Caracas 2006: 50 mil marcham contra o imperialismo e a guerra
Mural divulga o Fórum em rua de Caracas
Chega de imperialismo, de guerra, pelo fim da ocupação do Iraque e por um mundo melhor que, sim, é possível! Com estas palavras de ordem, mais de 50 mil pessoas de todo o mundo, marcharam ontem (24/1), em Caracas, na Venezuela, dando início ao 6º Fórum Social Mundial e ao 2º Fórum Social das Américas.A marcha saiu da Ciudad Universitaria, seguiu pelo Passo Los Símbolos e desceu o Paseo Los Ilustres até o Paseo Los Praceres. Ao todo, foram cerca de sete quilômetros de caminhada, que terminaram com um ato político-cultural, com a apresentação musical de vários países, entre eles Brasil, Bolívia, Equador, Haiti e Peru. O tom predominante foi o da integração latino-americana.JustiçaCindy Sheenan, a norte-americana mãe de um soldado morto no Iraque que se tornou ícone da luta contra a guerra, esteve presente no ato e exigiu a prisão do presidente George W. Bush. “Precisamos deter a Guerra no Iraque. Precisamos fazer com que nossos filhos voltem vivos do Iraque. Bush tem que ser julgado pelo que está fazendo”. “Nós precisamos de justiça”, conclamou. O recém eleito presidente da Bolívia, Evo Morales, também foi saudado pelos participantes do Fórum, que lembraram o significado da vitória histórica nas eleições presidenciais de dezembro. A posse do líder indígena e cocaleiro representa mais um passo na direção da consolidação do processo de integração da América Latina, que vem sendo protagonizado pelos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasile e Nestor Kirchner, da Argentina. “O irmão Evo Morales está conosco!”.DelegaçõesA maior delegação, além da anfitriã, é a da Colômbia, com cerca de quatro mil participantes. Em seguida estão os brasileiros, com em cerca de duas mil pessoas. Isso se refletiu na marcha, que foi integrada por grupos animados que, com coreografias, expunham suas idéias. Estiveram presentes as juventudes comunistas, revolucionárias, socialistas, armadas, além de exércitos, partidos, movimentos e outros grupos de toda América Latina. Hoje, no primeiro dia de atividades do Fórum, a programação já oferece uma imensa diversidade de opções. Entre elas destacam-se a abertura da Assembléia dos Movimentos Sociais e a conferência “Estratégias imperiais, militarização e resistências dos povos”, que começará às 18h30m.
Desta conferência, participarão Ricardo Alarcón, presidente da Assembléia do Poder Popular (Cuba); Atilio Borón, secretário executivo da Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso); Socorro Gomes, presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e membro do Conselho Mundial da Paz, entre outros. De Caracas,Mônica Simioni
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