Vingança do Guerrilheiro - Capítulo Final

Por: Marcos Loures

Em convenção realizada no dia 13, o PMDB decidiu que não terá candidato próprio a presidente. Uma liminar suspendeu os efeitos do encontro, mas quase ninguém mais aposta que o PMDB disputará a Presidência. A decisão teria levado em conta uma eventual candidatura própria à Presidência encabeçada pelo senador Pedro Simon (RS), como última tentativa de desbancar a ala governista." Tudo correndo da forma planejada. Devidamente coroada de êxito a intervenção de Itamar no PMDB, com sua candidatura-fantoche, conseguindo o que queria e desejava, conforme acerto com José Dirceu, com escrevi no artigo "A vingança do Guerrilheiro" postada em 24 de abril de 2006.Dirceu e Itamar, como bons mineiros e, principalmente, como dois bons políticos mineiros, ao agirem desta forma, deram xeque-mate tanto nas pretensões de Garotinho e de Alckmin á Presidência da República.A candidatura do velho Topete, de gênio ácido, mas de caráter e probidade morais intocáveis e indeléveis, trouxe um capítulo novo na Guerra Sucessória.A relação de Lula com FHC e com ACM, principalmente pela forma cordata com que Lula aprendeu a conviver com os antagonistas, raramente levando ao campo pessoal as diferenças políticas, é muito mais pacífica do que, se compararmos a de Itamar com ambos.Itamar, num utópico segundo turno contra Lula levaria o PSDB e o PFL a uma incômoda posição de ter que apoiar Lula, a quem quiseram, de todas as formas atingir com uma bateria ininterrupta de fogo contínuo, usando nas três CPIs, um palanque eleitoral de formas inauditas e inéditas na história da república.Pior até do que a metralhadora anti Juscelino e anti - Jango capitaneada pela UDN lacerdista, numa ação tão desastrada que, depois de ter levado Getúlio ao suicídio, nos trouxe "de presente" a longa ditadura militar.Comprido o dever de salvaguardar a candidatura por que optou há tempos, Itamar volta seus olhos ao Senado mineiro, onde deverá se eleger, e com folga.Merecidamente, diga-se de passagem, pois sua vida limpa, com suas lutas pela democracia no velho MDB, depois sua atuação, enquanto presidente da República, com uma administração limpa, sem grandes complicações, principalmente depois da turbulência causada pelo impedimento de Collor, me dá a certeza do caráter íntegro desse Mineiro.Itamar ainda tem o cacife de poder, e irá fazê-lo, imobilizar Aécio Neves que sabe e muito bem que, sem ter o velho cacique ao eu lado, ou pelo menos não o tendo frontalmente contrário a si, terá condições de se reeleger. Pois senão, NÃO SE REELEGERÁ.Ele sabe muito bem disso, e duvido que entre com toda a força no BARCO furado que é a candidatura de ALCKMIN.A estratégia de Itamar e Dirceu contou com o apoio explícito, e que apoio, dos próprios Garotinho, com sua GREVE DE FOME, e de ALCKMIN COM SUA GUERRA CIVIL.Agora com a situação totalmente sob controle e a eleição de LULA NO PRIMEIRO TURNO garantida, Itamar retorna seus olhos ao Senado Federal, o que era, desde o início seu objetivo primário.
Saúdo-te velho marinheiro, grande juiz-forano e podes contar com meu voto para sua caminhada rumo ao CONGRESSO FEDERAL.Creio que sua participação naquela casa confusa, irá dar um quê de dignidade que falta ao Legislativo nacional.

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3 comentários

  • Anônimo  
    25/5/06 7:42 AM

    GUIMA, NESSE ARTIGO ESTOU USANDO UM PSEUDÔNIMO = PAULA EVILÁSIA SOUZA, O QUAL JUSTIFICA-SE POR "CUTUCAR" A ELITE PAULISTANA ABJETA E ASQUEROSA, COM ELE VOU PODER PESAR A MÃO UM POUCO MAIS.
    ESSES ARTIGOS NÃO VÃO SER PUBLICADOS NA ALAMEDA NÃO, SÃO EXCLUSIVOS PARA VC.
    COM UM ABRAÇO SOLIDÁRIO DE MARCOS LOURES. ALEGRE 25/05/06

    Nordestinos Paulistas- por Paula Evilásia Souza:

    Uma coisa tem me chamado a atenção nesses dias, o fato de Alckmin e José Jorge terem perfis tão parecidos.
    Tanto fisicamente quanto o aspecto meio insosso de ambos.
    Essa característica de similaridade me permite uma observação: o quanto se parecem a burguesia paulista e as oligarquias nordestinas.
    O fato de ter sido São Paulo, durante sua história, uma província tanto política quanto cultural, gerou esse tipo de “aristocracia” similar à nordestina.
    O peão escravizado no Nordeste, ao se mudar para São Paulo, apenas trocou de chicote, mas o Senhor de Engenho foi substituído pelo dono da Fábrica ou pelo patrão burguês.
    O mais nefasto disso tudo é a forma com que a tão amaldiçoada burguesia, tanto lá quanto aqui, trata esses infelizes brasileiros, na porrada!
    As mortes sem sentido nem nexo oferecidas pelos coronéis no Nordeste, são as mesmas dos esquadrões da morte servis aos “burgueses” paulistas.
    A escravidão é a mesma com a mesma subserviência dos setores mais “influentes” de Comunicação, como a Veja, a Folha de São Paulo, a Isto É, o Estado de São Paulo, etc...
    Tudo isso me dá o asco que se pode esperar que possa acontecer com a filha de um nordestino, acostumada aos disparates dessa desigualdade social e à mão pesada dos “capitães de mato” de lá como daqui.
    Ser pobre e nordestino em São Paulo é tão pecaminoso quanto ser lá, nos grotões das Alagoas, da Bahia, do Ceará etc..
    O carcará que vive da fome e da miséria nordestina se reedita nas promessas a cada eleição, mas, aqui, há um aspecto diferente.
    O sonho da classe média paulista que, na maioria das vezes se equipara a estratos da oligarquia nordestina, é se transformar em burgueses.
    A menina tem como objetivo poder entrar nos restaurantes das elites, proibidos à massa faminta e “periférica”, enquanto que essa mesma menina sonha com um dos vestidos da Daslu e congêneres.
    São Paulo é a maior cidade do Nordeste e, portanto, Juca Chaves acertava quando dizia que o paulista “é o baiano que deu certo”.
    Isso se demonstra a cada dia, nessa guerra social sem fim que ocorre em São Paulo, e isso me traz de volta as semelhanças entre José Jorge e Geraldo Alckmin, é como se eu visse na mesma foto Maluf e Toninho Malvadeza; são frutos podres da mesma árvore do colonialismo, da geração de centenas de milhares de infelizes que, GRITAM nas mesmas “baladas” regadas ao som das Gretchens e Amados Batistas da vida.
    Onde a dor individual ou o apelo erótico descabido e escondido por uma lente falsa e deformadora têm o mesmo paladar, tanto para o paulista quanto para o nordestino.
    Esse chicote que transformou ambos os povos em massas idênticas, nas manobras incessantes de cretinas atuações políticas, têm que parar.
    A hora é de dizer não aos velhos e podres poderes; tanto lá quanto aqui.
    São Paulo merece coisa melhor que isso.
    E, a única forma para que se acabe com essas deformidades asquerosas e pútridas, é não dar mais voz a esse tipo de política e de político.
    Jazer com os Malufs, Antonio Carlos Magalhães, José Jorge, Alckmin é, na verdade, possibilitar a essa massa enorme de peões, paraíbas, cabeças chatas, mineiros, tanto de lá quanto daqui, o nascimento de um novo tempo; o da dignidade.

  • Anônimo  
    25/5/06 9:39 AM

    O RETRATO DE DORIAN GRAY



    24 de maio de 2006 - 21:43
    Tucanos tentam vincular PT à facção criminosa PCC

    O movimento partiu do senador Arthur Virgílio e do deputado Alberto Goldman
    Christiane Samarco

    BRASÍLIA - Os tucanos fizeram hoje um movimento para tentar vincular o PT ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), leu da tribuna uma nota divulgada pela internet sobre um ofício secreto enviado pela Polícia Federal ao governo de São Paulo.
    O documento se referia a uma mensagem que o PCC teria disseminado pelos presídios paulistas no início de maio estimulando levantes e recomendando o voto no PT. "Ainda bem que o PSDB não tem esses votos. Isso nos deixa honrados", disse Virgílio. "Não queremos os votos do PCC. Queremos eles todos na cadeia. Eles que votem no PT."
    Na Câmara, o deputado Alberto Goldman (SP), vice-presidente do PSDB, denunciou "a falta de escrúpulos" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha pela reeleição. Irritado com críticas presidenciais à oposição, que segundo declarações de Lula não gosta de povo, só gosta de ar-condicionado, Goldman não deixou por menos.
    Goldman comparou a forma com que o presidente e o líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, fazem uso da miséria. "O Lula se utiliza da pobreza, da miséria e das injustiças sociais, da mesma forma que Marcola o faz. A fonte de ambos é a mesma", atacou Goldman no plenário.
    Segundo o tucano, Lula faz uso dos pobres para se manter no poder, do mesmo jeito que Marcola usa a pobreza e a miséria para organizar o crime. Goldman lembrou que o traficante pratica ações sociais e firma sua liderança, dando assistência às famílias de companheiros da organização criminosa que estão na cadeia, só para destacar que o presidente Lula também procura tirar proveito eleitoral dos programas assistencialistas do governo.





    Essa notícia vinculada no dia 25/05/06, pela Folha de São Paulo demonstra o subnível tanto intelectual quanto moral dessa oposição desastrada.
    Tentar vincular o PT com o PCC é, não somente uma tentativa de “tirar o da seringa” quanto, principalmente uma ação criminosa equiparada às asneiras ditas por FHC no Roda Viva e na Isto É.
    A desfaçatez de um Arthur Virgílio chega às raias da sandice absoluta, demonstrando a que nível pode ir essa campanha eleitoral que se aproxima.
    A burguesia fedorenta e asquerosa adora esse tipo de discurso vazio e sem provas, simplesmente agressivo e indecente.
    Mas, o que se pode esperar de um tipo de gente capaz de colocar a mãe em leilão para satisfazer os desejos de seus patrões norte americanos; ou as privatizações não tiveram esse aspecto?
    Pior que isso, o fato de terem se apropriado indevidamente do Plano Real como se o mesmo fosse de autoria do falastrão socialista, quando todos conhecem a paternidade de tal plano econômico, feito à época de Itamar Franco e pela sua equipe econômica, a não ser que o incompetente sociólogo tivesse se transformado, por um milagre em um economista genial.
    Cabe dizer que, quando andou com suas próprias pernas, tal “gênio” da economia, destroçou esse país.
    Filho bonito dos outros é nosso né safardanas?
    O PCC é filho de uma política espoliativa e criminosa de destruição das camadas mais simples da população, e isso pode ser constatado nos desgovernos tucanos ao longo da última década.
    A mãe do PCC é a miséria, e a incompetência administrativa, sendo que uma é o efeito da outra e ambas alimentadas pela oligofrenia absurda que assola esses “intelectuais” tucanóides.
    Filho desse casamento demonstra a face inescrupulosa desse “pai”, desnaturado e hipócrita. Não reconhecendo na face do filho, reflexo da cara de pau do papai, o filho tão similar ao emplumado progenitor.
    Um Goldman, mais à shitman que qualquer coisa, deveria ter escrúpulos ao falar nesse termo, de significado desconhecido para quem sempre, sem nenhum pudor, esvaziou o estado brasileiro, sucateando-o à exaustão, transformando os sonhos de um país em um balcão de liquidação do bem público e, pior, ameaçando repetir tal feito se reconquistar o poder.
    Para quem foi o principal fomentador da fome nesse país, falar que o governo usa a miséria chega a ser indecente.
    O país, no final do Governo passado, mercê da abertura dos mecanismos internacionais para esvaziar economicamente nossa pátria, estava à míngua, numa derrocada que parecia irreversível.
    A política de terra arrasada usada pela canalha que, agora vem com essa história de tentar vincular o produto de seu casamento com o que havia de maior excrescência no mundo, com o neoliberalismo pilantra e gerador de diferenças sócias, deixou para o Povo Brasileiro essa herança tão nefasta quanto difícil de ser administrada.
    Assumam seus atos, pois o povo brasileiro não é tão imbecil quanto vocês pensam, e o PCC, filho “bom” que é, parece-se demais com o fermento de onde surgiu em suas ações criminosas e na facilidade de poder compor com o governo do Estado.
    Quem planta o que o PSDB plantou quer colher o quê?
    O duro é que a colheita está sendo imposta sobre uma sociedade que, de tão apavorada, agradece aos “grupos de extermínio,” numa lógica absurda, o que deveria ser imputado à incompetência de um desgoverno que, para minha tristeza, o governo paulista há 12 anos.

  • MARCOS LOURES  
    25/5/06 10:36 AM

    DA MINEIRICE E DE AÉCIO NEVES


    Todo blindado
    De Renata Lo Prete na coluna Painel da Folha de S. Paulo, hoje:

    "Em recente pesquisa qualitativa, um homem de classe C, subempregado em Recife, descrevia a melhora em sua vida sob o atual governo: um ou outro bem de consumo adquirido para a família. Quando o mediador lhe perguntou sobre os escândalos, ele respondeu: "Isso eu não quero nem falar". E sobre o envolvimento do presidente. "A gente não quer acreditar que o Lula traiu a gente. Se não, como é que a gente fica?".
    Quem assistiu acha que essa fala, além de ajudar a explicar os resultados de Datafolha e Sensus, ilustra bem a sinuca em que estão os tucanos: se insistirem em bater no presidente, poderão acabar confinados ao terço do eleitorado que nunca quis saber de Lula".



    Noblat é um camarada extremamente tendencioso, muitas vezes agressivo e na maioria das vezes antipático e irritante. Porém muitas vezes coloca as coisas com inteligência e isso tem sido raro, principalmente nas oposições, mas vamos lá:
    O aspecto primordial do colocado nesse comentário da colunista Renata é que, o PSDB e o PFL, pelo que temos visto, caminham irmanados para o rumo indicado pela comentarista.
    O voto em Lula não é partidário, é VISCERAL. O que esse pessoal ainda não entendeu é o caráter essencial de um povo que é desconhecido para a maioria dos políticos e jornalistas brasileiros.
    Quem me conhece sabe que tenho uma vida inteira de contato com a população mais brasileira de todas, o CAIPIRA MINEIRO.
    Minas é o reflexo de todo o Brasil, apresentando todos os aspectos do Nordeste, do Sudeste e do Centro Oeste brasileiro.
    Principalmente no ato de fazer política que, para o mineiro, é tão vital quanto o comer, dormir, tomar banho; viver enfim.
    O mineiro por ser conservador é talvez o último a fazer da mudança seu lema; mesmo que tenha sido à base de grandes partes das mudanças ocorridas nesse país, ele é basicamente tradicionalista.
    As mudanças em Minas são devagar, de vagar e vagar muito antes de senti-las para, depois realizá-las, sendo necessária sua absorção por todos os órgãos do sentido para se tornarem reais, efetivas.
    Na história brasileira temos grandes políticos mineiros, além de grandes revolucionários.
    Isso, ainda hoje ocorre nas figuras de um “guerrilheiro” Jose Dirceu, na de um Itamar Franco entre outros.
    O próprio Aécio Neves, neto de uma das maiores raposas da política nacional, tem esse aspecto de mineirice impagável.
    Tucano sem asas ou bicos lapidados em São Paulo, berço dessa divisão do PMDB, causada por conflitos locais com Quércia, seu atrelamento ao PSDB é bem menor do que com o PMDB do avô.
    Suas origens políticas são as do observador que, macaco velho, não coloca nunca a mão em cumbuca vazia, muito menos furada.
    E o PSDB/PFL de hoje não são somente uma cumbuca furada não, correm o risco de, pelo veneno que embutem e pela carga pesada de um passado não muito confiável, ferir quem quer que coloque a mão lá dentro.
    É por essas e outras que Heloisa Helena, Bob Freire e o PDT não embarcaram nela não.
    Muito menos o mineiro Aécio, Aécio, mas não beócio, como poderiam imaginar alguns.
    O “namoro” de Aécio com Itamar demonstra tal posicionamento, muito mais tancredista do que se imagina. O PSDB pode ser usado por ele, nunca o usar.
    E isso se estampa a cada dia, em que Aécio se afasta, sorrateiramente de qualquer embate com relação a Lula para se refugiar na matreirice que possui e não nega suas origens nas alterosas.
    Tancredo conseguiu na sua vida política estar sempre numa situação eqüidistante entre as oligarquias e o povo; sendo, como bom observador que era, mais um vagão seguindo a locomotiva que era seu povo do que uma imbecil “locomotiva” a esmo, como parece a maior parte do tucanato paulista. E também ao contrário de Brizola que tinha luz intensa própria e mesmo sem ter esse poderio de liderança do velho engenheiro, Tancredo conquistou muito mais do que qualquer outro político nacional.
    Lula é hoje, não somente aceito como, principalmente amado pelos mineiros e, por conseguinte, pelo povo brasileiro, LULA E NÃO O PT, diga-se de passagem.
    É nesse vazio entre partido e político que aposta Aécio que, não se surpreendam, pode vir em 2010 pelo PMDB e não pelo PSDB paulista e, a continuar essa desvairada forma de agressões gratuitas e diárias, podem apostar que esse será o caminho de Aécio, bastando para tanto, que Newton Cardoso seja devidamente colocado à margem do PMDB.
    Tudo isso me leva a um pensamento bem definido: quem quiser ganhar as eleições no Brasil, necessita conhecer a alma do caipira mineiro e suas aspirações.
    Quando Minas não quis Lula, temendo-o, elegeu Collor e depois FHC, mas, ao perceber que essa opção tinha sido errada e que o bicho Lula não era “tão feio quanto parecia” o elegeu.
    Ao perceber que acertou, irá continuar com Lula até quando esse não o decepcionar.
    Como não pode haver uma terceira eleição, Aécio aposta no seu conhecimento de mineirice para poder dar o bote, cobra criada que é.
    No PMDB, quem viver verá!

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