Tucanos se digladiam por pesquisa que dá Lula na frente
Uma pesquisa divulgada recentemente pela CNT/Sensus colocando Lula 10 pontos na frente de Serra deixou o PSDB em polvorosa e batendo cabeça. Na simulação do segundo turno, segundo ela, Lula tem 47,6% contra 37,6% de Serra, que na anterior liderava com 41,5% contra 37,6 para o presidente da República. Espontaneamente, no primeiro turno, a pesquisa apresentou Lula com 30% contra 10% de Serra, 3.8% de Alckmin e 1,8% de Garotinho. Em novembro de 2005, a situação era a seguinte, respectivamente: Lula 19,4%, Serra 7,2%, Alckmin 3.6% e Garotinho 2,1%.
Ainda conforme CNT/Sensus, entre novembro e fevereiro, Lula baixou o índice de rejeição em quase 11 pontos percentuais. 35,8% disseram que não votariam nele contra 46,7% no levantamento anterior. Outros postulantes têm uma rejeição muito maior, como, por exemplo, Heloísa Helena, 47,5%, Rigotto, 45%; Serra, 41,7%; e Alckmin, 39,9%.
Numa das simulações para o primeiro turno, em resposta estimulada, Lula aparece com 42,5%; José Serra, 31,5%; Heloísa Helena, 5,8% e Germano Rigotto, 2,5%. Noutra dá o seguinte: Lula, 42,2%; Geraldo Alckmin, 17,4%; Anthony Garotinho, 14,4%, Heloísa Helena, 5,1%;
Mas é no segundo turno que Lula tem uma performance maior ainda. Contra os demais tucanos apresentados, o presidente aumentou a diferença. Ele venceria Alckmin por 51,3% a 29,7% e Aécio por 55,7% a 23%. Contra Garotinho, em novembro, daria Lula por 41,8% a 28%. Nessa pesquisa, o resultado ficou 54,1% a 24,1%, sendo que nos três casos, a vantagem do presidente é de mais de 30 pontos percentuais. A pesquisa acrescentou ainda dois novos cenários de segundo turno, contra Rigotto e Heloísa Helena, que não apareciam em novembro. No primeiro, Lula venceria Rigotto por 59,4% a 15,5% e, no segundo, ganharia de Heloísa Helena por 56,6% a 19,3%.
Os serristas acusam a pesquisa de ser forjada. É o caso de Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado, que decidiu pedir ao TSE uma auditoria na pesquisa. “As distorções nessa pesquisa CNT/Sensus são terríveis, eu não acredito nela”, disse Virgílio, que não falou a mesma coisa quando o mesmo instituto divulgou pesquisa favorável ao seu candidato José Serra. O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, serro-pefelista, também disse que “há cheiro de pesquisa forjada”. E lembrou que “quem contrata é suspeito e é ou era sócio do Marcos Valério”, referindo-se ao presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), Clésio Andrade, atualmente vice-governador do tucano Aécio Neves, de Minas Gerais, que é aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Clésio é antigo sócio do PSDB de Minas, foi vice na chapa de Eduardo Azeredo – ex-presidente nacional do PSDB - ao governo mineiro em 98, quando aflorou o tucanoduto.
Serra e seus partidários argumentaram contra as pretensões de Alckmin que seu nome era o que tinha maiores condições de bater Lula, mas com esse resultado o pretexto dos serristas caiu e os deixou em pandemônio contra os alckmistas.
Jornal Hora do Povo

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