Justiça condena à prisão caixa de Serra e Fernando Henrique
O caixa de campanha de Fernando Henrique e José Serra e ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, foi condenado, pela Justiça Federal, a sete anos e meio de cadeia mais multa, em regime semi-aberto, pelos crimes de gestão temerária e desvio de crédito por empréstimos concedidos à empresa Encol, construtora que faliu e deixou mais de 600 prédios inacabados, além de milhares de mutuários prejudicados.
Juntamente com Ricardo Sérgio, outros seis diretores do Banco do Brasil na época foram sentenciados a cumprir a pena de mais de sete anos de cadeia, entre eles, o ex-presidente do Banco, Paulo César Ximenes, os diretores Edson Ferreira, João Batista de Camargo, Hugo Dantas, Ricardo Conceição e Carlos Gilberto Caetano.
A decisão foi tomada pelo juiz Cloves Barbosa de Siqueira, da 12ª Vara do Distrito Federal. A denúncia foi feita pelo presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, que foi acolhida pelo Ministério Público Federal.
As primeiras notícias dos problemas financeiros da construtora Encol começaram em 1995. Após uma auditoria realizada em 1997 e várias denúncias começaram a surgir indícios de uma série de ligações escusas entre os donos da empresa e integrantes do governo Fernando Henrique. Além do Banco do Brasil liberar recursos irregulares para a construtora, foi descoberto que a direção da empresa praticou uma série de crimes como desvio de dinheiro, sonegação de impostos e remessa ilegal de dinheiro para o exterior.
Ricardo Sérgio tem uma longa ficha de ilícitos cometidos contra os cofres públicos, principalmente durante o processo de privatizações em que era encarregado de formar grupos, injetar o dinheiro dos fundos de pensão nestes grupos e recolher propinas dos “vencedores” do “leilão”.
Ao tentar defender Ricardo Sérgio e os demais ex-diretores condenados, o advogado de defesa Antônio Pedro Machado complicou ainda mais a situação deles. Segundo ele, gestão temerária não pode ser aplicada apenas para um ato, ou seja, o advogado acabou reconhecendo a culpa de Ricardo Sérgio e dos outros ex-diretores. Se fosse julgada a gestão inteira a sentença poderia ser pior.
JORNAL HORA DO POVO

AddThis Social Bookmark Button

0 comentários

Postar um comentário