"Brasil para frente, Lula presidente": Mais de 20 mil pessoas pedem reeleição de Lula, na Baixada Fluminense


Lula durante assinatura de convênio, na Baixada Fluminense (RJ)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, ontem (20/1), a liberação de R$ 100 milhões para a área da saúde na Baixada Fluminense (RJ). Uma parte deste recurso irá para o Hospital Geral de Queimados e o restante para a ampliação e reforma de 16 unidades de saúde da região.
Cerca de 20 mil pessoas foram ao local da assinatura do convênio entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Queimados, o terreno onde há o esqueleto do hospital, obra que começou a quase 20 anos atrás. Desde o começo da manhã, o público esperou, sob sol forte, a chegada do presidente.
Lula chegou ao local de helicóptero, onde também estavam diversos prefeitos da Baixada, deputados estaduais, federais e senadores. Durante seu discurso, o presidente pôde ouvir várias vezes "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula".
O público exibia faixas e cartazes de apoio ao presidente e interrompeu seu discurso algumas vezes gritando "Ão, ão, ão, queremos reeleição!" e "Brasil para frente, Lula presidente".
O prefeito da cidade, Rogério do Salão (PL), agradeceu a vinda do presidente Lula e disse que a conclusão das obras do hospital era um sonho da cidade. Empolgado, Rogério afirmou que a elite não quer a reeleição de Lula, "mas o povo quer você mais uma vez na presidência. Seu primeiro mandato foi para semear e o segundo será o momento de colher os frutos". O Hospital terá 276 leitos em uma área total de 29 mil quilômetros quadrados e vai gerar mais de 600 empregos.
Povo se orgulhará de ter votado em um "igual", afirmou Lula
Lula rebateu as críticas de que está em campanha. Ele afirmou que tem a cara do povo sofrido e fará com que esse povo tenha orgulho de ter votado "num igual" para presidente.
"Este ano é de colheita muito grande, por isso vamos ver as pessoas dizendo que o ato de Queimados aqui, por exemplo, é campanha eleitoral. Se eu não fizesse, era campanha eleitoral para eles. Entre fazer para eles ou para mim, prefiro fazer para nós", acrescentou o presidente em discurso para público de cerca de 10 mil pessoas em Queimados, na Baixada Fluminense, uma das regiões mais pobres do Estado do Rio de Janeiro.
"Quando eu desci aqui e me deparei com a fisionomia de vocês, eu disse a mim mesmo: essa é a minha gente, porque essa é a minha cara. A minha cara não é a cara da zona sul [do Rio], não é a cara da avenida Paulista [de São Paulo]", afirmou Lula.
"Minha cara é a cara do povo sofrido, que clama por justiça. Mais do que a cara, o sangue que corre nestas veias aqui é o de um retirante nordestino, que não esquece o sofrimento desse povo e que lamenta todo dia não poder ter feito muito mais", disse. "Mas com paciência, pode ficar certo: haveremos de fazer com que esse povo sofrido sinta orgulho de ter votado num igual a ele para ser presidente do país."
Descaso do PSDB
Lula também criticou o descaso do PSDB para com o ProJovem. "Faltou empenho da prefeitura de São Paulo para que o programa tivesse êxito na cidade", disse Lula durante a assinatura do convênio.Em seu discurso, o presidente fez um balanço das atividades do governo, destacando programas sociais e educacionais.Entre os programas, Lula citou o ProJovem, que ainda não chegou ao interior. O programa oferece mais de 200 mil vagas para jovens de 17 a 24 anos que não completaram o ensino fundamental."Nós estamos pagando R$ 120 por mês para eles voltarem a estudar e para poderem fazer um serviço. Algumas prefeituras não assumiram a totalidade das vagas. São Paulo, por exemplo, teve 30 mil inscritos e não teve as vagas ocupadas porque depende muito do trabalho da prefeitura", disse.Ele citou também o Rio de Janeiro, onde o número de inscritos ultrapassou os 30 mil e só oito mil estão cursando. Ele prometeu expandir o programa para a região metropolitana, mais dependente da parceria dos prefeitos com o governo do Estado. PORTAL VERMELHO

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