A causa dos trabalhadores sem terra não é política somente, é UMA CAUSA DE BASE CRISTÃ. Mas a forma de ação inócua para a causa e nesse caso, PREJUDICIAL a ela, demonstra a falta de noção de causa e efeito dessa turba.
    A reação do Governo, na figura do Presidente da Câmara, Aldo Rebelo, foi exemplar: PRISÃO PARA ESSA ESTÚPIDA HORDA.
    NA HORA, PRISÃO para mais de 300 pessoas e, principalmente para os líderes dessa insanidade absurda.
    Fala-se em tentar responsabilizar o governo federal pelas atitudes de um dos membros do Partido dos Trabalhadores que, imediatamente, já demonstra a vontade de expulsar tal cidadão.
    Houve uma vítima não fatal, e 22 feridos. Mais de 300 prisões e o aceno de uma punição exemplar.
    Se há responsabilidade de um Governo que agiu prontamente com o rigor da lei, o que dizer de um Governo que, além de não reagir com a presteza e a força necessária, ainda permite e tenta omitir um massacre de civis?
    A situação seria cômica se não fosse trágica. Tentar transformar um ato de imbecis, reprovado por todos, principalmente do Governo federal, em algo comparado à conivência de um Desgoverno AVISADO DOS ATAQUES, INEFICIENTE NA REPRESSÃO E PASSIVO E CONIVENTE DIANTE DE MAIS UM MASSACRE DA POPULAÇÃO INDEFESA É MUITA CARA DE PAU!

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