Em entrevista, suposto líder do PCC nega acordo para encerrar ataques

Por: Marcos Loures

Da Folha Online O "Jornal da Noite", exibido quarta-feira (17) pela TV Bandeirantes, mostrou uma entrevista do jornalista Roberto Cabrini supostamente feita com o líder do PCC, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. A Secretaria da Administração Penitenciária solicitou à emissora uma cópia da entrevista, que será periciada.Por telefone, Cabrini e o suposto líder do PCC falaram sobre os ataques realizados pela facção criminosa --Marcola teria atendido o jornalista em um telefone celular, dentro de um presídio de segurança máxima.No final da entrevista, ele negou ter feito acordo com autoridades para encerrar os ataques: "da minha parte não [houve acordos]", respondeu quando questionado sobre esta possibilidade. O entrevistado afirmou que a facção determinou a realização da megaoperação de violência porque "os direitos dos presos não foram cumpridos". "Eles [autoridades] removeram diversos presos, feriram a lei e não pudemos usufruir de nenhum direito. Por isso acabamos tomando esta atitude, para chamar a atenção", afirmou o entrevistado identificado como Marcola.Ele também falou sobre o não-cumprimento do banho de sol dos detentos e a impossibilidade de receber visitas dos advogados. Segundo o suposto detento, a decisão de iniciar os ataques teria sido feita na sexta-feira (12) por diversos membros da facção. "Foi uma decisão conjunta, em que cada um deu sua opinião." Em uma resposta vaga aos ataques no metrô e a ônibus, o entrevistado disse: "o que foi visto foi feito". Sobre os assassinatos, negou que tenha ordenado a morte de policiais e bombeiros. "Existem oportunistas, pessoas que acabam tomando atitudes não-permissíveis [sic] para a gente." "A culpa, o câncer, são eles, não a gente", afirmou.O suposto detento também afirmou que a facção criminosa "está preparada para muito mais". "Os ataques pararam, foram usados para resolver uma situação quando precisamos. Mas eles [autoridades] não estão querendo parar. Estão agindo de forma brutal, matando, declarando uma guerra e esquecendo que, assim, deixam a sociedade à mercê." Por telefone, continuou: "dentro de uma guerra em que as duas partes têm poderio de fogo, quem perde são as pessoas que nada têm a ver com ambas as partes". A Secretaria da Administração Penitenciária afirma que se pronunciará somente após perícia, que verificará a autenticidade da entrevista. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da TV Bandeirantes ainda não se pronunciou.


O Governador em exercício do Estado de São Paulo, Marcos Willians Herba Camacho, também conhecido como Marcola, do PPCC, ou seja, Partido do Primeiro Comando da Capital, ao dar essa entrevista, reafirma que HOUVE SIM um acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ao afirmar que a facção criminosa "está preparada para muito mais". "Os ataques pararam, foram usados para resolver uma situação quando precisamos. Mas eles [autoridades] não estão querendo parar. Estão agindo de forma brutal, matando, declarando uma guerra e esquecendo que, assim, deixam a sociedade à mercê."
Isto deixa subentendido que o que está ocorrendo agora, com os assassinatos em série cometidos pela Polícia Paulista, execuções sumárias, mesmo que não estejam sendo direcionados diretamente aos componentes do PCC, principalmente o Primeiro Escalão, devidamente protegido e escoltado por forças policiais, acompanhando pelos televisores de Plasma em suas celas extremamente "desconfortáveis" o desenrolar da execução de suas ordens, que parecem terem sido muito bem executadas. Aliás, tudo nos leva a crer que os fatos se desenrolaram da seguinte forma: Temos o início dos acontecimentos, previamente avisados aos comandantes do Estado Paulista, entre eles o ex-Governador de direito Geraldo "Picolé de chuchu" Alckmin cuja única reação foi ter ficado irritado NÃO COM O TEOR, MAS COM A NOTÍCIA! O seu sucessor Lembo, por não ter sido atingido no seu lombo, e sim no lombo alheio, NÃO ACEITOU NENHUM TIPO DE AJUDA FEDERAL, argumentando que a situação "estava sob controle", mas não disse sob controle de quem, o que se viu é que quem comandava era o GOVERNADOR DE FATO, Marcola. Pois bem, mesmo com tanto alarde, iniciou-se a CHACINA CONTRA OS POLICIAIS, desprotegidos pela eterna omissão e incapacidade dos Governantes de direito, a situação chegou ao CAOS. Após isso, tivemos o acórdão entre os Governos de fato e de direito, o que REVOLTOU a Polícia enquanto entidade, gerando um desconforto e descontrole sobre as corporações. A reação desta foi a EXECUÇÃO SUMÁRIA de civis, sem nenhuma comprovação de estarem ou não associados ao crime, nem tampouco ao Partido do Marcola. Ao se obter a notícia de que a Juíza NÃO AUTORIZOU A TRANSFERÊNCIA DO GOVERNADOR MARCOS WILLIAMS, podemos imaginar que a onda de violência em São Paulo poderá ter seu reinício a qualquer momento, inclusive a apreensão de um automóvel com quatro bananas de dinamite sugere isso. A continuação das execuções em São Paulo, numa desenfreada violência, é o principal demonstrativo da insatisfação com as "autoridades" instituídas, o que não é de se espantar. Um novo Carandiru aparece nesse momento, porém em ações espalhadas e ao ar livre contra qualquer "suspeito" com ou sem motivos para tal suspeição. O caos em São Paulo tornou-se MAIS GRAVE do que no final de semana, pois agora temos um total DESGOVERNO, um verdadeiro INFERNO, uma situação tão explosiva quanto se possa imaginar. Paralelamente a isso, temos em total desespero, as principais lideranças do PSDB tentando atirar a esmo contra o Governo Federal, como se fora esse o principal culpado pelo que está ocorrendo lá. Ora bolas! É de total e absoluta insanidade tentar culpar o Presidente do Barcelona pela crise do Palmeiras, isso é "jogar para a torcida" anti-Lula, formada, em sua base, por uma classe média preconceituosa e desconexa, totalmente incapaz de discernir nada do que não seja satisfatório para o próprio umbigo. As declarações de Alckmin afirmando que, em vez de condenar o crime organizado, Lula atacou a polícia de seu Estado. "Policiais de São Paulo foram mortos pelas costas". E o que faz o presidente? Lula preserva as quadrilhas criminosas e vem atacar a polícia paulista. Demonstram que, ou Alckmin é débil mental ou pensa que o povo é. Em momento algum Lula atacou a desprotegida polícia per si, mas sim CONDENOU A REAÇÃO aleatória e desesperada de se VINGAR a qualquer preço em Qualquer um e isso, REALMENTE É CONDENÁVEL, acredito que por todos, menos pelo ex-Governador de Direito de São Paulo. Já Tasso e Virgílio partiram contra Tarso Genro, voltando à velha tática de titica de, prejudicando mais uma vez o povo mais sofrido, que não tem TV de Plasma na sala, tentar bloquear o andamento da Casa onde exercem seus mandatos demandados pela vontade popular, de que TRABALHEM o melhor para o povo e não BLOQUEIEM quem trabalhe.

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2 comentários

  • MARCOS LOURES  
    19/5/06 9:42 PM

    DAS VIOLÊNCIAS VÁRIAS, DA CAUSA E DOS GOVERNOS
    Uma análise se faz imperativa nesses dias de violência extrema nas ruas da principal cidade do Brasil.
    Um estudo comparativo entre o Rio de Janeiro e São Paulo, demonstra para qualquer observado, as diferenças básicas entre as relações humanas e o trato das diferenças sociais dessas cidades, nos trazendo uma luz sobre a origem da violência e os aspectos que diferenciam ambas capitais.
    O Rio de Janeiro, tanto pela origem histórica, como antiga Corte Imperial e depois Capital da Republica, principal porta de entrada dos imigrantes do século 19 e 20, cidade historicamente pluricultural, com um crescimento baseado na importação e exportação via Porto de São Sebastião, o maio do Brasil por longos anos, trazendo para o cais todos os tipos de trabalhadores tanto brasileiros quanto estrangeiros
    Associado a isso temos a praia, o futebol no aterro do Flamengo dos finais de semana, os bailes de carnaval, as Escolas de Samba, o Maracanã, os ensaios das Escolas de Samba e, ultimamente, os bailes funks.
    Nesses ambientes, convivem pacificamente tanto o proletariado suburbano e favelado quanto a elite econômica e social da Cidade Maravilhosa.
    É comum vermos, no mesmo ambiente, em caráter de total camaradagem, tanto favelados quanto milionários, numa extremamente salutar cooperação e convívio.
    Morei no Rio por muitos anos e sei o quanto o carioca sabe lidar com as diferenças raciais, sociais, econômicas e culturais.
    Como estudante e depois como médico, podia freqüentar, com a mesma serenidade, as rodas de pagode suburbanas, os ensaios de escolas de samba, as praias, sempre democráticas, o futebol no final de Semana no Aterro, a feira nordestina de São Cristóvão, os prostíbulos da Praça Mauá, as gafieiras do centro da cidade, os restaurantes e shoppings da Zona Sul, as boates, como a do Hotel Nacional, clubes da Zona Norte e da Zona Sul, num encontro entre o asfalto e o morro, como citado por Marcelo D2, de uma fantástica sincronia entre os mais diferentes tipos de cultura e de classes sociais.
    É comum se ver, nos mais requintados shoppings e restaurantes, pessoas de bermuda, camiseta e sandálias de dedo, convivendo, pacificamente, com engravatados e “bem vestidos”.
    O índice de violência contra grupos raciais, sociais, sexuais, no Rio é infinitamente menor do que ocorre em São Paulo.
    A violência no Rio, está na sua base quase que totalmente ligada à disputa entre grupos rivais pelos pontos de venda de drogas.
    Esses, sendo combatido ou pela ação repressiva constante e bem organizada ou pela liberação do uso e comércio de drogas, controversa medida que deve ser analisada com muito rigor, levariam a uma sensível melhora nos índices de violência da Cidade Maravilhosa.
    Agora, quanto a São Paulo, temos uma origem bem diversa.
    São Paulo, historicamente tem suas origens na província, o que, na realidade quer dizer que, tem suas famílias quatrocentonas de base provinciana, acostumadas com a escravização e o coronelismo, com a subserviência e com a separação, em guetos e em castas.
    É difícil imaginar um convívio entre a elite paulista, burguesa e excludente, com o proletariado, formado pelos migrantes mineiros e nordestinos, fugidos da escravidão em suas terras para se oferecerem como trabalhador de baixo custo na construção civil, nas feiras, como empregadas domésticas, como trocadores de ônibus, guardas noturnos, guardas civis, policiais, babás, o verdadeiro brejo da cruz social, gerador de miséria, e das discrepâncias sociais asquerosas e nojentas.
    A elite paulista “não se mistura com essa gentalha”, num linguajar chulo, mas realista dessa ignóbil verdade.
    A formação dos guetos, “periferia” na linguagem do rap, alimentados pela discriminação contra pobres, prostitutas, nordestinos, mendigos, homossexuais, etc...,criada e incentivada nas elites burguesas, donas das suas salas, e das ruas e bairros isolados, com seus bares, shoppings, casas noturnas e boates exclusivistas, onde a presença de quem quer que não seja ligado a essa elite é tida como indesejável
    Onde a pobreza é expulsa a chutes e pontapés pelos capitães do mato, chamados “seguranças”, mas na verdade agentes oriundos do proletariado para atuar contra esse mesmo proletariado, para defender uma “casta” burguesa recendendo a Coco Chanel, vestida de Valentino e vomitando preconceito.
    Os carecas ou cabeças raspadas , os neonazistas, os grupos anti nordestinos, anti-gays, anti-putas, assassinos dos mendigos com o sórdido prazer de ver carne humana incendiada ou saber do estrago que um taco de beisebol possa causar em um ser humano, são o espelho mais visível dessa forma da burguesia paulista de ver a vida.
    Obviamente que, os crimes contra a integridade pessoal em Sampa são muito mais freqüentes e graves do que no Rio, crimes como seqüestros, assaltos, furtos, assassinatos a esmo, chacinas são o dia a dia paulista.
    A guerra travada em São Paulo tem aspectos muito mais profundos e ligados à segregação do que no Rio de Janeiro, portanto são de muito mais difícil solução.
    O nascimento do PCC, se faz ligado, muito mais à luta de classes do que o do Comando Vermelho no Rio, com aspectos mais ostensivamente ligado ao tráfico de entorpecentes.
    As raízes da violência em São Paulo não tem nenhum aspecto de romantismo, não tempos nenhuma menina filhinha de papai apaixonada pelo poder do traficante.
    O que se apresenta mais explícito é essa luta SOCIAL E CLASSISTA, de uma reação da PERIFERIA contra a BURGUESIA fedorenta e escravagista.
    A rebelião dos escravos paulistas não pode ser comparada à com a Guerra do poder paralelo carioca, baseada na liderança pelo controle de pontos de venda de drogas; ao contrário do aspecto da afirmação social que vemos em São Paulo.
    O comando da violência carioca se dá na mão de soldados do crime, sem grandes preocupações a não ser a venda da mercadoria; já em São Paulo, a estratégia dos grupos ligados à violência, se demonstra mais ostensivamente como uma guerra entre classes sociais disfarçada.
    O enriquecimento do PCC e o fortalecimento dos jardins da infância da violência, nas FEBENS da vida, demonstram a arquitetura de um projeto de luta por ascensão social e quebra de barreiras entre as elites e o proletariado, muito mais bem organizados do que os do Rio de Janeiro.
    O que aproxima os dois estados, em suas mazelas de insegurança pública é somente um fato.
    Todos os grupos, tanto os cariocas, quanto os paulistas, nasceram, cresceram e se sustentam pela CORRUPÇÃO E INOPERÂNCIA DE AMBOS OS ESTADOS.
    A corrupção dentro e fora dos Governos, como muitas vezes denunciadas, é o principal combustível para o crescimento dessas facções, poderes dentro do poder, verdadeiras sanguessugas de si mesmas.
    Retroalimentam-se o tempo todo , vivendo em simbiose eterna, com prejuízo para os pacatos cidadãos.
    Os massacres do Carandiru e esse agora, na tresloucada e inepta distribuição de balas feitas por uma polícia assustada e coagida, têm paralelo extremos entre si.
    No Rio, o massacre da baixada e de Vigário Geral, embora tão danosos quanto os acima citados, têm no “acerto de contas” entre bandidos tanto fardados quanto à paisana um aspecto bem diferenciado da reação da polícia paulista nos dois massacres supracitados; o do Carandiru foi ordenado pelo Comando, o de agora é, indiretamente contra os desmandos e as demonstrações de incompetência do Comando para enfrentar os problemas gerados, não pela polícia, mas sim pela omissão do Governo Paulista como um todo.

  • MARCOS LOURES  
    19/5/06 9:42 PM

    FILHO FEIO NÃO TEM PAI, MESMO QUE SEJA "A CARINHA DO PAPAI"
    Burguesia terá de abrir a bolsa, diz Lembo
    O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, foi entrevistado por Mônica Bergamo.
    Fez declarações do barulho. Criticou os ‘aliados’ FHC e Geraldo Alckmin, afagou o ‘inimigo’ Lula e esculhambou a ‘elite branca’ paulista, culpando-a pela violência. Leia abaixo trechos da entrevista:

    - Houve uma matança em São Paulo na madrugada de terça. A polícia está sob controle ou está partindo para uma vingança? A polícia está totalmente sob controle (...). Todas as noites há confrontos nas ruas da cidade e esses conflitos foram exasperados nesses dias. Mas vingança, não (...).
    - O que pode dizer para um jovem de 15 a 24 anos, que vive em ambientes violentos da periferia? (...) Tem duas situações muito graves: a desintegração familiar que existe no Brasil e a perda... (de qualquer) regramento religioso (...). Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa.
    - Que ficou assustada nos últimos dia. E que deu entrevistas geniais para o seu jornal. Não há nada mais dramático do que as entrevistas da Folha [com socialites, artistas, empresários e celebridades] desta quarta-feira. Na sua linda casa, dizem que vão sair às ruas fazendo protesto. Vai fazer protesto nada! Vai é para o melhor restaurante cinco estrelas junto com outras figuras da política brasileira fazer o bom jantar (...).
    - Onde o senhor responsabiliza essas pessoas? Onde? Na formação histórica do Brasil. A casa grande e a senzala (...). O cinismo nacional mata o Brasil (...). O que eu vi [nas entrevistas para a Folha] foram dondocas de São Paulo dizendo coisinhas lindas. Não podiam dizer tanta tolice. Todos são bonzinhos publicamente. E depois exploram a sociedade, seus serviçais, exploram todos os serviços públicos (...). A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira no sentido de haver mais empregos, mais educação, mais solidariedade, mais diálogo e reciprocidade de situações.
    - FHC a possibilidade de acordo com os criminosos para cessar a violência. (...) Fernando Henrique poderia ter ficado silencioso (...). Pode ser que eventualmente ele tenha precedente sobre acordos. Eu não tenho.
    - Alckmin telefonou para prestar solidariedade? Dois telefonemas (...). Acho normal. Os pulsos [telefônicos] são tão caros...
    - E o José Serra? Não telefonou (...).
    - As autoridades paulistanas garantiram, nos últimos anos, que o PCC estava desmantelado. Enganaram os paulistanos? Não saberia responder. Eu não engano. Ganhamos uma situação mas é um grande risco. Temos que ficar muito atentos.
    - Pode dizer que o PCC acaba até o fim de seu governo? Só se eu fosse um louco. E ainda não estou com sinal de demência (...).
    - O Fernando Henrique não telefonou? Não, não. Ele estava em Nova York. O presidente Lula telefonou, foi muito elegante comigo (...).


    Essa entrevista demonstra o quanto o PSDB, pai da criança PCC, surgido, fortalecido e alçado às primeiras páginas dos jornais durante o longo mandato tucano à frente de São Paulo, alimentado pela incompetência administrativa, elitismo classista, fato que na São Paulo das desigualdades sociais e dos guetos reais das periferias da vida é extremamente evidente e essencialmente sintomático, entre outros fatores.
    Podemos observar que a inoperância paulista se demonstra desde a pré-escola do crime até as universidades com mestrado e doutorado.
    Um estado que, entre outras coisas, congela o salário de policiais durante 12 anos, sendo o mais rico da federação, seus profissionais de segurança detêm o vigésimo primeiro lugar a nível salarial; dá-nos a impressão de ser totalmente alheio a segurança pública tendo, criminosamente participação por omissão, nos casos de corrupção do sistema penitenciário.
    A explícita revolta de Lembo contra as principais expressões do PSDB paulista se justifica, se basearmo-nos no curto espaço de tempo entre a sua posse e os fatos detonados, com o devido alarde dado pelo próprio serviço de Inteligência do Estado, e devidamente ignorado pelo ex-governador tucano, Alckmin, criando um território propício para que tudo acontecesse.
    O surpreendente discurso de Lembo, sobre as origens burguesas das causas maiores da violência é de forma até alentadora, sinal de que essa percepção o poderá salvar da destruição moral que fatalmente virá com o decorrer da história.
    Tivemos exemplos, no passado de pessoas que surpreenderam, principalmente exemplos como o de Teotônio Vilela, mas se Cláudio Lembo poderá , pelo menos em parte, reedita-lo será muito salutar para ele próprio, mostrando que nem sempre pau que nasce torto morre torto.
    Já quanto à reação dos tucanos devemos perceber duas coisas, em primeiro lugar a tentativa insólita de atribuir os efeitos do seu desgoverno a um Governo Federal, que nunca se mostrou omisso, fato relatado pelo próprio Cláudio Lembo, ao elogiar Lula pela sua atitude solícita e cavalheiresca.
    Quanto aos tucanos, se demonstra a total indiferença desses para com São Paulo.
    Lembro-me de como FHC acalentava o Real, filho da administração Itamar Franco, com aspectos de criança saudável e desejável pela maioria da população, filho bonito, portanto.
    Realmente, o melhor plano econômico feito nos últimos anos nesse país.
    Filho bonito, mesmo que alheio, foi tratado como se a paternidade fosse de FHC, embora todos viram a execução do ato, sendo feita por Itamar, inclusive no ato da fecundação, gravidez e nascimento.
    Poucas vezes se viu, com tanta clareza que, o competente grupo econômico de FHC, teve essa paternidade arrebatada e furtada pelo incompetente, mesmo enquanto sociólogo, Fernando Henrique.
    Já o filho feio, mal parido, criado a partir das brechas geradas pela incompetência tucana; sobrevivendo e crescendo nas sombras da corrupção e dos desmandos, alimentado pela subversão das leis do país.
    Gerado na barriga da miséria, mas fecundado pela indignidade e impobridade de uma seqüência de péssimos gestores, em todas as escalas dos desgovernos consecutivos oriundos do ninho tucano
    Esse filho mal amado, embora traga aspectos de caráter coincidentes com o pai, vendilhão do bem público, assaz conhecido como elitista nos trajes e trejeitos, omisso quanto aos desmandos de seus amigos, para ser inimputável nos seus; fomentador dos guetos miseráveis, para poder aliciar, com o mínimo de despesas, na hora do voto.
    Esse filho, reflexo do próprio pai, num espelho mais detalhista, obviamente tem sido negado por esse pai, tão solícito e prestativo com relação ao filho subvertido, espertamente do pai biológico e intelectual, e a cada entrevista dada, seus progenitores se afastam dele.
    Lembo, ouça o ditado popular e entenderás: filho feio não tem pai, mas filho bonito, qualquer um quer ser o pai.
    Mesmo que esse filho feio seja “a cara do papai”...

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