"Se não fosse o problema de tempo, nós convocaríamos o Dantas"...Sei.

Por: Marcos Loures

Entrevista a Paulo Henrique Amorim que desistiu de convocar Daniel Dantas para prestar depoimento em razão de o banqueiro ter enviado uma carta à Justiça de Nova York em que afirmava ter sido achacado pelo PT.Quando depôs à CPI no ano passado, Dantas havia negado que o suposto achaque tivesse ocorrido. O argumento do senador para não convocar Dantas agora é que não há mais tempo para esse depoimento. Mas a CPI vai ouvir na próxima terça-feira o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Ele é quem responderá se o PT pediu dinheiro ao controlador do Opportunity.Garibaldi Alves já havia manifestado o interesse em convocar Dantas e sua irmã Verônica, quando a cópia da carta que foi enviada à Justiça de Nova York se tornou pública no Congresso. A cópia foi distribuída pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Na ocasião, Virgílio afirmou à reportagem do Conversa Afiada que também queria convocar Dantas para esclarecer o assunto.Quando Paulo Henrique Amorim perguntou a Garibaldi Alves se essa decisão de convocar Delúbio e não Dantas confirma as críticas do Governo de que a CPI só ouve pessoas que incriminam o PT, o senador respondeu que não acredita nessa possibilidade. Segundo ele, Delúbio já estava convocado há muito tempo. "Se não fosse o problema de tempo, nós convocaríamos o Dantas", afirmou.Garibaldi Alves disse também que não há tempo para atender à solicitação do senador Romeu Tuma de convocar uma acareação entre Daniel Dantas e o jornalista Marcio Aith, da revista Veja. Segundo Garibaldi Alves a CPI precisa encerrar os trabalhos para apresentar o relatório para a sociedade.

Conversa afiada - Paulo Henrique Amorim

Final melancólico de uma CPI feita para investigar os bingos e que se formou para investigar denúncias ligadas a esses.Essa CPI, por tantas e tantas ingerências em tudo quanto denúncia que aparecesse, acabou se transformando na CPI do Fim do Mundo, como poderia também ser chamada de CPI do circo, devido ao fato de ter tido inúmeras atrações "circenses" e desconexas, formando um caldeirão de misturas várias e sem sentido.Por grande parte do tempo se transformou numa tentativa a qualquer custo de incrimino PT e o Governo federal em todo e qualquer episódio, mesmo os mais inauditos e sem sentido ou nexo com os motivos para os quais foi criada.Vamos tentar entender essa "orgia" do non-sense:No início tivemos a busca da investigação sobre o caso Valdomiro, e pelo fato de ter havido ligações com um ex-assessor de Palocci demitido por esse, e acusado de crimes como desvio de dinheiro, lavagem de dinheiro; portanto um sujeito acima de qualquer suspeita (de ser honesto), e pelo "canto da sereia" da delação premiada fez acusações devidamente sem provas contra a administração de Palocci à frente da prefeitura de Ribeirão Preto.Depois disso, por ilação tentou-se de todas as formas, associar esse pretenso esquema de corrupção ao assassinato do companheiro Celso Daniel, se utilizando da fragilidade da família desse que, mesmo sem provas ajudou a criar uma imagem de "queima de arquivo". que, ao contrário do provável assassinato feito sob o comando do "Sombra", provável lobista que agia à revelia de Celso Daniel, até ser descoberto por esse e elimina-lo por esse não concordar com os métodos usados POR SOMBRA, e não pelo PT, obviamente alheio a isso.Depois desse fato, evoluiu para a busca incessante de tentar a qualquer preço "criar" uma rede de intrigas que iria desde a entrada de dólares cubanos, até a ajuda de bingos na campanha eleitoral de Lula, que por coincidência e ato de ingratidão mandou fechá-los e investigar a lavagem de dinheiro que pode e deve estar associada a alguns deles.Ah devo dizer que, a única vez que temos referência a bingos nessa história toda é nessa acusação sem pé nem cabeça de Rogério Buratti.Terminando essa história toda tivemos as denúncias contra Palocci, também improváveis e sem comprovação, acontecendo na infeliz idéia desse quebrar o sigilo do caseiro fofoqueiro e pior, de alguém divulga-lo como se fosse um troféu o que, na verdade era a prova do crime.Quiseram também investigar coisas realmente ligadas a um bingo, as contas pessoais do amigo de Lula e do seu filho.Como se, o empréstimo de dinheiro ou o fato de ser sócio de uma empresa e essa ter tido investimento de capital privado sejam proibidos a família de um presidente da república, sendo permitida a todos nós, pobres mortais.A tentativa, sem sucesso de envolver assessores de Lula e pessoas de seu círculo de amizades, totalmente sem sentido e direcionada, claramente a tentar criar factóides para incriminar o presidente, deságua nessa aberração:Terminando pelo início da outra CPI, deve tomar depoimento de DELÚBIO SOARES, isso mesmo, DELÚBIO, mas espera aí; que que Delúbio tem a ver com os bingos?E pensar que o nosso dinheiro foi gasto neste Circo sem graça e sem nexo.QUERO MEU DINHEIRO DE VOLTA, SÓ TEVE MARMELADA E O PALHAÇO DISSO TUDO ACABOU SENDO A PLATÉIA.

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4 comentários

  • Anônimo  
    23/5/06 3:28 AM

    Para mim, continua sendo a CPI DE FINS IMUNDOS.

  • MARCOS LOURES  
    23/5/06 9:36 AM

    22 de maio de 2006 -

    BRASÍLIA - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República entendeu que o ministro da Justiça não cometeu nenhuma infração ou foi aético ao levar à casa do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, no dia 23 de março, seu amigo e experiente advogado criminalista, Arnaldo Malheiros Filho, para discutir os tipos de crimes que teriam sido cometidos com a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
    Leonencio Nossa e Tânia Monteiro (estado de são Paulo)

    Essa notícia demonstra que o bom senso prevaleceu. Até que ponto pode ser proibitivo uma pessoa, independente de quem quer que seja e em que situação esteja pedir a indicação de um amigo ou a outra de suas relações sobre a indicação de qualquer profissional para assisti-lo em uma situação que necessite.
    Seria muito difícil entender até que ponto não poderíamos, por qualquer motivo, perguntar a um médico sobre qual colega esse indicaria se estivéssemos necessitando; ou um odontólogo, ou um advogado.
    A insistência da oposição em tentar transformar esse fato corriqueiro em um cavalo de batalha demonstra, na verdade, a que ponto ou vai à tentativa a qualquer preço; mesmo o da lógica e da liberdade, não digo de um Ministro, mas de um homem comum, um cidadão, em fazê-lo, ou a visão torpe dessa do que seja DIREITO E CIDADANIA.
    Obviamente, os dois aspectos têm que ser analisados; sem nenhum preconceito e sem qualquer aspecto ideológico.
    Temos visto, muitas vezes, a assistência a esse nível dada por ADVERSÁRIOS, quer no campo político, econômico ou religioso.
    A tentativa a qualquer preço de coibir esse tipo de relacionamento entre pessoas, é tentar PROIBIR A CIDADANIA.
    O fato, vindo de quem veio, e da maneira que foi colocada não me causa espanto, pois muitos dos membros da oposição brasileira ascendem ao tempo da ditadura, onde os direitos do homem e do cidadão eram colocados em segundo plano.
    Recordo-me da tentativa absurda de “fritarem” a qualquer preço, o Ministro Márcio Thomaz Bastos, de forma absurda e ditatorial.
    A bem da verdade, isso demonstra o total desequilíbrio e irracionalidade a que chegou os vários grupos opositores brasileiros.
    O desespero e a vontade de atingir a qualquer preço, o Presidente da República de forma racional ou irracional, levam a figuras de retórica contra sensuais como essa.
    Mais uma vez, como em tantas outras, o bom senso prevaleceu.
    E tudo volta à normalidade na República, para o bem da democracia e da cidadania.
    Fica talvez a lição a ser aprendida; OS MEIOS NÃO JUSTIFICAM OS FINS, pois a impressão que resta é a do golpismo a qualquer preço, mesmo que das liberdades pessoais ou coletivas.

  • Anônimo  
    23/5/06 11:28 AM

    Da derrocada do Império Norte Americano e suas conseqüências.
    A queda da Bolsa no Mundo Inteiro ontem, teve um aspecto extremamente preocupante a curto e médio prazo, mas ao mesmo tempo serve de alerta a todos os “irresponsáveis” que lutam ferozmente contra o socialismo, trazendo uma bandeira “neoliberal” como “forma de transformação e melhoria de vida”.
    O caos administrativo de Bush, ao comprar guerras que não lhe pertencem , levando os EUA a um Vietnã mil vezes ampliado, está levando seu país à bancarrota, com uma sangria diária tanto moral, quanto política e, pior econômica.
    Todo gigante quando cai, trás, nessa queda, destruição e tremores de terra, e a queda do gigante americano não está sendo diferente.
    Tivemos, nesses dias, uma pequena demonstração do que isso pode e irá causar sobre o equilíbrio econômico político da humanidade.
    E isso será, num primeiro momento, catastrófico, como podemos observar durante esses dias.
    No dia 22 de maio, por exemplo, as bolsas chegaram a cair em até 10 e 11 por cento na Índia e na Rússia, no Brasil, essa queda foi em torno dos 4 por cento, grande, mas relativamente menor.
    A Guerra do Iraque, sem fim e sem final previsto, enquanto não se tornar uma guerra civil franca e extremamente sangrenta, por conta da inadmissível e injustificável intervenção dos EEUU e da Europa, ferindo o direito da autodeterminação dos povos, consome cada vez mais dinheiro e vidas.
    O povo americano, cada dia que passa está pagando uma conta que não é sua, simplesmente para alimentar o sonho belicoso de um débil mental sem nexo e coerência, em troca de votos ou de uma “vingança” contra um terrorismo criado e alimentado pelos desgovernos republicanos.
    A idéia de acabar com o comunismo no mundo, iniciada no “cow-boy” classe B Ronald Reagan, depois continuada por George pai, criou pelos apoios “estratégicos” dado a Saddam, na guerra contra o xiísmo iraniano e a Bin Laden contra os soviéticos nas décadas passadas, gerou um desequilíbrio ímpar na região do Oriente Médio, onde a religião se mistura com política, necessariamente.
    A luta incessante, muitas vezes com razão, como no caso da autodeterminação palestina, gerou, ao longo das décadas, um sentimento anti-semita e anti-norteamericano de gravíssimo teor.
    Ao se imiscuir nesse barril de pólvora, sem ter ao menos o respeito às diferenças regionais e religiosas, transformou um barril de pólvora em nitroglicerina pura e com seus agravantes econômicos e sociais.
    Toda e qualquer violência, além de espúria, gera um reação, mesmo que tarde, porém nunca tardia.
    E isso ocorreu no 11 de setembro, nada mais nada menos que uma reação , em menor escala, diga-se de passagem, à violência impetrada pelos Estados Unidos no decorrer das décadas anteriores.
    O pânico gerado pela agressão, feita a um povo que tem por costume agredir, sem nunca ter sido agredido em seu solo anteriormente, CRIOU um FANTOCHE espúrio e inconseqüente, com teor intenso de paranóia e esquizofrenia moral: o fantasmagórico Bush.
    Sua intervenção no AFEGANISTÃO, contra aqueles que protegera e ajudara , associou-os aos já rancorosos antes destruídos pelos mesmos EUA e, volta e meia temos ações contra soldados e agentes americanos que, a cada trapalhada contra civis aumenta o rancor e alimenta o ódio antiyankee.
    Já no Iraque, as coisas chegaram às raias do absurdo. Sob uma desculpa esfarrapada e nunca comprovada, contrariando e desmoralizando a ONU, esse mesmo “aprendiz de Forte Apache”, invadiu um país, cujo equilíbrio religioso e bélico é extremamente frágil, se associando com alguns puxa-sacos de sempre e, a esmo, tentando impor um modelo ocidental sobre uma cultura difícil de ser compreendida, por quem não pertence a ela.
    O desrespeito gera a reação e essa está no dia a dia estampada nas manchetes dos jornais.
    O número de mortos ainda se avoluma e a Guerra Civil que ocorrerá após a saída inevitável das “Forças de Ocupação”, ainda nem começou. Essa lambança de Bush gerará um dos maiores genocídios da História, inevitavelmente.
    Enquanto isso, ao ladrar contra o Irã sem, efetivamente, ter forças para poder encarar mais essa Guerra, Bush demonstra que sua fragilidade está cada vez maior e, inevitavelmente terá que capitular.
    Enquanto isso não ocorre, vivemos o começo do desmoronamento do Grande Império do Século 20, formado sobre ideais democráticos e morrendo sob a tutela de um oligofrênico.
    Quem poderia prever que um país como os Estados Unidos, baseado na importação e fomentação de seus próprios gênios em todos os setores, desde os culturais e esportivos aos científicos e econômicos viessem a capitular e desmoronar sob a orquestração de um débil mental.
    Devemos nos preparar para esse novo capítulo da História, de capital importância para a evolução do ser humano, com a morte do liberalismo e capitalismo nos moldes norte americanos, com o nascimento obrigatório do Socialismo democrático e Ocidental, essa transformação custará, parodiando Churchill, LÁGRIMAS, SUOR E SANGUE, mas é necessário, embora cruel.
    O Brasil terá tudo, por fatores energéticos e estratégicos para, ao lado da China e Rússia, capitanear esse NOVO MUNDO.
    Quem viver, verá, sofrerá, mas resistirá.

  • MARCOS LOURES  
    23/5/06 3:30 PM

    Para quem ainda não sabe dos poderes do povo.



    Com a cabeça inclinada, sonhando com um mundo melhor, adormeci nos meus tempos de juventude, dessa juventude esquecida há algum tempo em um canto qualquer, perdida e nunca mais encontrada.
    Vivendo um mundo sem justiça, numa luta inglória pela liberdade, dom maior que poderia alguém sentir, me recordo dos meus tempos primordiais.
    Criança em Muriaé, esperando o tempo de poder partir rumo à cidade grande, ver o mar desconhecido e poder, nessa vida, obter meu diploma e, através dele exercer o que sempre fora um sonho.
    A medicina foi um dos meus primeiros amores, poder cuidar de outras pessoas nos seus momentos de dor e angústia, é um lugar-comum para várias e várias pessoas.
    Meu pai, professor estadual em Minas, a exemplo de minha mãe, me dava, com suas ações e pensamentos, uma idéia libertária que, durante minha vida toda, tanto profissional quanto pessoal, foi o meu norte e meu sonho.
    Muriaé é uma cidade extremamente conservadora, baseada em oligarquias de tempos idos, perpetuadas por histórias de extrema violência contra a cidadania, porém tem seus mártires e a esses dedico muitas das minhas páginas.
    Mudando para o Rio de Janeiro em 1978, deparo-me com uma outra realidade, onde a gente podia pelo menos dizer algumas coisas, não sem ter medo, mas medo é palavra desconhecida para quem sonha, principalmente se o coração for jovem.
    E esse era meu caso, menino criado libreto nas matas mineiras e, agora, em contato com o vento do mar, o cheiro da maresia e o gosto da liberdade mais profundamente arraigado.
    Passaram-se os anos e algumas frustrações, as Diretas-já, a eleição de Collor, e a juventude se esvaindo entre essas decepções e algumas alegrias, que se mostraram depois outras frustrações.
    A eleição para o Governo Estadual, trouxe meu primeiro voto, e Brizola foi eleito, mesmo com todos os artifícios montados pelo Sistema Roberto Marinho de Apurações...
    Mas, ao começar a trabalhar, em estágio remunerado no Hospital Getúlio Vargas, diante da falta absoluta de condições de exercício de minha profissão, tanto a nível de material quanto a nível humano, presenciando fatos que me dão tristeza só de recordar, vejo a classe médica em GREVE e, contrariando todas as expectativas, o CAUDILHO, intervém nos Hospitais.
    A greve foi tratada de forma tão arbitrária quanto absurda, por quem se dizia democrata e vítima do autoritarismo.
    Até a agressão física contra os profissionais foi estimulada por LEONEL.
    Portanto, a partir daí, decepcionado com o Velho Engenheiro, resolvi partir para uma atuação mais ligada ao Socialismo, ao comunismo mesmo, tendo votado em Marcelo Cerqueira e João Saldanha para a prefeitura carioca…
    Depois veio a eleição de 1986 para o Estado, e meu candidato Fernando Gabeira, perdeu; o Rio começara a dar suas guinadas para a Direita, com a eleição de Moreira Franco.
    Brizola reelege-se depois, mas nesse meio tempo, comecei a me encantar com o PT, votando em Lula no segundo turno da eleição para presidente e, depois para Jorge Bittar na eleição para a prefeitura do Rio.
    Transferi-me para Minas, onde acompanhei, à distância, mas com o coração vermelho; muitas vezes sangrando, outras esperançosamente batendo, o impedimento de Collor, o Governo Itamar Franco, e as reeleições de FHC.
    Em Minas, o PT se amadurecia com excelentes Governos em Belo Horizonte e em outras cidades, mas os Hélio Garcias e Newton Cardosos da vida ainda mandavam e desmandavam.
    Após os oito anos de FHC, eis que ressurge, no coração do Brasil, o nome de Lula, vem a eleição e, para a alegria intensa de quem tanto sonhara com esse momento, GANHAMOS.
    Lula no PODER, MAIS QUE ISSO, o SOCIALISMO NO PODER!
    Algumas coisas logo me pareceram diferentes do que imaginara. Mesmo com o crescimento do PT sonhado e cortejado, a eleição de Lula tinha um aspecto interessante: não fora o PT que ganhara a eleição, embora seu crescimento tenha sido evidente.
    Quem ganhou foi Lula e, acima de Lula, a esperança de um povo espoliado e explorado até a medula pelas centenas de anos de ditadura econômica e social.
    Esse aspecto precisa ser analisado da seguinte forma: as denúncias contra o PT NÃO SOARAM COMO CONTRA LULA para a grande massa de famintos e explorados desse país.
    A pobreza teve a sabedoria de diferenciar um do outro, não foi uma ação de cima para baixo, mas ao contrário.
    Lula não decepcionou, em momento algum, àqueles que não votaram partidariamente e sim, PELA ESPERANÇA.
    Todas as análises feitas até hoje não contam com este aspecto, simplesmente são feitas em cima ou do partido ou do Governo, em suas políticas econômicas.
    O povo brasileiro não quer e nem pode saber de quaisquer denúncias de cunho eleitoreiro ou “pseudo-moralista”.
    O iniciar de uma INCLUSÃO SOCIAL da grande massa pobre desse país foi e é sentida a cada dia, no dia a dia da maioria do nosso povo carente.
    E o nosso povo é extremamente carente, em todos os aspectos, desde sociais até alimentares e de sobrevivência mesmo.
    Muito me emociona quando vejo, nos olhos daqueles que passaram fome e foram relegados a um subnível social de extrema agressividade, vítimas de um modelo social ESCRAVAGISTA e despudoradamente, IMORAL, o brilho da ESPERANÇA.
    Isso não pode ser avaliado por quem nunca teve contato a sério com esses grupamentos. Normalmente, esse contato é extremamente superficial ou paternalista.
    O cheiro do povo afasta muito as elites que trazem mesmo nas suas formas ou assistencialistas ou pseudo protetoras, como nas ONGs e em alguns movimentos sociais que não se aprofundam a ponto de tocar, lamber e cheirar a chaga exposta da miséria.
    E isso é compreensível, pois muitos de nós, apesar da visão positivamente cristã ou basicamente solidária; somos raramente inclusivos, no dia a dia, nas formas de ver o mundo, no paladar e no sabor de SER POBRE e miserável neste país.
    Pois bem, Lula o é, oriundo da fome e da miséria, tem o verdadeiro sentido do que e porque o povo necessita deste COMPARTILHAMENTO.
    Suas origens caboclas, verdadeiramente caboclas e não no aspecto “pé na cozinha” que foi criminosamente colocado por FHC, num desrespeito absurdo à fome, e à miséria, dão a Lula o saber sentir o cheiro dele mesmo, de seus pais, de seus irmãos, do BRASILEIRO POBRE E OPRIMIDO.
    Seu sentido de FAMÍLIA E ORGULHO é próprio do nosso camponês, do nosso povo; quando se tentou misturar os desatinos da família do nouveau riche Alckmin na campanha, Lula reagiu com indignação; a mesma que teve quando, num dos maiores crimes eleitorais e humanos desse país e sem a devida punição aplicada até os dias de hoje, Collor utilizando-se da fraqueza moral e econômica de uma ex-companheira de Lula, forjou uma vergonhosa e asquerosa mentira.
    O sentido de religiosidade de Lula, como o de todo o povo miserável deste país, teve na absurda e desnecessária colocação de um desconhecido arcebispo de quem não me recordo e prefiro nem recordar o nome, chamando-o de “caótico” em substituição ao católico de que Lula se orgulha tanto.
    Esse disparate, senhor arcebispo e com letra minúscula mesmo, foi a maneira mais idiota que alguém poderia se referir a quem veio desse povo que, pelo que demonstras, não conhece caro clérigo.
    Outra coisa que chama a atenção é a sabedoria de Lula, ou seja, do nosso povo oprimido de saber esperar, de ter a paciência de não julgar quem quer que seja o de saber negociar, mesmo em condições adversas.
    O saber conhecer a dor do outro faz com que a nossa seja mais fortemente superada, da mesma forma, saber que a bravata de um Evo Morales, não é nada mais nada menos que o grito do, tão oprimido quanto Lula e seu povo, índio boliviano.
    Quem não conseguir entender isso, nunca poderá entender Lula.
    A inauguração, no Brasil, do sentido real da DEMOCRACIA, nos traz esse alento, o maravilhoso vento tempestuoso do despertar de quem viveu a quase mendicância real.
    Nosso povo, para quem Caviar é uma música de Zeca Pagodinho e champanha é o espumante do dia de Natal, se tanto, adora ver Lula sendo homenageado, para desespero de FHC e elite, no mundo inteiro.
    Quem esteve com a Rainha da Inglaterra não foi Lula, foi cada um dos pobres e miseráveis desse país.
    Quem conversa e é aplaudido na França é o povo miserável.
    Entendo o medo das elites, representados pelas Torlonis e Reginas Duartes da vida, é O MEDO DO POVO, que tem o cheiro do Suor e é banguela, sem dentes, sem sapatos de marca, mas com extremo ORGULHO DE ESTAR NO PODER.
    Lula é IMBATÍVEL, pois o POVO é imbatível.
    Nada mais bonito que podermos ver essa transposição do nosso sofrido e esmagado povo para o Planalto Central e para a humanidade inteira.
    Quando Bono elogia Lula, ele está elogiando o nosso povo. Mesmo que não conheça esse povo de perto, o fato de ter se apaixonado pela figura simpática e simples de Luis Ignácio, demonstra o quanto nosso povo é amável, afável e surpreendentemente, para as elites, cativante.
    Para encerrar, pois muito me alongo nessa dissertação, queria lembrar a todos que o brasileiro deve ser tratado com todo o respeito e dignidade, coisa que as oposições não fizeram.
    O agredir Lula é agredir esse nosso povo, se o chamarmos de CACHACEIRO, IGNORANTE, CAÓTICO, DESPREPARADO, ESTAMOS CHAMANDO O POVO DISSO.
    E ninguém faz isso impunemente; portanto analistas de primeira e de última hora, se quiserem ser ouvidos e respeitados, RESPEITEM O NOSSO POVO!

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