Estadão publica denúncia vazia contra o PCdoB
Fac simile da matéria do Estadão com sua lista
Por Bernardo Joffily
“O Estadão não se conforma que o PCdoB tenha atravessado incólume sete meses de bombardeio incessante sobre corrupção”, foi como dirigentes do Partido reagiram ao artigo “Câmara banca PCdoB em São Paulo”, divulgado pela Agência Estado e publicado na edição de segunda-feira (12) de O Estado de S. Paulo. O texto começa por afirmar que “o PCdoB distribuiu cargos de confiança na Câmara a pelo menos 11 dirigentes que moram em São Paulo e também garantiu emprego a dois parentes do presidente da Casa, Aldo Rebelo”.
Consternação na sala de imprensa
Na sala de imprensa da Câmara o texto, assinado por Diego Escosteguy, que não costuma cobrir a Casa, causou consternação. É que os jornalistas conhecem bem Rita Polli, a incansável assessora de imprensa da Liderança do PCdoB, onde trabalha, dia e noite, desde janeiro de 2002, quatro anos antes de seu marido ter sido eleito presidente da Casa. Quanto a Apolinário Rebelo, irmão de Aldo, e chefe de gabinete da Liderança, é funcionário da Câmara desde 1995.
O jornalista do Estado não citou as informações que a assessoria de imprensa da Liderança do PCdoB enviou-lhe, por e-mail, na sexta-feira (9), ao saber que ele tinha esta “pauta” (clique aqui para ver a íntegra). Em vez disso, incrementou sua matéria com outras “informações”, entre elas uma lista intitulada “Todos os camaradas de Aldo Rebelo”. Encabeçando a lista está Márcia Xavier, “uma militante que reside em Fortaleza”, que na verdade reside em Brasília, com a filha, trabalha todos os dias na Câmara e sequer é filiada ao PCdoB. A lista contém 15 nomes, embora a matéria se refira a 21; o salário médio é de de R$ 3.530 mensais.
Pedido de resposta e processo
Walter Sorrentino, secretário de Organização do PCdoB, diz que dirigentes do Partido trabalham, sim, “com muito orgulho”e “há muitos anos”, na assessoria da bancada nacional de seu Partido. E que o fato de alguns deles residirem em São Paulo só auxilia este trabalho, já que o Estado mais populoso da Federação é também onde fica a sede nacional do PCdoB. O próprio Sorrentino, que é médico, aparece na “lista do Estadão” com o salário de R$ 4.700 mensais.
Ele destaca que as funções na assessoria da bancada não se confundem com as de dirigente partidário. E lembra ainda que, ao contrário do que pode acontecer em outras legendas, os dirigentes do seu Partido não vivem de rendas ou lucros, mas do salário que obtêm com seu trabalho.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), também não vê nenhum problema para ser denunciado, já que todos os nomes citados prestam de fato assessoria à bancada, e alguns combinam este trabalho com funções da militância partidária. “Não é que eles sejam dirigentes que viraram assessores. São assessores que também são dirigentes”, afirma.
“Quem acreditará numa coisa dessas?”
Sorrentino, depois de atender vários órgãos de imprensa interessados na “denúncia” do Estadão, disse não acreditar que o tema prospere. Mas adianta que o Secretariado Nacional do Partido reuniu-se ontem mesmo para estudar um processo contra o Grupo Estado, por calúnia e difamação. Além disso, tanto a Liderança do PCdoB na Câmara como a direção do Partido entraram com pedido de resposta no jornal.
“O Partido Comunista do Brasil tem 83 anos de história. Quem acreditará que iríamos sujar uma trajetória assim com uma coisa dessas?”, acrescenta Walter Sorrenti
Estadão publica denúncia vazia contra o PCdoB
Fac simile da matéria do Estadão com sua lista
Por Bernardo Joffily
“O Estadão não se conforma que o PCdoB tenha atravessado incólume sete meses de bombardeio incessante sobre corrupção”, foi como dirigentes do Partido reagiram ao artigo “Câmara banca PCdoB em São Paulo”, divulgado pela Agência Estado e publicado na edição de segunda-feira (12) de O Estado de S. Paulo. O texto começa por afirmar que “o PCdoB distribuiu cargos de confiança na Câmara a pelo menos 11 dirigentes que moram em São Paulo e também garantiu emprego a dois parentes do presidente da Casa, Aldo Rebelo”.
Consternação na sala de imprensa
Na sala de imprensa da Câmara o texto, assinado por Diego Escosteguy, que não costuma cobrir a Casa, causou consternação. É que os jornalistas conhecem bem Rita Polli, a incansável assessora de imprensa da Liderança do PCdoB, onde trabalha, dia e noite, desde janeiro de 2002, quatro anos antes de seu marido ter sido eleito presidente da Casa. Quanto a Apolinário Rebelo, irmão de Aldo, e chefe de gabinete da Liderança, é funcionário da Câmara desde 1995.
O jornalista do Estado não citou as informações que a assessoria de imprensa da Liderança do PCdoB enviou-lhe, por e-mail, na sexta-feira (9), ao saber que ele tinha esta “pauta” (clique aqui para ver a íntegra). Em vez disso, incrementou sua matéria com outras “informações”, entre elas uma lista intitulada “Todos os camaradas de Aldo Rebelo”. Encabeçando a lista está Márcia Xavier, “uma militante que reside em Fortaleza”, que na verdade reside em Brasília, com a filha, trabalha todos os dias na Câmara e sequer é filiada ao PCdoB. A lista contém 15 nomes, embora a matéria se refira a 21; o salário médio é de de R$ 3.530 mensais.
Pedido de resposta e processo
Walter Sorrentino, secretário de Organização do PCdoB, diz que dirigentes do Partido trabalham, sim, “com muito orgulho”e “há muitos anos”, na assessoria da bancada nacional de seu Partido. E que o fato de alguns deles residirem em São Paulo só auxilia este trabalho, já que o Estado mais populoso da Federação é também onde fica a sede nacional do PCdoB. O próprio Sorrentino, que é médico, aparece na “lista do Estadão” com o salário de R$ 4.700 mensais.
Ele destaca que as funções na assessoria da bancada não se confundem com as de dirigente partidário. E lembra ainda que, ao contrário do que pode acontecer em outras legendas, os dirigentes do seu Partido não vivem de rendas ou lucros, mas do salário que obtêm com seu trabalho.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), também não vê nenhum problema para ser denunciado, já que todos os nomes citados prestam de fato assessoria à bancada, e alguns combinam este trabalho com funções da militância partidária. “Não é que eles sejam dirigentes que viraram assessores. São assessores que também são dirigentes”, afirma.
“Quem acreditará numa coisa dessas?”
Sorrentino, depois de atender vários órgãos de imprensa interessados na “denúncia” do Estadão, disse não acreditar que o tema prospere. Mas adianta que o Secretariado Nacional do Partido reuniu-se ontem mesmo para estudar um processo contra o Grupo Estado, por calúnia e difamação. Além disso, tanto a Liderança do PCdoB na Câmara como a direção do Partido entraram com pedido de resposta no jornal.
“O Partido Comunista do Brasil tem 83 anos de história. Quem acreditará que iríamos sujar uma trajetória assim com uma coisa dessas?”, acrescenta Walter Sorrentino.
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