tag:blogger.com,1999:blog-18991853.post115015138936396734..comments2023-09-30T13:30:23.270-03:00Comments on Tribuna Petista: Entrevista com o GeraldoUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-18991853.post-1150164856257994042006-06-12T23:14:00.000-03:002006-06-12T23:14:00.000-03:00Fracasso de audiênciaDe O Globo, hoje: "Ao contrár...Fracasso de audiência<BR/>De O Globo, hoje:<BR/> <BR/>"Ao contrário do que a cúpula do PSDB esperava, a oficialização da candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência não conseguiu entusiasmar a militância do partido na festa preparada pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. O auditório da ExpoMinas, com capacidade para 4.500 pessoas, em nenhum momento ficou lotado e durante o discurso de 19 páginas lido por Alckmin o público presente ficou reduzido quase que à fila do gargarejo".<BR/> <BR/>A maioria das pessoas que empunhavam bandeiras de Geraldo Alckmin na convenção admitiu ter ouvido o nome do candidato tucano à Presidência pela primeira vez. Levadas a Belo Horizonte de ônibus, disseram que a viagem foi motivada pelas promessas de lanche grátis e de emprego na campanha.<BR/> <BR/><BR/>No meio da platéia, estava dona Jurema, uma senhora que acabou de adentrar a bela casa dos setenta anos.<BR/>Politiqueira desde a juventude, daquelas que adora portar a bandeira de um candidato, levando com fé e afinco a “profissão” de cabo eleitoral.<BR/>Participara, nos bons tempos, da campanha de Juscelino ao Governo de Minas e depois à presidência da república.<BR/>Lembrava-se de Tancredo, Magalhães Pinto e isso a deixava arrepiada só de pensar.<BR/>Trabalhara na campanha de Israel Pinheiro e depois tivera certa amizade com Rondon Pacheco; sendo amiga íntima de Itamar Franco e de Aécio Neves. <BR/>E é por isso que fora para essa festa além, é claro, da possibilidade de “ganhar uns trocados” como experiente “caçadora de votos”.<BR/>Mineiramente, se aproximou de um conhecido e perguntou quem era o moço que ela devia apoiar.<BR/>Esse também não sabia; mas, seu Juca, velho companheiro de comícios e de carreatas, mostrou o candidato.<BR/>Era um careca narigudo, de óculos, parecido com aquele repórter da televisão que trabalha com aquela moça loura, grandona...<BR/>“Mas esse moço não tem cara de político não, seu Juca. Como é o nome dele?”<BR/>“Geraldo”. Respondeu o companheiro.<BR/>“Nunca ouvi falar. Ele fez o que?”<BR/>“Foi Governador de São Paulo”.<BR/>“Mas não era o Maluf?” perguntou dona Jurema.<BR/>“Isso faz tempo, esse é o atual.”<BR/>Olhando bem para a cara do sujeito, dona Jurema, desconfiada, ficou quieta.<BR/>Esperar ele falar primeiro para depois julgar, quem vê cara não vê coração.<BR/>Depois que o moço começou a falar, pausadamente, com aquele jeito de quem está cansado; dona Jurema, que era uma das primeiras da fila, foi se afastando, disfarçadamente.<BR/>O cachorro quente com ki-suco que deram para o pessoal comer, não caiu bem, e a sonolenta fala do candidato, foram dando um sono tão profundo na velha senhora que, sem que ninguém percebesse, ela resolveu voltar para o ônibus e começou a dormir.<BR/>Começou a se lembrar dos discursos inflamados de Juscelino que ouvira na juventude, foi dando uma saudade doida.<BR/>E dormiu, e sonhou, e sonhou e dormiu.<BR/>Quando acordou, duas horas antes, ficou preocupada. Será que o moço ainda estava falando?<BR/>Olhou para o lado e viu que várias pessoas tinham seguido seu exemplo e voltado para o ônibus.<BR/>Resolveu, então, voltar para o auditório a tempo de ouvir as últimas palavras do candidato.<BR/>Profissionalmente, assim como quase todos que estavam ali, aplaudiu e cantou as hip hurras de praxe.<BR/>Mas desta vez, ao contrário de tantas outras, saiu com a mesma impressão com a qual chegou.<BR/>Aquele moço disse muito, falou muito e não disse nada.<BR/>“Aecinho, você me paga, colocar a gente numa furada dessas!” Pensou a setuagenária senhora.<BR/>Mas, como o cachorro quente e o ki-suco, além da camiseta e do emprego estavam garantidos, nada falou.<BR/>Afinal cavalo dado, não se olha os dentes, mesmo que o cavalo seja banguela!MARCOS LOUREShttps://www.blogger.com/profile/11558669370003205522noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18991853.post-1150161529339381392006-06-12T22:18:00.000-03:002006-06-12T22:18:00.000-03:00Uma das máximas de Voltaire dizia que, “embora não...Uma das máximas de Voltaire dizia que, “embora não concorde com nada do que dizes, lutarei até a morte pelo direito de dizê-las”.<BR/>Essa é uma das mais belas traduções de democracia que temos. Porém, o que vejo, espantado, surgir nesses tempos é a figura da “direita raivosa”.<BR/>As reações, geralmente anônimas, a qualquer afirmativa que contrarie os “ideais” dessa turma são de baixíssimo nível, de uma agressividade comparável a de uma “esquerda raivosa” do passado.<BR/>Qualquer afirmativa que seja de apoio ao governo atual significa para a anencéfala turba que quem a faz é ladrão, corrupto, sem vergonha, canalha. Como se defender os desmandos dos desgovernos anteriores fosse indício de honradez.<BR/>As postagens feitas sem nenhuma argumentação lógica, são torpes e inúteis.<BR/>Ainda mais quando anônimas, pois de anônimo não tem dono.<BR/>Essa tentativa cômica de tentar inibir os pensamentos contrários é infantil e demonstra a imaturidade tanto de argumentos quanto da capacidade de exercer corretamente a cidadania.<BR/>Me recordam as “argumentações” feitas nos programas cults como os que envolvem os famosos “testes de DNA”. Isso é de um primarismo relevante.<BR/>Mas, pior que isso é, quando do lançamento da candidatura do Dr.Geraldo, esse ter sido o tom dos discursos.<BR/>Se for essa a tônica predominante da campanha eleitoral, a situação pode descambar para o ridículo, a ponto de termos que assistir uma inepta luta sobre o nada, com tantas intervenções do TSE, que corremos o risco de termos os horários gratuitos completamente tomados pelos “direitos de defesa”.<BR/>Cabe lembrar que, se formos denunciar cada CPI arquivada pelo governo tucano, teremos mais de uma por dia. Vai faltar horário para tanta denúncia.<BR/>O livre pensar é só pensar; já as ofensas sem pé nem cabeça, principalmente a quem não conhecemos e com quem não convivemos, escondidas sobre pseudônimos ou mesmo inonimadas são inválidas e atestam a incapacidade de conviver com o diverso.<BR/>Resumindo, demonstra a intolerância típica dos imbecis ou dos autistas.<BR/>Antes que se sintam ofendidos, procurem a definição médica de imbecilidade e de idiotia, ou mesmo de cretinice.<BR/>Acredito ser de bom tom uma melhor avaliação das relações interpessoais e do respeito à opinião alheia.<BR/>Aceitar as críticas é conviver, quanto às ofensas é perdoar.<BR/>“Perdoe-os, meu Pai, eles não sabem o que fazem”.<BR/>Quanto à direita raivosa, meus parabéns, vocês aprenderam com a esquerda tão raivosa e imbecil quanto.<BR/>Por isso, é bom repetir o provérbio árabe: “Os cães ladram e a Caravana passa”.MARCOS LOUREShttps://www.blogger.com/profile/11558669370003205522noreply@blogger.com