Vice-presidente da Assembléia de Minas: “eu vi o original da lista do caixa dois tucano de Furnas”
O deputado estadual Rogério Correia (PT/MG) - 2º vice-presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais -, sugeriu, em carta ao deputado Eduardo Paes (PSDB/RJ), que o lobista Nilton Monteiro seja convocado a depor na CPMI dos Correios para falar sobre a lista do caixa 2 tucano de Furnas e disse que Nilton pretende entregar o original do documento à Comissão, caso seja chamado. Ao HP, Nilton Monteiro confirmou que possui mais detalhes sobre o listão de Furnas, incluindo recibos de pagamentos, e que esses documentos só serão entregues durante o seu depoimento.
Correia enviou a carta ao tucano para refutar suas declarações de que pretendia processá-lo. Na nota, o deputado mineiro esclarece a forma como teve conhecimento da lista de Furnas, reitera uma série de denúncias contra o ex-presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo, e afirma que a atitude de Eduardo Paes “em afirmar que me processará parece ser mais uma tentativa de inibir a apuração dos fatos sobre Furnas”.
“Confirmo que vi o original da lista junto com testemunhas e que, de posse de cópias, entreguei-as ao Ministério Público Estadual e à Polícia Federal para apuração. Informo que recebi o documento do Sr. Nilton Monteiro, o qual não conhecia anteriormente, e que me procurou em meu gabinete. Após a visita do Sr. Monteiro, tomei a precaução de investigar os fatos por ele expostos”, afirmou Rogério Correia.
O deputado mineiro afirmou também que investigou os antecedentes de Monteiro e disse ter descoberto que as denúncias feitas por ele ajudaram a esclarecer uma série de atos de corrupção, inclusive contra o ex-governador tucano do Espírito Santo, José Inácio.
“O documento entregue à PF pelo Sr. Nilton referentes à campanha de reeleição do então governador do Estado, Eduardo Azeredo, foi periciado pela Polícia Federal, que confirmou que a assinatura do então coordenador financeiro da campanha, Cláudio Mourão, nos documentos é verdadeira e não há montagem. Os documentos atestam o custo de R$ 100 milhões na campanha, R$ 91 milhões de caixa 2, sendo que R$ 53 milhões foram repassados pela SMP&B e DNA, empresas de Marcos Valério, e que foram utilizados, inclusive, recursos advindos de estatais como Cemig (R$ 1.673.981,90), Comig (R$ 3.000.000,00 - 2x R$ 1.500.000,00), Copasa (R$ 1.500.000,00), Bemge (R$ 1.000.000,00), Crédito Real (R$ 1.000.000,00), Loteria Mineira (R$ 500.000,00) e R$ 2.000.000,00 da administração direta, totalizando R$ 10.673.981,90 de dinheiro público”, descreve Correia.
JORNAL HORA DO POVO

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